5 carros que compartilham o mesmo coração

Em meio a tantos modelos, antigos e modernos, às vezes é preciso olhar além do emblema na grade do radiador. Afinal, o que realmente conecta certos carros está no coração que pulsa sob o capô. Como controlar custos é regra no mundo automotivo, compartilhar motores se tornou uma prática comum entre fabricantes.

Só que, em alguns casos, esse mesmo motor sai de um sedan de luxo e vai parar em um superesportivo — ou vice-versa, com um esportivo emprestando seu coração a um três-volumes. Mais do que coincidências técnicas, essas histórias revelam como versatilidade, confiabilidade e desempenho moldam as escolhas da engenharia — e como um bom motor pode ter muitas vidas.

Renault Sandero R.S. e Duster

Renault Sandero R.S. foi descontinuado no mercado brasileiro no final de 2021, com uma edição limitada chamada Finale, de 100 unidades limitadas. A ligação entre o compacto esportivo e o SUV está no coração 2.0 litros quatro cilindros naturalmente aspirado (F4R), presente em ambos os modelos, porém, com calibrações distintas.

No Sandero R.S., o motor entrega 150 cv e 20,9 kgfm de torque com etanol, calibrado para uma resposta mais esportiva. Já no Duster, a potência é ligeiramente menor, com 148 cv, mantendo o torque em 20,9 kgfm, com foco em torque disponível em baixas rotações para uso off-road e urbano.

Mercedes-Benz Classe S e Pagani Zonda

O motor V12 6.0 litros naturalmente aspirado, conhecido mundialmente pela nomenclatura M120, foi originalmente desenvolvido pela Mercedes-Benz para as gerações W140 do Classe S e R129 do SL600. Por meio de uma parceria exclusiva entre Horacio Pagani, criador da marca, e a AMG/Mercedes-Benz. Esse propulsor foi utilizado no superesportivo Pagani Zonda C12, lançado em 1999, recebendo ajustes para aumentar sua performance e entrega de torque, transformando um motor de luxo em um coração de supercarro.

Toyota Supra e Lexus GS300

A quarta geração do Toyota Supra é mundialmente conhecida pelo motor 2JZ-GTE, um seis cilindros em linha de 3.0 litros com duplo turbocompressor, reconhecido pela alta resistência e capacidade de suportar elevadas potências, frequentemente ultrapassando 1.000 cv em preparações mais trabalhadas.

O Lexus GS300, sedan da divisão premium da Toyota, usou a versão aspirada do mesmo motor, a 2JZ-GE, sem turbocompressores, na geração JZS147, fabricada entre 1991 a 1997, bem como na JZS160, feita de 1997 a 2005.

Nissan 350Z e Infiniti G35

O motor VQ35DE é um V6 de 3.5 litros naturalmente aspirado, parte da renomada família VQ da Nissan, que conquistou diversos prêmios de motor do ano. Foi amplamente utilizado em diversos modelos do fabricante japonês, incluindo os sedãs Maxima e Altima, SUVs Pathfinder e Murano, além do esportivo 350Z, onde a entrega de potência é mais focada em desempenho dinâmico.

Sua confiabilidade e desempenho também levaram o VQ35DE a equipar os carros da Infiniti, a divisão de luxo da Nissan, como o sedã G35 e os SUVs FX e JX, onde o motor entrega uma combinação equilibrada de potência e suavidade para veículos premium.

Citroën C6 e Land Rover Discovery 3

Apesar de segmentos e propostas diferentes, Citroën C6 e Land Rover Discovery 3 compartilham o motor V6 2.7 litros sobrealimentado, fruto de um desenvolvimento conjunto entre PSA (Peugeot-Citroën) e Ford. Na época, a marca do oval azul detinha a Land Rover, o que facilitou a integração desse motor turboalimentado, que entrega boa combinação de torque e eficiência para veículos de luxo e utilitários.

Você sabia que esses modelos compartilham o mesmo coração? Se lembrar de outros carros equipados com o mesmo motor, compartilhe sua opinião nos comentários!