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Já foi grande, agora é médio

Chevrolet Equinox desceu de categoria para se encaixar

Primeira e segunda gerações do Chevrolet Equinox eram bem maiores, o classificando como SUV grande, coisa que ele não é mais

Chevrolet Equinox 1ª geração de frente
Chevrolet Equinox 1ª geração [divulgação]

O movimento natural de mercado é fazer um carro subir de categoria ao mudar de geração, não descer. Mas, depois de duas gerações não vendendo tão bem, o Chevrolet Equinox ficou menor e migrou para a categoria de baixo para se encaixar. Resultado? Passou a ser o carro mais vendido da marca no mundo.

Lançado em 2004, o Chevrolet Equinox surgiu como um rival para Jeep Grand Cherokee e Ford Explorer, se posicionando como um SUV grande. Inclusive, a primeira geração é a maior de todas. Nessa época, ele tinha 4,79 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,76 m de altura e entre-eixos de 2,85 m. 

A plataforma era a mesma do Chevrolet Captiva, mas na versão Long Wheelbase (entre-eixos alongado). Ela serviu também para dar vida aos clones do Equinox: Pontiac Torrent, GMC Terrain e Suzuki XL7. Devido ao porte, ele usava só motores V6, tendo como opção um 3.4 de 188 cv e 29 kgfm e um 3.6 de 268 cv e 35 kgfm.

Visualmente, o Chevrolet Equinox de primeira geração tinha visual fortemente inspirado no Trailblazer da época – modelo que, por sua vez, era intimamente ligado à Silverado. A frente era marcada pelos faróis quadrados divididos por um friso cromado que também separava a grade. O interior tinha acabamento simples, sendo duramente criticado.

Segunda geração do Chevrolet Equinox ainda era grande

Mantendo a mesma plataforma, mas com evoluções nítidas, o Chevrolet Equinox chegou à segunda geração em 2009. Originalmente feito apenas no Canadá, ele passou a ser fabricado também nos EUA a partir de 2013 por conta do aumento de vendas. A ideia foi sofisticar mais o SUV, que se estabeleceu como modelo grande da Chevrolet.

Ele diminuiu um pouco em relação à geração anterior, batendo 4,77 m de comprimento, 1,84 m de largura, 1,68 m de altura e 2,85 m de entre-eixos. Ainda era ofertado com motores V6, especificamente um 3.0 de 268 cv e 21 kgfm de torque e um 3.6 de 305 cv e 38 kgfm. Contudo, ganhou motor quatro cilindros 2.4 de 185 cv e 24 kgfm.

O visual mesclava elementos de Captiva com Sonic e Cruze de primeira geração. Além disso, ele ficou mais urbano, parecendo uma Spin de tamanho gigante. É notável que um elemento característico do Equinox apareceu somente na segunda geração, que é o terceiro vidro lateral conectado à janela traseira.

O Chevrolet Equinox dos brasileiros

Com o objetivo de se tornar um modelo global e suprir a falta que fizeram vários carros dentro do line up da GM, o Chevrolet Equinox diminuiu. Ao invés de seguir brigando com o segmento de cima, que tem volume bom de vendas, mas não é um estouro, a GM recolocou o Equinox na briga com gente graúda.

Chevrolet Equinox Premier 1.5 [Auto+ / João Brigato]
Chevrolet Equinox Premier 1.5 [Auto+ / João Brigato]

Os rivais deixavam de ser Jeep Grand Cherokee e Ford Explorer para colocar o modelo em disputa com Honda CR-V e Toyota RAV4. Como o segmento de SUVs médios quase grandes é o mais disputado e vendido dos EUA, o movimento da GM fez todo sentido. E isso levou também a mudanças de local de produção.

Para reduzir custos, o Equinox passou a ser fabricado no México, ainda com reforço de fabricação vinda do Canadá. Além disso, a China se tornou a primeira planta de fabricação do Chevrolet fora da América do Norte. Nas medidas, o Equinox encolheu 12 cm no comprimento, 2 cm na altura e 13 cm no entre-eixos, mas manteve a largura.

Agora a plataforma era de um carro menor, especificamente a D2XX do Cruze. Com isso, ele também deixou de lado os motores V6 para apostar somente nos quatro cilindros turbo. Nessa geração, o Equinox foi vendido com motor 1.5 quatro cilindros turbo de 170 cv e 28 kgfm de torque (depois 175 cv).

Contudo, a grande estrela foi o 2.0 quatro cilindros turbo de 255 cv e 36 kgfm de torque vindo do Camaro. O motor saiu de linha em 2020 por conta de emissões de poluentes. Além disso, o Chevrolet Equinox de terceira geração teve uma rara versão 1.6 quatro cilindros turbo diesel, que tinha 139 cv e 33 kgfm de torque. Durou de 2018 a 2019 somente.

Crescendo, mas pouco

Recentemente lançado no Brasil, o Chevrolet Equinox 2025 voltou a crescer, mas timidamente. Ele manteve os 4,65 m de comprimento e os 1,66 m de altura, mas chegou a 1,90 m de largura (6 cm mais largo) e ganhou 1 cm de entre-eixos, batendo os 2,73 m. Diferentemente das outras gerações, ele só tem motor 1.5 quatro cilindros turbo.

A grande novidade, contudo, é o conjunto híbrido plug-in. Ele é oferecido atualmente somente na China, combinando o 1.5 turbo a gasolina com um conjunto elétrico. É possível que essa variante seja vendida no Brasil no próximo ano, visto o movimento de eletrificação da Chevrolet.

O outro Chevrolet Equinox

Além de todas as gerações a combustão do Chevrolet Equinox, em 2024 a marca lançou o Equinox EV. O modelo não tem relação nenhuma com a variante a combustão para além do nome. Inclusive, não conta com o típico vidro traseiro conectado com a última janela latera, uma marca de design do SUV.

Tecnicamente, ele é o maior Equinox de todos os tempos, com impressionantes 4,83 m de comprimento, 1,91 m de largura e entre-eixos de 2,95 m. Contudo, é também o mais baixo, tendo 1,61 m de altura. Traz versões com tração nas quatro rodas ou tração traseira, a depender do layout de motores. 

Você já conhecia as gerações anteriores do Chevrolet Equinox? Conte nos comentários.