5 erros que a Ford cometeu no Brasil nos últimos anos

Criadora do segmento de SUVs compactos e referência em caminhonetes, a Ford vive uma nova fase no Brasil como importadora. Mas, por mais que agora tenha mais o que comemorar do que lamentar, a marca do oval azul cometeu alguns deslizes feios no passado. Confira cinco erros que a Ford cometeu no Brasil nos últimos anos.

Largar mão do New Fiesta

O New Fiesta era, certamente, um dos melhores carros que a Ford tinha no Brasil. E fazia sentido que ele fosse um produto acima do Ka. Mas nada explica o que a marca fez com ele nos últimos tempos. A reestilização derradeira foi fraca e, enquanto o Ka recebia motor 1.5 mais moderno e câmbio automático de verdade, o New Fiesta usada o infame Powershift.

A Ford deveria ter dado a ele o motor 1.5 aspirado com câmbio automático tradicional e nacionalizado o 1.0 EcoBoost. Afinal, o brasileiro já havia aprendido a gostar de motor 1.0 turbo e o conjunto da Ford era premiadíssimo lá fora. Quem sabe assim ele teria sobrevivido mais tempo.

EcoSport para todo mundo

A primeira geração do Ford EcoSport foi um sucesso estrondoso porque estava sozinho no mercado e porque foi pensado puramente para o Brasil. Já o segundo modelo tentou agradar a todo mundo e, no final, não agradou ninguém. Culpa da globalização da Ford na época e que o tornou um fracasso global.

O EcoSport de segunda geração era muito apertado porque tinha apenas 4 metros de comprimento (sem o estepe) para atender a lei na Índia de redução de impostos. A marca insistiu no estepe pendurado na traseira para ligar ao modelo original, o que desperdiçou espaço. Enquanto a suspensão mole não tinha a pegada Ford esperada. 

Timing do Territory

Existe um Efeito Mandela muito forte dentro da Ford. Quando a marca anunciou que fecharia suas fábricas no Brasil em janeiro de 2021, fazia poucos meses que ela tinha lançado o Territory. O problema é que muita gente pensa que foi o contrário porque o SUV médio chinês teve uma estreia apagada.

Pareceu que a Ford esqueceu do lançamento do modelo enquanto todos falavam só do fechamento das fábricas. Talvez ter mostrado o Territory depois do fechamento teria dado a impressão de que a marca realmente tinha ficado no Brasil. O problema é que o produto também não ajudava, porque o primeiro Territory era um carro ruim.

Primeira fase da Maverick

Apesar de ser um produto excelente, a Ford Maverick veio mal equipada em sua primeira fase no Brasil. Era inadmissível um carro com o preço dela não ter sensor de estacionamento, além de ter sistemas de auxílio a condução e teto solar lá fora e não oferecer os mesmos itens aqui no Brasil.

Por sorte, a Ford corrigiu esse erro na reestilização da caminhonete, a equipando com tudo que faltava, reduzindo preço e ainda trazendo a versão Tremor para conter as queixas de quem falava que ela era baixa demais. Falta agora só não esquecer mais da picape e colocar mídia para compradores de Rampage e Toro lembrarem que ela existe.

Insistência no Powershift

A Ford sabia dos problemas que o câmbio Powershift tinha. Só que, ao invés de mudar a transmissão ou fazer o reparo definitivo, deixou como estava. Esse era um problema global e que afetou fortemente a imagem da marca. Aqui no Brasil, criou um trauma que até hoje todo brasileiro tem receio de câmbio de dupla embreagem.

A insistência nesse tipo de transmissão fez muita gente fugir de New Fiesta, EcoSport, Focus e Focus Sedan. Inclusive, mesmo modelos como Ka e Fusion, que usavam transmissões automáticas tradicionais, eram alvo de receio dos consumidores por pensarem haver um Powershift lá dentro.

Quais outros erros da Ford você se lembra? Conte nos comentários.

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