Por R$ 114.990, Citroën Basalt Dark Edition é irresistível | Impressões

Já falei aqui no Auto+ que o Citroën Basalt tem o menor custo por m2 do Brasil. Mas o que a marca fez com a versão Dark Edition foi um acerto e tanto. Por R$ 114.990, ele é apenas R$ 1.000 mais caro que a versão Shine. Tudo que você paga a mais é por estética. Mas por esse preço, só dá para levar hatch compacto em versão de entrada bem pobrinha.

Segue o jogo

Sem qualquer tipo de alteração mecânica no Dark Edition, o comportamento do Basalt não mudou. Ele é equipado somente com motor 1.0 três cilindros turbo de 130 cv e 20,4 kgfm de torque com câmbio CVT. É um conjunto muito bem calibrado e que casa bem com a plataforma do SUV cupê, sendo ele o melhor para dirigir entre seus irmãos.

As acelerações sempre são a contento e não há delay de acelerador ou letargia do câmbio em fazer o Citroën ganhar vida. É gostoso ver a valentia dele ao ganhar velocidade sem esforço. Como o isolamento acústico é um pouco falho, é possível sempre ouvir o motor 1.0 atuando e até o espirro do turbo é presente.

Só que o Basalt se torna o mais equilibrado entre todos os C-Cubed. Enquanto o C3 mostra que sobra motor quando equipado com o 1.0 T200 e o Aircross tem um leve complexo de ônibus e suspensão mais macia do que deveria, o SUV cupê acertou os pontos. Ele é mais firminho, dinâmico e na mão.

Claro que ainda estamos falando de um carro alto e com balanço traseiro longo, não fará curvas bem como seu primo Peugeot 2008, mas não é troncho como o Fiat Fastback. A suspensão parruda e estável ajuda a enfrentar as aventuras da cidade sem medo de cair em um buraco. O Basalt tem direção levíssima nas manobras e mais pesadinha em alta.

Toques de estilo 

Fora a cor Sting Gray que apagou totalmente as linhas fortes do Basalt, a versão Dark Edition trouxe alguns toques visuais bem interessantes ao SUV cupê. Ele tem pontos vermelhos no para-choque e coluna C, além da parte mais externa do aerofólio traseiro (que é o toque mais bonito do modelo).

Logotipos e partes inferiores dos dois para-choques ganham acabamento em cinza médio acetinado. Já as rodas de liga-leve, as mesmas da versão Shine, voltam a ter a cor preta como destaque como foi no Basalt First Edition. Além disso, temos teto e retrovisores em preto brilhante também.

Por dentro, o Basalt Dark Edition traz teto com acabamento preto e melhorias nos materiais empregados. O SUV cupê agora tem uma faixa de couro (artificial) que reveste uma larga faixa do painel. Ele é estofado e ajuda na sensação de refinamento na cabine, que sempre foi simplória demais.

O mesmo acabamento é usado no apoio de braço das portas. Além disso, o volante recebeu couro de melhor qualidade com costuras vermelhas, mesma cor de destaque usada nos bancos e na anteriormente mencionada faixa do painel. Os bancos também tiveram troca de materiais, que agora entregam melhor qualidade.

Além disso, o Basalt recebeu a parte central do painel em preto brilhante, dando um toque a mais de modernidade. O comando dos vidros elétricos agora finalmente foi corrigido. O motorista tem os quatro botões para controlar as janelas diretamente do apoio de braço lateral. Já quem senta atrás tem comandos individuais nas portas, não mais no console.

É grande mesmo

Por falar na parte traseira, o Citroën Basalt é um dos carros mais espaçosos de sua categoria. Por mais que tenha o teto arqueado em formato cupê, há ainda área suficiente para a cabeça. Mas o destaque vai para a distância do banco dianteiro para o traseiro, permitindo que os joelhos fiquem folgados. 

Já o porta-malas de latifundiários 490 litros é um dos maiores da categoria. A vantagem de ser um SUV cupê faz com que a abertura da tampa seja feita junto ao vidro traseiro, permitindo entrada mais fácil de elementos na área de carga. 

Veredicto

Com preço equivalente a um Chevrolet Onix de entrada com motor turbo e câmbio automático, o Citroën Basalt segue com um custo-benefício imbatível. A sensação de carro barato foi amansada com as melhorias feitas no acabamento do SUV cupê. Mas, na essência, ainda é um carro barato. Pelo bem e pelo mal.

Você teria um Citroën Basalt? Conte nos comentários.

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