5 carros que são o puro suco da inventividade automotiva

A indústria automotiva é repleta de ideias ousadas. Em meio a tantas soluções, alguns fabricantes apostaram em inovações fora da curva — que vão desde tecnologias que anteciparam tendências até conceitos totalmente excêntricos. É o caso de carros como o Aston Martin Lagonda, primeiro carro do mundo com painel digital, ou do Honda City Turbo, que levava uma scooter dobrável no porta-malas.

Para relembrar, reunimos cinco carros que surpreenderam o mundo com soluções nada convencionais à época. Alguns foram criticados, outros viraram ícones cult, mas todos mostram que pensar diferente pode deixar uma marca na história do automóvel.

Saab 900

A Saab, originalmente fabricante de aviões, lançou o modelo 900 Turbo em 1979, equipado com motor 2.0 8V turbo e câmbio manual de quatro marchas, entregando 145 cv. Em 1984, a potência foi elevada para 175 cv, permitindo um 0 a 100 km/h em 8,5 segundos.

Uma herança aeronáutica estava presente nos comandos próximos às mãos e no para-brisa convexo. Outra particularidade era a ignição posicionada no console central entre os bancos frontais — uma solução incomum. A abertura do capô, que basculava à frente, remetia ao design e à manutenção das aeronaves, como o Saab B17, o primeiro avião militar do fabricante, que entrou em operação em 1942.

BMW Série 7

Uma das gerações mais marcantes do Série 7 é a E38, produzida entre 1994 e 2001. Esse sedan executivo bávaro foi o carro do filme 007 – O Amanhã Nunca Morre (1997). À frente do seu tempo, foi o primeiro carro a trazer airbags de cortina, o primeiro modelo europeu a oferecer navegação via satélite e o primeiro BMW equipado com televisão embutida.

Além disso, a geração E38 do Série 7 podia receber aparelho de fax e telefone embutidos, transformando o sedan da BMW em uma verdadeira sala de reuniões sobre quatro rodas.

Aston Martin Lagonda

O Aston Martin Lagonda foi pioneiro ao oferecer um quadro de instrumentos digital — o primeiro modelo do mundo equipado com essa tecnologia. Na primeira fase, utilizava telas de tubo de raios catódicos (CRT), similares às das TVs antigas, exibindo gráficos vetoriais e números em verde ou vermelho, conferindo uma aparência de cockpit futurista.

Em 1984, o modelo da Aston Martin foi ainda mais além, introduzindo botões sensíveis ao toque no painel, antecipando o futuro da interação homem-máquina, que encontramos em alguns carros à venda em nosso mercado.

Fiat Multipla

O Fiat Multipla, frequentemente citado como um dos veículos mais feios já produzidos, escondia uma grande sacada. Apesar do visual excêntrico, o monovolume apresentava uma disposição interna 2+2+2 — três assentos na frente e três atrás, totalizando seis passageiros.

Essa configuração visava oferecer praticidade e maximizar o aproveitamento do espaço interno para famílias. Embora carregue o título de carro feio, é inegável que tanto o design exterior quanto a disposição interna foram soluções inovadoras e fora da caixa.

Honda City Turbo

Lançado em 1982, o Honda City Turbo era uma versão esportiva capaz de entregar 110 cv graças ao motor 1.0 turbo — um feito para a época. Além do desempenho, seu diferencial era a presença do Motocompo: uma pequena scooter dobrável guardada perfeitamente no porta-malas do compacto japonês.

Essa solução prática permitia, em situações de trânsito intenso, estacionar o carro e seguir até o trajeto final com a motoneta de 49 cc. Tanto o Honda City Turbo quanto a Motocompo são dois símbolos da inventividade japonesa em mobilidade urbana.

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