Quantos elementos já desapareceram dos carros ou simplesmente foram substituídos nos últimos anos? O carburador foi substituído pela injeção eletrônica, o CD Player pelo Bluetooth ou entrada USB, os mapas de papel pelo Waze e Google Maps. O cinzeiro e isqueiro, por exemplo, foram simplesmente eliminados.
Algumas coisas que eram imprescindíveis anos atrás, hoje passam longe de ser essenciais. Pelo contrário, já estão ultrapassadas. Esse é o caso dos itens citados abaixo. Separamos cinco elementos que já estão correndo risco de extinção na indústria automotiva e que podem até não desaparecer por completo daqui cinco anos, mas serão difíceis de encontrar. Alguns você vai dizer que foram tarde, mas outros você pode até sentir falta.
Câmbio manual
![Câmbio manual Ford [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2022/02/ford_focus_st_estate_822_edited-1200x720.jpg)
Nós sabemos que muitos motoristas acham uma delícia dirigir um carro com câmbio manual. Mas particularmente só faz sentido para mim se for um carro muito legal de guiar, como, por exemplo, um Ford Mustang manual. Qual a graça de enfrentar quilômetros de trânsito revezando entre primeira e segunda marcha?
Por mais acertado que seja o câmbio, como, por exemplo, o do Volkswagen Polo, acaba não sendo prático para o dia a dia. A indústria automotiva já entendeu isso, você e eu também. Agora o que resta é aceitar. Até porque temos uma procura cada vez maior por carros automáticos e uma oferta cada vez menor de carros manuais.
Até há alguns anos, os carros populares eram oferecidos em quatro versões manuais e uma automática. Agora os modelos chegam com uma ou duas variantes manuais. Isso se for um carro de entrada. Muitos SUVs de marcas populares nem oferecem mais o item. Querendo ou não, o câmbio manual está morrendo a conta gotas e é uma questão de pouco anos para ele virar raridade. O câmbio automático será o próximo item do kit dignidade.
Rádio

Encontrar um carro zero-quilômetro com rádio ao invés de uma central multimídia daqui alguns anos será o mesmo que ir a uma loja comprar um smartphone e encontrar um aparelho celular com botões. Até pode ter um modelo ou outro para atender um público bem pequeno, mas ninguém quer mais.
Já conheci algumas pessoas que até estavam bem felizes com seus carros, mas que queriam trocar só para pegar um modelo com multimídia. A Chevrolet mesmo, esse ano, passou a oferecer multimídia desde a versão de entrada do Onix – seu carro mais barato.
As outras montadoras vão seguir o mesmo movimento à medida que forem renovando a linha, lançando um facelift, reestilização ou trocando de geração. Ou você acha que elas vão ficar perdendo clientes para a Chevrolet? Elas vão aumentar o preço, mas vão oferecer o item. E nós, vamos reclamar do valor, mas vamos comprar.
Painel analógico

Em uma era que tudo é digital, por que manter o painel de instrumentos analógico? Esse certamente é um dos itens que vão desaparecer dos carros em breve. Já está provado que o consumidor gosta do painel de instrumentos digital, não à toa temos cada vez mais modelos (inclusive populares) sendo equipados com o item.
Nós gostamos de personalizar, de escolher o layout que mais nos agrada… Podemos até escolher um velocímetro com ponteiros para trazer uma pegada mais esportiva e jovial, mas queremos que ele seja digital. Afinal, não é só o velocímetro que nos interessa. Tem uma série de outras informações que não são exibidas em painel analógico.
Faróis halógenos

De todos os itens que citamos até aqui, nenhum irrita mais o jornalista automotivo moderno do que os faróis halógenos. É triste ver um carro (mesmo de entrada) em pleno o ano de 2025 ser lançado com faróis halógenos ao invés de faróis de LED. Montadoras, economizem em outra coisa. Não é só por uma questão estética, é de segurança também. Alguns países já até proíbem que carros novos tenha faróis halógenos.
Estepe

Deixamos o estepe para o final, afinal não à toa ele é um estepe. Brincadeiras à parte, esse é um item que ainda não estamos preparados para perder, mas as fabricantes estão tirando de nós sem sequer perguntar. Embora sejam estepes, é estranho vê-los sendo substituídos. Os kits de reparo e os pneus run flats, podem ser eficientes quando o dano é simples. Mas em outros casos não.
Certa feita, estava dirigindo um Mercedes-Benz GLB com pneus run flat. Era uma noite chuvosa e passei uma rua com uns 20 cm de água, algum objeto rasgou o pneu. Eu mal consegui chegar até o posto de combustível mais próximo e o pneu já estava murcho. Se estivesse na estrada, sem sinal, poderia ter sido uma experiência muito pior.
Acontece que tirar o estepe do carro, significa uma grande economia para as fabricantes. Além disso, em alguns casos pode ser um ganho significativo de porta-malas e até evitar um prejuízo. Quem nunca conheceu alguém que teve o estepe do carro roubado? Será difícil perder o estepe de vez. Mas não vai demorar para acontecer.
Qual outro item você acha que irá desaparecer dos carros nos próximos anos? Conte para nós nos comentários.