Mais brasileira do que italiana, a Fiat é líder de vendas no Brasil há uns bons anos e se consagrou como a marca mais importante da Stellantis em nosso país. Mesmo com muitas virtudes, não está imune aos erros. Por isso, listamos os 5 maiores erros da Fiat no Brasil nos últimos anos.
Era só esperar um ano

A Fiat Titano, lançada no Brasil em 2024, estava muito aquém de todo o segmento e do que a engenharia brasileira da Stellantis consegue fazer. Ela saltitava demais, era demasiadamente fraca e nitidamente um carro desconfortável. Mas foi preciso só um ano para afinar o projeto de maneira revolucionária.
Com isso, a Fiat deveria ter segurado em um ano o lançamento da caminhonete para poder lançar o produto da maneira que o brasileiro queria. Assim, não teria queimado o nome Titano e não precisaria ter vendido a versão de entrada quase pelo preço de uma Strada, desvalorizando seu produto.
Posicionando errado
![Fiat Linea [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/01/fiat_linea_absolute_4_edited-1200x720.jpg)
Hoje em dia é normal ver um sedan compacto ser consideravelmente maior do que o hatch compacto que deriva dele. Entre-eixos mais longo, frente diferente e interior melhor cuidado é corriqueiro. E a Fiat foi uma das primeiras a fazer isso quando transformou o Punto em Linea. O problema foi tentar colocá-lo onde não deveria.
O Linea hoje seria rival de VW Virtus, Nissan Versa e Chevrolet Onix Plus. Mas alguém na Fiat achou que poderia bater o Toyota Corolla com ele. Claro que não deu certo colocar um sedan compacto contra médios, mesmo com porte próximo. Faltava sofisticação e um câmbio automático de verdade. Porque o Dualogic era tenebroso de ruim.
Já existia o Uno

Apesar de ter sido criado para baixar custos de produção, a Fiat ter criado o Mobi não fez tanto sentido. Afinal, o projeto do Uno já estava pago e o modelo compartilhava muita coisa com a Fiorino, que segue viva até hoje. Encurtar o Uno para fazer um city-car, que é o Mobi, parece mais difícil do que depenar o Uno e mantê-lo como modelo de entrada.
No final das contas, enquanto o Uno ainda conseguia vender para pessoas verdadeiramente interessadas no carro, o Mobi se tornou um carro de licitação. Dificilmente quem o compra está levando por vontade própria, mas sim para uso no trabalho em uma compra totalmente pensada com o CNPJ.
Esqueceram de nós

Ainda que a Fiat tenha investido forte em Pulse e Fastback como uma maneira de ganhar mais dinheiro usando Argo e Cronos, os dois compactos de entrada ficaram esquecidos. Diferentemente de seus antecessores, Palio e Siena, que constantemente ganhavam reestilizações, os dois compactos da Fiat só perderam coisas.
Nunca tiveram motor 1.0 turbo, apesar de ser algo óbvio, perderam vários equipamentos mais sofisticados para abrir espaço para Pulse e Fastback, além de nunca terem mudado de visual do jeito certo. Ainda que só agora o Cronos tenha sido reestilizado, mas foi algo leve, bem mais sutil do que o Siena recebia a cada três ou quatro anos.
O famoso Dualogic
![Fiat Bravo [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/01/fiat_bravo_sporting_7_edited-1200x719.jpg)
Em uma época na qual o câmbio automático tinha começado a se popularizar, a Fiat insistiu no câmbio automatizado Dualogic, depois rebatizado de GSR. Enquanto a Chevrolet e a Hyundai deitavam e rolavam com suas caixas automáticas em carros baratos, o mercado rejeitava o enfadonho Dualogic.
Mas o problema maior estava em usar esse tipo de transmissão em carros maiores e mais caros, como Punto e Bravo. Boa parte do insucesso desses dois se deve, justamente, a falta de uma transmissão automática de verdade.
Quais outros erros da Fiat você se lembra? Conte nos comentários.



