Julius é aquele personagem que economiza em absolutamente tudo, do preço da comida até o gasto com água quente. Confesso que carrego um pouco dessa figura na série Todo Mundo Odeia o Chris. Afinal, não espremo o tubo de pasta de dente — eu corto para aproveitar todo o conteúdo! Pão duro como o Julius — e, de certa forma, eu também — é o Hyundai Kona no gasto com combustível!
Um híbrido capaz de fazer médias impressionantes, tanto na cidade quanto na estrada. Parece mentira, mas o fabricante já comercializou anteriormente o Kona em nosso mercado em versões elétricas e híbridas. Hoje, porém, ele é oferecido apenas na combinação de combustível fóssil com eletricidade.
São duas as configurações à venda: Ultimate, a partir de R$ 214.990, e Signature, com preço inicial de R$ 234.990. Ambas vêm equipadas com o motor 1.6 de quatro cilindros da família Kappa (105 cv e 14,7 kgfm), trabalhando em conjunto com o propulsor elétrico de 44 cv e 17,3 kgfm, resultando em números combinados de 141 cv e 27 kgfm. O que muda entre elas é a lista de equipamentos de série.

Nem parece o antigo Hyundai Kona, pois a estética do exterior mudou radicalmente da dianteira à traseira, com uma pegada futurista que até lembra uma nave espacial e é capaz de virar cabeças por onde passa; é impossível ficar indiferente a ele. Essa segunda geração nasce da arquitetura K3, compartilhada com o Kia Niro, por exemplo.
O futuro é hoje
É um design que não deixa dúvidas: ou você se apaixona à primeira vista, ou faz cara de “não, obrigado”. O Hyundai Kona parece ter saído direto das pranchetas para as ruas, e essa ousadia não é para qualquer um, podendo deixar uma parcela de consumidores com um ponto de interrogação na cabeça.
Ousado nos traços, o Hyundai Kona mede 4,35 m de comprimento, 1,82 m de largura e 1,58 m de altura, com entre-eixos de 2,66 m. O porta-malas oferece 407 litros e conta com tampa motorizada para facilitar a abertura e o fechamento do compartimento de bagagens.

Sem dúvidas, dianteira e traseira são um capítulo à parte, mostrando a barra afilada iluminada, responsável por compor a personalidade da carroceria. Tem porte de SUV médio e o habitáculo recepciona muito bem os até cinco ocupantes, mostrando um acabamento de qualidade, com atenção aos detalhes e boa ergonomia, além do teto solar panorâmico na configuração Signature avaliada.
Tudo está posicionado à mão e de fácil acesso, sendo que a boa posição de dirigir é conquistada rapidamente com a coluna de direção ajustável em altura e profundidade. Outra característica do Kona está no ângulo de abertura das portas traseiras, facilitando o acesso e garantindo um bom espaço para as pernas e os joelhos de quem viaja atrás. Além disso, a inclinação do encosto coopera no conforto em viagens longas.



Hyundai Kona economiza cada gota
O Hyundai Kona subiu um degrau, indo de um SUV compacto para um modelo médio. Contudo, o grande lance está no sistema de propulsão. Sob o capô, o motor 1.6 naturalmente aspirado com injeção direta de combustível (GDI) vai casado ao câmbio de dupla embreagem de seis marchas e ao propulsor elétrico.
É um híbrido de verdade, pois o SUV da Hyundai pode ser movimentado apenas pelo motor elétrico, alimentado pela bateria de íon de lítio de 1,32 kWh, o que coopera no silêncio absoluto de rodagem. Por conta do tamanho compacto, a bateria não precisa de fonte externa de carregamento, sendo constantemente abastecida durante a rodagem.

Isso ocorre nas frenagens e também ao retirar o pé do pedal do acelerador, e ela nunca zera. Com ela completa, o motor a combustão entra pontualmente, principalmente ao abusar mais do pedal do acelerador, permitindo que o Hyundai Kona se movimente desconhecendo os postos de combustíveis e a emissão de poluentes na atmosfera.
Aliás, aproveitamos uma ida a Brotas, no interior de São Paulo, para colocar à prova a eficiência do Hyundai Kona, assim como o utilizamos nas obrigações diárias. Ao todo, foram mais de 1.000 km percorridos, e o SUV da Hyundai impressionou pela desenvoltura, bem como pela capacidade de fazer médias acima de 30 km/l.

