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Ranger Black quer tomar da Amarok o reinado do asfalto | Impressões

VW Amarok provou que picapes podem ser boas de asfalto, e a Ford Ranger Black quer ser a referência nesse quesito

Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato

Entre as picapes médias, hoje a referência em comportamento no asfalto é a Volkswagen Amarok, mas a Ford tem uma carta na manga: a nova Ranger Black. Apesar de parecer uma série especial, o modelo é, na realidade, uma nova versão de produção. Para mais detalhes sobre a Ranger Black clique aqui.

A proposta da Ford é interessante: trazer os itens de conforto de carros mais caros com o que um usuário mais urbano de picapes quer. Por isso, diferentemente da Ranger Storm, a Black tem motor mais manso e não tem tração nas quatro rodas. Afinal, quem vai enfrentar a selva de pedra não precisa do 4×4.

Debaixo do capô reside o motor 2.2 quatro cilindros turbo diesel das versões de entrada da Ranger. A Black é a mais cara com esse propulsor e tração 4×2. São 160 cv e 39,2 kgfm de torque entregues bem cedo. Para uso na cidade e na estrada é mais que suficiente.

Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
O motor enche rápido e tem um som instigante do diesel. Não faz sentir falta de potência em nenhum momento. Essa é uma vantagem da Ranger Black frente às rivais diretas Toyota Hilux e Chevrolet S10, que se apresentam com motores flex nessa faixa de preço. Outra vantagem está no consumo: 9,58 km/l na cidade e 11,29 km/l na estrada.

Caça à Amarok

Mas se motorização nunca foi o problema da Ranger, como a Black quer tomar da Amarok o título de rainha do asfalto? Desde o lançamento da picape da Volkswagen, ela sempre foi referência em comportamento dinâmico em ambientes urbanos. É a picape que menos pula e que tem melhor condução dentro da cidade.

Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
Para se aproximar da rival e agradar ao público da cidade, a Ford Ranger Black tem acerto de suspensão exclusivo. Ele é mais confortável e mantém a carroceria mais firme no lugar. Desde a última reestilização, a Ranger já havia melhorado e muito seu comportamento urbano, mas o ápice acontece agora na Black.

A suspensão filtra melhor o que acontece lá fora e, mesmo em altas velocidades, ela flutua menos. Está bastante próxima da Amarok agora nesse quesito e tem uma vantagem inegável perante a rival: a direção elétrica.

Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
Ford Ranger Black [Auto+ / João Brigato
O sistema tem leveza exemplar em manobras e em baixa velocidade. Poderia ser mais firme na estrada para transmitir mais segurança, especialmente ao considerar o tamanho generoso da Ranger Black.

Pacote urbano

Um dos diferenciais da Ranger Black perante outras versões é oferecer um generoso pacote de itens de série voltado às necessidades de quem anda na cidade. A real é que ela oferece pacote de equipamentos equivalente a sedãs e SUVs em versões mais caras. Isso faz com que ela possa ser o próximo passo desse público (se tiverem R$ 179.900 para gastar).

Os destaques em conforto vão para o ar-condicionado digital de duas zonas e para o revestimento em couro nos bancos e volante. A central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay associada ao painel de instrumentos parcialmente digital apelam para o lado tecnológico. Poderia somente ter sensor de estacionamento dianteiro para fechar o pacote.

Confira a lista de itens de série completa clicando aqui.

[Auto+ / João Brigato]
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Veredicto

Oferecer uma versão tão completa por menos de R$ 200 mil é o grande chamariz da Ranger Black de R$ 179.900. Se antes a versão Storm era a rainha do custo-benefício na família, esse título agora passa para a notava vestida em preto.

Comparando às rivais diretas, ela tem a vantagem de ter motor diesel ao invés do flex. Não é tão potente quanto o cinco cilindros, mas é igualmente competente. Além disso, não tem tração 4×4, mas para a proposta urbana é mais do que coerente. Arriscada, mas uma boa jogada, Ford.

[Auto+ / João Brigato]
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