Essa do Mobi foi mesmo incompressivel, o Uno pelado seria muito melhor
Um modelo que a Fiat sabe fazer com sucesso é o das peruas. Começou com a Panorama nos anos 80, derivada do 147 – simples e espartana, mas espaçosa e robusta.
Mais recentemente, a Idea e a Doblo foram excelentes produtos.
Porém o mercado mudou para as SUVs, que são mais sofisticadas, maiores por fora e menores por dentro, e mais caras.
Acho que falta uma SW nos moldes da antiga VW Spacefox, mais tradicional, grande porta-malas, pequena por fora e grande por dentro. E mais simples e de menor custo do que as SUVs. A Fiat tem plenas condições de desenvolver um novo modelo de perua com porta-malas
de tampa vertical, derivado do novo UNO/PANDA, para um público que carrega cargas volumosas com frequência, e compacta para uso urbano e viagens.
Peruas ainda fazem sucesso na Europa, mas o brasileiro é bobo e prefere pagar mais caro em SUVs de shopping.
Concordo. E até pouco tempo ela tinha , Weekend adventure. Você falou de várias outras, mas o produto estava dentro da própria Fiat. Só modernizar e equipar.
A Fiat erra também mudando nomes como a GM se a Fiat tivesse mantido palio até queria estaria no argo e a Fiat Monza até hoje no cruze não daria p Corolla e Civic …. Qual uns dos segredos do Corolla a Toyota nunca mudou o nome só o carro ….reflita se todos os vectras e cruzes continua se como Monza ….a GM tava nadando de braçada
Cara mudar o nome ou manter o nº e não influencia em nada a qualidade do veiculo,e infelizmente não se pode comparar Chevrolet e Fiat com carros japoneses!
Manter o nome!
Não tem como fiat e Chevrolet competir de igual para igual com veículos japoneses!
Não dava nada no linea, quando dirigi descobri que carro maravilhoso ele é.
Quanto ao dualogic, eu não acho um câmbio ruim, como toda coisa tecnológica, falta gente competente para mexer nele. Meu carro tem e funciona bem.
Tenho um carro com duallogic, e sinceramente acho melhor q o automático, vc dirige como um carro manual , o carro não fica acelerado o tempo todo como no automático, o consumo é o mesmo do manual, o meu é um gransiena , e nunca deu defeito no duallogic, apenas o óleo q tem q completar .
Bem assim… não sabem trabalhar com ele, não estudam o funcionamento e aí detonam um câmbio que, se não é perfeito como o automático, está longe de ser pior que um câmbio manual, na minha opinião…
V8 sem dúvidas
Uma camionete que não poderia sair de linha é a Doblo de 5 e 7 passageiros.
Ela seria a mais vendida da Fiat.
Trica de oleo com 20 mil no grande Marea, o transformando em Bomba Nuclear.
Verdade, a fiat estou feio , aquele moyor 5 cilindros tinha um funcionário perfeito , sem nenhuma vibração, e girava muito , mas tinha uma manutenção muito complexa praquela época.
Concordo com cada ponto da matéria, mas acho que o MAIOR ERRO de todos que a Fiat cometeu na década passada, foi se anular demais para que a Jeep pudesse brilhar! Era bem óbvio que são publicos distintos, mas a Fiat optou por não trazer o 500x e nem ter um suv durante anos, sendo que era claramente a categoria em ascensão! Todas as demais marcas correram para ter seus suvs e ela ficou para tras.
Outro grande erro foi não ter diferenciado o Cronos em relação ao Argo, igual ocorreu com Palio/Grand Siena! não falo apenas em design, mas o antigo sedan tinha muito mais espaço que o hatch por dentro e essa receita não se repetiu com o Cronos! Ele chegou pequeno, caro com pretensoes de substituir o Grand Siena essence e o Linea, mas nem mesmo a lista de equipamentos o destacava da concorrencia.
Talvez por isso hoje em dia a Fiat morra de vergonha de Argo e Cronos e o sedan só continua vivo, orque vende bem na Argentina.
Não trazer o Doblo atual é um erro também! Seria um excelente rival para a Spin e venderia muito mais que o Aircross.
Rodas com aro 17 e 18 no Fastback. Acho isso terrível. Um carro anunciado com maior altura do solo na categoria e com o nome de SUV não pode ter um pneu que rasga com facilidade. Um utilitário que não aguenta rodar com a calibragem recomendada de 32 l. Forçando-nos a colocar 36 e sair com o carro duro.
Eu tive e tenho carro da Fiat, eu tive o uno mais antigo e era um carro compacto e resistente, depois tive o palio atractiv muito bom também a única coisa que prescisava era o vidro elétrico nos 4 vidros e por último é o novo Citroën c3 que é da montadora da Fiat e o motor muito forte igual da Fiat Argo, no design são lindos e se fosse pra trocar de carro só se for um Creta da Hyundai mais o gosto vai de cada um. Nunca tive problemas sérios com a marca Fiat, já com a Volkswagen tive muitas dores de cabeça.
Na minha opinião, o maior erro foi o desrespeito com quem comprou, por ex, Marea (ñ exatamente o famoso 2.4), tirando de linha e deixando no prejuízo quem confiou nela. Acho o Brava outro exemplo clássico de abando…ñ ooder confiar nos modelos é complicado.
Não sei qual é exatamente a estratégia de marketing, mas também acho um equívoco ficar criando nomes quando se tem marcas com nomes consolidados pelo público. Várias montadoras, até as recentes chinesas, mantém os nomes dos seus carros ao longo de muitos anos. Enfim, o Cronos poderia continuar sendo Siena.
Quanto ao Mobi poderia se chamar Uno Mini.
E a Doblô, como faz falta no mercado…, Era só fazer um bom “facelift” que certamente venderia bem.