33 km/l
Quando a propulsão elétrica entra em ação, surge no quadro de instrumentos a indicação EV. E somente com o uso da eletricidade o Hyundai Kona consegue acelerar brevemente da mesma forma que mantém a velocidade de cruzeiro. Já com meia carga da bateria, o motor a combustão entra a qualquer momento para enviar mais força, contribuindo nas acelerações.
Durante nosso trajeto até Brotas de mais de 580 km (ida e volta), o Hyundai Kona cravou um consumo rodoviário de 24,7 km/l e, ao provocar mais o pedal do acelerador, as médias caíram para 20 km/l e 22 km/l. Mesmo assim, muito bom para um híbrido! Fato é que, em uma semana de convivência, não foi preciso abastecer em nenhum momento. O tanque de combustível é de 38 litros.

Só que é na cidade que o Hyundai Kona impressiona, e a melhor média urbana conquistada durante esta avaliação foi de 33 km/l guiando no modo de condução Eco. Ou seja, acima do registrado pelo Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, que informa um consumo de 18,4 km/l no perímetro urbano e de 16 km/l na rodovia. É, sim, um senhor consumo!
Paralelamente à propulsão elétrica e ao silêncio de rodagem, o bem-estar também é reforçado pelo ótimo isolamento acústico, que deixa do lado de fora os ruídos indesejados e também o barulho do propulsor 1.6 de quatro cilindros naturalmente aspirado. E o conforto ainda é evidenciado pelo acerto das suspensões.


Hyundai Kona anda sobre nuvens
A arquitetura emprega suspensões independentes nas quatro rodas, sendo McPherson no eixo dianteiro e multi-link atrás. Esse conforto proporcionado pelos amortecedores possibilita uma boa absorção das irregularidades do asfalto, mas sem esquecer da diversão ao volante.
Afinal, o Hyundai Kona encara com destreza as curvas, transmitindo uma baixa rolagem da carroceria, e o comportamento dinâmico é, sim, elogiável. Uma sacada do Hyundai Kona está na bateria de alta tensão conectada à bateria de 12V, responsável por alimentar a parte elétrica do SUV. Aliás, ela também é de íon de lítio, o que aumenta a vida útil do componente.

Bom de guiar e eficiente no consumo, o Hyundai Kona ainda entrega um pacote completo de assistentes à condução. Entre as tecnologias ADAS, estão presentes assistente de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência, ambos com funcionamento bastante progressivo.
Outro recurso está nas câmeras laterais, que funcionam ao acionar a seta para a direita ou à esquerda. É algo muito útil no trânsito intenso, reduzindo os pontos cegos e ampliando a visão do condutor ao trocar de faixa na cidade. As imagens são transmitidas pelo quadro de instrumentos. Um detalhe curioso está ao centro do volante: os quatro pontos significa H em código Morse.


Esse recurso está presente na configuração de topo de linha Signature. Além disso, outro aviso em prol da segurança está no alerta de esquecimento de objetos no banco traseiro e do smartphone no carregador de indução no momento em que o Hyundai Kona é desligado.
Veredicto
O Hyundai Kona é um SUV bem acertado de chão, com uma qualidade construtiva interna que seduz, além de um consumo de combustível impressionante. O fato de ser um híbrido de verdade, por conta do motor elétrico tracionar o carro, coopera para fazer mais de 30 km/l na cidade sem grandes esforços.
Além disso, entrega bom conforto e silêncio de rodagem, da mesma forma que cuida da segurança dos ocupantes pelos assistentes de condução. Na versão Ultimate (R$ 214.990), ele é uma opção mais barata que o Toyota Corolla Cross XRX Hybrid, que cobra iniciais R$ 219.890. Só que a Signature adiciona a mais o teto solar, as câmeras 360º e de monitoramento de pontos cegos, a barra iluminada na dianteira, a tampa do porta-malas elétrica e os faróis com projetores.

O que você achou do Hyundai Kona? Curtiu o visual ou achou ousado demais? Conta pra gente nos comentários!




Rodar no asfalto é Uma coisa mostre como se comporta em nossas estradas de terra. E quem mora no interior como vai comprar um carro que só tem propaganda andando no asfalto…
Se o que foi colocado na reportagem condiz com a realidade, esse veículo tem tudo para competir com os ditos melhores sem passar nenhuma vergonha, Gostei.
País do alcool combustível mas só se vê carro a alcolina. E o imposto safa…ops, do pecado vai ser em cima de carro elétrico, não a diesel ou só a alcolina.
Tenho um Kona. Ele não resistiu às estradas do Maranhão. Além do que o pós venda é sofrível. Demoraram cinco meses para atender meu pedido de compras das peças danificadas nessa viagem pelo Maranhão.
ótimo carro. Econômico, estável
futurista, silencioso, excelente
nultimídia, controle de temperatura
do ar independente e confortável.
Luz alta e baixa automática
camera 360°, teto solar, avisos
quando sai da faixa e ao ultrapassar,etc….