5 carros com soluções que fugiram do padrão

Os carros evoluíram ao longo das décadas, e algumas soluções que pareciam inovadoras acabaram caindo em desuso, seja pela falta de praticidade ou porque a tecnologia se tornou obsoleta. Muitas dessas ideias, embora interessantes em seu tempo, foram deixadas de lado em função dos avanços e das novas demandas dos consumidores.

No entanto, algumas dessas soluções merecem ser lembradas, seja pelo impacto que causaram, pelo design diferenciado ou por terem antecipado tendências que só seriam retomadas anos depois. Selecionamos cinco delas

Volante quadrado

Parece mentira, mas já existiram modelos equipados com volantes quadrados — e não foram apenas carros-conceito que nunca saíram da prancheta. Nos anos 1970 e 1980, alguns modelos adotaram esse estilo pouco convencional.

Produzido pela divisão Austin-Morris da British Leyland, o Austin Allegro utilizava um volante com desenho quadrado e cantos arredondados. Na época, essa era uma solução para melhorar a visualização do quadro de instrumentos. Recentemente, a ideia de volante quadrado retornou, mas em formato diferente, no estilo manche de avião (chamado de yoke steering wheel), como no Tesla Model S Plaid.

Limpadores de farol

Apesar de funcionais em situações como neve ou lama, os mini limpadores de faróis apareceram em modelos como os Mercedes-Benz das gerações W123 (1975 a 1985) e W126 (1979 a 1991), além do Volvo 240, por exemplo. Era uma solução interessante, mas que provou ter um alto custo de manutenção, além de os pequenos braços dos limpadores frequentemente quebrarem com facilidade.

Em uma rápida busca pela internet, é possível encontrar o componente em sites de e-commerce. Só o braço original do limpador do farol esquerdo do Mercedes-Benz da geração W123 custa cerca de US$ 350 (aproximadamente R$ 1.952, na cotação atual, em conversão direta, sem considerar impostos e taxas).

Carros que falavam

Não se trata do K.I.T.T. da série Super Máquina, mas antes dos assistentes virtuais Alexa e Siri, alguns carros já ofereciam vozes robóticas para emitir alertas, como lembrar de afivelar o cinto de segurança ou verificar o nível de combustível. Uma solução inovadora para a época, com ares de ficção científica.

Entre os carros que “falavam” estavam o Nissan Maxima e o 300ZX, enquanto, no Brasil, o Miura Top Sport — um fora de série produzido entre 1989 e 1992 — contou com essa solução pioneira. No entanto, a tecnologia não agradou a todos: parte dos consumidores preferia desligar o sistema para não ouvir os alertas.

Carros com duas rodas

O Ford Gyron foi um conceito de carro de duas rodas apresentado no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, em 1961. Com ares de motocicleta, acomodava os ocupantes em fila, um atrás do outro, e era estabilizado por um giroscópio.

O protótipo original, feito de fibra de vidro, foi destruído em um incêndio na Ford Rotunda em 1962. No entanto, o modelo de estúdio permanece vivo, tendo sido comercializado em um leilão por US$ 40.000 em dezembro de 2012. O Gyron não é o único carro a usar menos rodas, pois no time das três rodas estão o Morgan Three Wheeler e o Reliant Robin.

Bancos frontais giratórios

Os bancos giratórios são comuns em algumas vans, facilitando o embarque e desembarque. No entanto, essa comodidade também foi aplicada em carros de passeio, como no caso do conceito Mazda MX-81 Aria, apresentado no Salão de Tóquio de 1981. A sigla “MX” significa Mazda eXperimental. O coupé de quatro lugares, com design assinado pela Bertone, foi baseado no Mazda 323 e equipado com um motor 1.5 turbo de aproximadamente 130 cv.

Porém, as maiores soluções estavam no interior. O volante retangular do tipo deslizante trazia comandos embutidos, enquanto, no centro, havia uma pequena televisão integrada — algo bastante avançado para a época. Além disso, os bancos dianteiros eram giratórios, facilitando o acesso ao habitáculo.

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