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Ele quer sua atenção

Omoda 7 PHEV tem o molho para te atrair | Impressões

O Auto+ rodou mais de 950 km com o Omoda 7 PHEV em uma missão especial. Será que ele tem força para destronar o GWM Haval H6 PHEV?

6 min de leitura

A Omoda quer surfar na onda da BYD e GWM, por isso trouxe boas novidades em 2025 e o SUV médio-grande 7 PHEV é a prova disso. Ele é o modelo mais caro da fabricante chinesa em solo brasileiro neste momento e chega para azucrinar o Haval H6 PHEV e o Song Plus. Mas, será que ele tem o chamariz suficiente para vender diversas unidades como seus rivais?

O Auto+ teve um contato diferente com este SUV. Ao invés de fazer um test-drive comum, tivemos a oportunidade de rodar cerca de 950 km com o novo chinês híbrido plug-in. O roteiro era baseado em sair de São Paulo e chegar em Vitória, Espírito Santo. E tudo isso com um tanque de combustível e sem recarga da bateria.

Gosto de atenção

Um dos chamarizes do Omoda 7 PHEV com certeza é seu desenho. Ele tem porte encorpado e linhas futuristas para atrair o olhar de qualquer um. Em relação ao tamanho, o novo rival do BYD Song Plus possui 4,62 m de comprimento, 1,87 m de largura, 1,67 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Cinco ocupantes viajam sem nenhum sofrimento no SUV.

Seu porta-malas acomoda 550 litros. Ou seja, pegada familiar. Na dianteira, o destaque vai para a grade com desenho de colmeia, a parte pontuda do para-choque e que abriga o nome da marca e as entradas de ar escurecidas na parte inferior do conjunto.

O capô é longo, mas que não atrapalha tanto a visão. Os faróis são finos, de LED e possuem acendimento automático. Nas laterais, as rodas podem ser de 19 ou 20 polegadas e com desenho aerodinâmico.

Porta-malas do Omoda 7 PHEV
Porta-malas do Omoda 7 PHEV [Auto+/ Felipe Yamauchi]

Linha de cintura alta, janelas amplas e caixas de rodas demarcadas complementam o visual. A traseira tem a clara inspiração no Land Rover Range Rover Velar. A janela é ampla, tem spoiler integrado ao teto e a tampa do porta-malas é saliente na parte central. As lanternas são finas, escurecidas e interligadas.

Aliás, elas possuem grafia de raio e exibem animação quando o SUV é destrancado. Contudo, é nesta região que existe uma bola fora da Omoda. O 7 PHEV é um SUV médio-grande e não tem limpador do vidro. Este é um item importante e que ajuda bastante na segurança.

Omoda 7 PHEV prata visto de lado
Omoda 7 PHEV [Auto+/ Felipe Yamauchi]

Como se comportou?

O interior traz uma pegada minimalista. O 7 PHEV conta com acabamento escurecido, diversas superfícies macias ao toque e amplo espaço interno. Um dos seus trunfos é a posição alta de guiar, o que vai agradar a maioria dos clientes. O volante tem dois raios, é multifuncional e tem respostas diretas.

Todavia, aqui mora outro ponto negativo. Tudo bem que o futuro é tecnológico, porém comandos como regulagem dos retrovisores são feitos por meio da central multimídia. Depois de acessar a página correta, o motorista regula as posições do espelho através de duas bolinhas presas à direção. O conjunto não é prático e mais atrapalha do que ajuda.

Painel do Omoda 7 PHEV com telas ligadas
Painel do Omoda 7 PHEV [Auto+/ Felipe Yamauchi]

Seu painel de instrumentos tem 8,8 polegadas e traz informações essenciais. Mas, são de fácil acesso e leitura. O console central é alto e dividido em dois andares. Na parte de cima, estão alguns comandos físicos e o carregador de celular por indução.

Já na área inferior, tem um curioso sistema de aromatizador de ar. Os porta-objetos espalhados pela cabine possuem um revestimento diferenciado. A multimídia tem tela destacada e que se desloca para o lado. Inclusive, ela cuida dos comandos do ar-condicionado e informações técnicas do modelo.

Painel de instrumentos ligado do Omoda 7 PHEV
Painel de instrumentos do Omoda 7 PHEV [Auto+/ Felipe Yamauchi]

Já que se trata de um modelo sofisticado, a versão mais cara do Omoda 7 PHEV traz os bancos dianteiros com ajustes elétricos. Os assentos abraçam bem seus ocupantes e não causam canseira. As portas possuem partes macias ao toque, abrem bastante e ajudam na entrada e saída do SUV.

Além disso, ele não tem o túnel central elevado. Assim, aumenta o conforto dos ocupantes traseiros. Tem saídas de ar-condicionado e saídas para carregar os smartphones. O teto solar tem cobertura, a qual evita a entrada dos raios solares.

Como anda?

O Omoda 7 PHEV usa o motor 1.5 turbo ligado a um sistema elétrico e mais uma bateria de 18,4 kWh de capacidade. Juntos, rendem 279 cv e 37,2 kgfm de torque. O alcance livre de emissões é de 60 km. De acordo com o Inmetro, ele faz na cidade 14 km/l e na estrada 11,9 km/l. Com o ar-condicionado desligado e velocidade limitada em 90 km/h, chegamos em Vitória e o tanque tinha mais 300 km de autonomia.

A bateria chegou com 15% de carga. Ao somar as médias obtidas, sua autonomia combinada foi de 1.363 km.

O SUV enfrenta bem as irregularidades das ruas e vias brasileiras. A suspensão é bem calibrada e não balança muito. E mesmo com o modo Eco ativado, o 7 PHEV mostrou disposição para andar quando foi preciso. Ele também aposta alto em segurança, pois traz vários itens ADAS. Assim, ele tem conjunto suficiente para deixar o CAOA Chery Tiggo 7 Pro híbrido plug-in de cabelo em pé.

Motor do Omoda 7 PHEV
Motor do Omoda 7 PHEV [Auto+/ Felipe Yamauchi]

Veredicto

O Omoda 7 PHEV se mostra um produto equilibrado em um segmento bastante competitivo e que cresce a cada dia no Brasil. Ele quer te agradar com visual futurista, amplo espaço interno, dirigibilidade acertada e diversos equipamentos de série. Rivais como os Haval H6 PHEV e Tiggo 7 PHEV terão de lidar com esse novo oponente.

Como sua versão mais barata partirá de R$ 259.990, o 7 PHEV quer chegar atirando para todos os lados. Resta saber se o público brasileiro vai deixar de comprar um BYD Song Plus para levar o novo SUV sofisticado da Omoda para casa.

Omoda 7 PHEV prata visto de lado
Omoda 7 PHEV [Auto+/ Felipe Yamauchi]

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Felipe Yamauchi

Formado em jornalismo, é muito curioso e gosta de entender como tudo funciona. Como jornalista, já trabalhou no ramo de entretenimento, saúde, embarcações e agora fala de carros de uma segunda-feira até a outra sem nenhum problema. É um entusiasta da onda de SUVs.

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