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5 erros que a Renault cometeu no Brasil nos últimos anos

Em processo de forte recuperação no Brasil, a Renault teve algumas pedras pelo caminho nos últimos anos e listamos todas

4 min de leitura

Se agora a Renault vive um processo de renascimento com bons produtos como o Kardian e a iminente chegada de Boreal e Niagara, a marca não ficou totalmente imune aos erros. Por isso, listamos aqui cinco erros que a Renault cometeu no Brasil nos últimos anos. Confira.

CVT aventureiro

Renault Logan CVT
Renault Logan CVT [divulgação]

Depois de ter lançado (e esquecido) o terrível câmbio automatizado Easy’R para Sandero e Logan, a marca resolveu acertar colocando transmissão CVT em seus compactos. O problema é que a plataforma não foi desenvolvida para uma caixa tão grande, que ficava raspando na parte inferior da carroceria. A solução? Levantar a suspensão.

Com isso, Sandero e Logan receberam para-lamas de plástico preto vindos do aventureiro Stepway e suspensão de modelos que hoje em dia são chamados de SUV. No Sandero, parecia um Stepway Light, até aí tudo bem. Mas o Logan como sedan aventureiro ficou tenebroso. Com isso, vendeu tão mal que morreu cedo.

Pega no pulo

Renault Kwid E-Tech [Auto+ / João Brigato]
Renault Kwid E-Tech [Auto+ / João Brigato]

Quando a Renault lançou o Kwid E-Tech no Brasil em 2022, ele chegou por R$ 142.900, praticamente o dobro do modelo a combustão. Contudo, foi a BYD chegar com o Dolphin por R$ 150 mil na época que magicamente a marca baixou o preço para R$ 123.490.

Só que, pouco tempo depois, quando a BYD estava prestes a lançar o Dolphin Mini, a Renault quis para si o título de fabricante do carro elétrico mais barato do Brasil. Com isso, cortou o preço do Kwid E-Tech para R$ 99.990. Se já era possível um valor tão baixo assim, quanto a marca não lucrou com as primeiras unidades?

Testou, testou e não lançou

Renault Arkana (divulgação)

Até a estreia do Omoda 5, nenhuma fabricante vendia um SUV cupê compacto no Brasil. Ou era preciso baixar para o segmento de subcompactos com Fastback e Nivus ou partir para modelos de luxo maiores como X2 ou EC40. Mas a Renault tinha pronto um modelo, testou e não lançou. Mas ai a culpa foi da Rússia.

Trata-se do Renault Arkana, um modelo feito com plataforma de Sandero, visual europeu e um belo acabamento. Era para ele ter sido lançado no Brasil e havia enorme potencial de sucesso, especialmente se matasse o Captur. Mas, como tinha muitas peças vindas da Rússia e a Renault fechou a operação por lá, ele foi de arrasta para cima.

Muito tempo sem novidade

Renault Sandero S Edition [divulgação]

Ainda que a Renault estivesse se preparando para o momento da virada com os novos Kardian, Boreal e Niagara, a marca ficou com Sandero, Logan, Stepway e Duster sem nenhuma novidade. Lá fora todos receberam uma nova geração, enquanto no Brasil o Duster mudou só as lanternas.

Nesse momento de transição que a marca deixa de oferecer modelos Dacia e passa a desenvolver os próprios, ficar tanto tempo sem novidades prejudicou o volume da Renault e sua presença no mercado. Afinal, a única novidade que a marca teve, pré-Kardian, foi o Megane E-Tech, que é um bom carro, mas não vende.

Kangoo atrasado

Renault Kangoo [Auto+ / João Brigato]
Renault Kangoo [Auto+ / João Brigato]

Produzido na Argentina, o Renault Kangoo demorou para estrear no Brasil e veio com visual de Dacia, enquanto em outros países ele já tem o estilo novo. Bastava esperar mais um pouco para adotar a nova linguagem visual da Renault no modelo e também oferecer a versão passageiros que existe do outro lado da fronteira.

O carro já está pronto, basta a Renault começar a importá-lo. Afinal, quase que a totalidade das vendas da Chevrolet Spin é feita para taxistas ou famílias que precisam de muito espaço. O Kangoo é mais espaçoso e tão robusto quanto. Além disso, ofereceria um diferencial que a Fiorino não sonha em ter.

Quais outros erros da Renault você se lembra? Conte nos comentários.


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17 comentários em “5 erros que a Renault cometeu no Brasil nos últimos anos”

  1. Beto

    A nova geração do Sandero é a mais vendida na Europa e não trazê-la para cá foi um tiro no próprio pé. Muito embora a montadora tenha dito que queria se afastar da Dacia, acabou por continuar a produção do Stepway com o nome de Kardian e achou que o consumidor é bobo , não a toa os números de vendas só caem mês a mês.

