Desde 1929 com o lançamento do 201, a Peugeot segue um padrão para nomear seus carros. São três números (quatro se for um SUV), sendo o primeiro representando o tamanho do carro, o segundo é sempre um zero (se for um SUV são dois zeros), enquanto o terceiro era a geração. Mas por que a Peugeot parou no número 8?
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Na realidade, o primeiro carro da Peugeot a repetir número foi o 308, mas como aqui no Brasil só tivemos a primeira geração do hatch médio, ficou a sensação de que o Peugeot 208 foi o modelo que parou o crescimento. E, por incrível que pareça, já faz uma década que a Peugeot não muda o nome de seus carros.
Briga com a Porsche
Tradicionalmente, a Peugeot subia o número do carro a cada troca de geração. Em geral, ela esperava renovar toda a linha antes de mudar o número novamente, mantendo seus modelos alinhados. Ou seja, o 106 avançou para 107 quando o 207 surgiu e o 307 já estava em linha. Mas não era possível ter um modelo 5 e um 7 ao mesmo tempo.
A exceção é o 206, que é produzido até hoje no Irã, é o Peugeot mais vendido da história e um símbolo gigantesco para a marca francesa. E essa tradição de nomenclatura gerou briga até com a Porsche, que queria chamar o 911 de 901, mas teve que trocar o batismo por conta da marca francesa.
Até hoje, somente as linhas 200 e 400 da Peugeot tiveram desde o número 1 até o 8. Neste caso, sendo o 206 o mais emblemático da série 200 e o Peugeot 208 o único a ter duas gerações. Já a linha 400 está na terceira geração, sendo que há um 408 SUV cupê e um 408 sedã sendo vendidos ao mesmo tempo e em gerações diferentes.
São outros 300
Outro carro que quase teve a linha completa doi o 300, mas que pulou o 303. Mas é por culpa dessa família que não tivemos um Peugeot 208 sendo substituído pelo 209. Tudo é culpa do Peugeot 309. Sim, ele existiu, mas durante a geração 5 dos modelos franceses, especificamente entre 1985 e 1994.
O Peugeot 309 não é um modelo original da marca, na realidade ele era um carro da Talbot, uma marca britânica que a PSA adquiriu em 1978, mas a fechou em 1987. Nessa época havia um sedã compacto em desenvolvimento, que seria chamado de Arizona. Como a marca fechou, o projeto foi reaproveitado pela Peugeot e lançado como 309.
O nome foi usado porque a marca precisava diferenciá-lo do 305 da época, que ainda era atual e seguiria em linha até a chegada do 306. Contudo, ele era um carro levemente maior do que o 205, ainda que usasse as mesmas portas dele. Poderia ser um 205 sedã? Sim, mas o nome 309 surgiu para não quebrar a organização dos modelos.
O problema é que a qualidade construtiva era ruim, as origens Talbot não foram disfarçadas e ninguém engoliu um carro que não era um Peugeot de verdade. A marcha na história da marca foi tão traumatizante que, quando o Peugeot 308 de primeira geração foi substituído pelo de segunda geração em 2013, resolveram manter o número 8.
No final das contas, a desculpa para que o número 8 fosse mantido é que, quando visto de lado, representa o símbolo do infinito. Ou seja, todo Peugeot sempre será X08, se for um modelo de passeio ou X008 se for um SUV daqui para a frente.
Você sabia do motivo pelo qual a Peugeot parou de trocar o número dos carros? Conte nos comentários.
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