Dirigir um carro esportivo nunca é uma má pauta, mesmo que seja em pleno fim de semana. Existem convites que puxam como ímã, e quando se trata de guiar um Volkswagen Golf GTI, a emoção fala mais alto. A oportunidade foi ainda mais rara por podermos acelerar em um aeroporto. Foi isso que vivemos em São Joaquim da Barra (SP)um dos primeiros do Brasil, erguido durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
Foram duas voltas curtas, mas intensas. Os 245 cv do motor 2.0 turbo estavam à disposição em uma longa reta e em curvas fortes, suficientes para matar a saudade desde 2019, quando o GTI saiu do Brasil.
Ao volante
A sensação de estar em uma plataforma MQB bem acertada com o motor 2.0 EA888 Evo4 é de uma situação que se tornou rara. A versão brasileira entrega 245 cv e 37,7 kgfm de torque — menos que os 265 cv do europeu, mas ainda assim um conjunto afiado. O câmbio DSG de dupla embreagem com sete marchas é daqueles que parecem adivinhar o que o motorista quer — rápido e preciso.

Rodamos no modo Sport, e não poderia ser diferente. Acelerador mais sensível, respostas mais imediatas e o ronco mais presente, tanto pelo escapamento quanto pelo sound actuator dentro da cabine. É um som que arrepia, sem exageros. No cronômetro oficial, ele acelera de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. Na prática, parece até menos, tamanha a disposição.
Foi nas curvas do improvisado circuito de aeroporto que o GTI mostrou a razão de ser chamado de ícone. Fizemos mudanças de direção fortes em torno de 70 km/h e o hatch manteve firmeza impressionante, praticamente sem rolagem de carroceria.

A tração dianteira, muitas vezes vista como limitadora, aqui é compensada pelo diferencial eletrônico e pelo sistema de vetorização de torque, que trabalham junto ao Vehicle Dynamics Manager. O resultado é uma tração otimizada e controle absoluto da dianteira, mesmo em situações que poderiam levar ao subesterço.
Forçando ainda mais, com mais de 80 km/h em curvas fechadas, o carro chegou a dar uma leve saída de traseira. Mas corrigir o Golf é tão fácil e natural que parece parte da diversão. Ele aponta exatamente para onde você quer e entrega confiança total.


Outro ponto que chamou atenção foram os freios. Discos ventilados nas quatro rodas com ótima sensibilidade de pedal e conseguiu suportar o uso intenso sem perder eficiência. Sob calor de 35 ºC e dezenas de jornalistas colocaram o carro no limite e o GTI aguentou firme e provou que o equilíbrio entre motor, suspensão e freio é parte central do projeto.
O retorno
Depois de seis anos fora do Brasil, o Golf GTI volta em 2026 importado da Alemanha. Chega como parte da estratégia VW Legends, que também trouxe o Nivus GTS e o renovado Jetta GLI. Apesar de não ter rivais diretos, inevitavelmente será comparado a esportivos como Honda Civic Type R e Toyota GR Corolla.
Veredito

Em duas voltas já deu para perceber que o Golf GTI segue sendo aquele carro que faz jus à tradição. Ele não impressiona apenas nos números, mas na forma como entrega controle e prazer ao volante. Poucos carros conseguem ser tão equilibrados — e por isso, mesmo após quase 50 anos, continua sendo o hot hatch definitivo.
E você, colocaria um GTI desses na sua garagem? Deixe sua opinião nos comentários!




Se for até 350 mil eu compro um, se passar um centavo desse valor compro um typer, mais bonito, mais rápido, faz mais curva, 10 air-bags.Vamos esperar. Só para lembrar, tem typer zero na webmotors por 399 mil.
435 mil pilas … e essa versão não concorre com typeR (essa é uma abaixo).
Como tenho um Golf ¨civil¨ confotline de 2018 (ultima unidade) com certeza compraria se pudesse.