    • EHP

      Ainda tem gente que comparao Kaedian com o Sandero. Inacreditável. Informações nunca são demais….informe-se e depois emitam opiniões decentes.

    • Walter Gabriel

      Beto, saí de um Stepway para um Kardian e são carros bem distintos. Vale conferir. Abraço.

  2. Padofull

    Também teve a questão do Fluence. Lançado bem caro por ser o segundo maior da categoria e mais moderno, não vendeu quase nada. Quando o Vectra saiu de linha, ele seria realmente o maior da categoria, mas não mais moderno, ela achou que o mercado seria dele, e subiu ainda mais os preços. Resultado, saiu de linha por vendas baixas.

  3. Padofull

    Renault/Nissan sabe fabricar bons carros. Mas não sabe vender!

  4. Paulo Roberto Nunes

    O Kwid tem um design mais agradável que o Mobi. Só que o Mobi é mais carro e não tem a mendingaria que o Kwid tem: Tem 2 limpador de parabrisa dianteiro manome 2e 4 parafusos em cada roda.

  5. Antonio Jorge Martins Malvar

    Achei um erro descontinuar a Captur, tenho uma Intense 19/20 e adoro o carro. Ouvi dizer que fora do Brasil a Captur faz sucesso e já recebeu várias atualizações.

    • Orlando Villalba

      A Renault tem o péssimo hábito de vender carros bonitos e modernos na Europa, com o logotipo da marca, mas para o Brasil colonial só manda projetos ultrapassados, velhos, de preferência da Romênia ( Dacia) e na cara de pau coloca o emblema Renault na grade frontal. Eles acham que somos tão burros que não diferenciamos carros bons de carros horríveis.

  6. Eduardo

    Boa tarde…

    a coluna Auto+ já enumerou os seus 05 erros recentes?

    To curioso para ver a franqueza e maturidade da mesma…

  7. Andre Rypl

    Totalmente de acordo. Conheci o Arkana, quando morei na Rússia, teria sido um belo modelo para o mercado brasileiro, antecipando a moda do Fiat Fastback. Acho, ainda, que erraram em não atualizar os Dacia e, principalmente, por não oferecerem produtos Renault da Europa, como o Koleos e a Grand Scénic ou mesmo a Scénic ou o Kadjar. Tive uma Grand Scenic 2017 e um Koleos 2020. Este último, principalmente, teria sido uma grande oferta no nosso mercado, já que a Nissan não oferece o X-Trail. E não entendo o motivo, dado que o Koleos existe em mercados comparativamente irrelevantes como a Bolívia. Qual a lógica da aposta no e-Kwid e mesmo o Megane E-Tech, carros de nicho?

  8. Joaquim Pires

    Deixou órfãos aqueles que gostavam de carros 4×4, tirou de linha a Duster 4×4, não lançou a Oroch 4×4, não lançou nenhuma opção a diesel, camionete, carros que tem na Argentina, na Colômbia,

  9. Philippe Pietro

    Renault está fazendo cosplay de Ford…

  10. Paulo C G Souza

    A demora demais de uma picape 4×4 , a Niágara está virando novela , não chega nunca, aí não dá Dna Renault… Aja paciência, minha oroch tá ficando velha e não chega a tal Niágara.

  11. Daniel Moares

    E a Duster AWD?
    Testei, funciona, bom carro com exceção do motor 2.0 aspirado que bebe muito e entrega pouco.
    Com a Renault deixou escapar um mercado do 4×4 mais barato, com ótimo porta-malas e um desempenho bom no off- road…
    E não venham falar co câmbio manual de seis marchas que nunca me atrapalhou.
    Mancada e das grandes

  12. Eduardo Francisco dos Santos

    O maior acerto da Renault e o brasileiro pq e muito burro e continua comprando esse lixo

    • Erivaldo Farias De Oliveira

      Possui 2 carros da Renault são bons, muito superiores a Fiat, mas a Renault peca no design o duster até melhorou…

  13. Hudson F.C.Simões

    Não só a Renault, mas todas marcas,deveriam fabricar com requinte similar ao europeu, carros parecidos,mas,não venderiam na Europa, um modelo brasileiro.

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João Brigato

Formado em jornalismo e design de produto, é apaixonado por carros desde que aprendeu a falar e andar. Tentou ser designer automotivo, mas percebeu que a comunicação e o jornalismo eram sua verdadeira paixão. Dono de um Jeep Renegade Sem Nome, até hoje se arrepende de ter vendido seu Volkswagen up! TSI.

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