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Deram adeus cedo

5 marcas mostrados no Salão do Automóvel que sumiram rapidamente no Brasil

O Salão do Automóvel já teve diversas montadoras novas aparecendo, como ocorreu na edição 2025, e depois sumiram

4 min de leitura

O Salão do Automóvel de São Paulo acontece entre 22 e 30 de novembro com estreias ou volta de algumas novas montadoras no Brasil, como é o caso da Changan, MG e até a Denza. Mas você sabia que vários fabricantes no passado mostraram ideias ousadas no Salão do Automóvel de outras edições e simplesmente sumiram logo depois?

O Auto+ separou cinco fabricantes que apostam forte no Brasil com promessas, especialmente no Salão do Automóvel, mas não resistiram ao mercado brasileiro, às regras de importação, ao dólar alto, à falta de rede e até a crises globais.

Lifan

Lifan X70 [divulgação]
Lifan X70 [divulgação]

A marca chinesa Lifan já participou de várias edições do Salão do Automóvel, com grande destaque para 2018, quando apresentou X70, X7 MyWay, M7 e até prometeu um rival para o Chevrolet Spin. Antes disso, já havia mostrado X60, X80 e outros lançamentos. A ideia era consolidar presença no Brasil com SUVs acessíveis. 

Só que a realidade bateu na porta com a fábrica no Uruguai paralisando, o regime de cotas limitava importações, o dólar subiu, a concorrência chinesa explodiu com Chery e JAC, e a matriz entrou em recuperação na China. A Lifan foi desaparecendo e encerrou operações no Brasil oficialmente em 2019, deixando pouquíssimos carros nas ruas e planos que nunca saíram do papel.

Lada

Lada Riva (reprodução)

Quem viveu os anos 90 deve lembrar da Lada. Os russos vieram forte com a reabertura das importações e mostraram seus modelos no Salão do Automóvel. Por aqui, venderam  o Niva, Samara e Laika, e tinham até um público fiel. Mas a saída foi tão abrupta quanto a chegada. 

A montadora abandonou o Brasil em 1995 devido a um aumento drástico das alíquotas de importação e à incompatibilidade dos motores dos carros com a gasolina brasileira da época. Outra questão foi a concorrência crescente e o design considerado ultrapassado pelos consumidores. 

Daewoo 

Espero
Daewoo Espero [Divulgação]

A Daewoo também foi mais uma fabricante que aproveitou a reabertura do mercado para mostrar seus modelos aos brasileiros. A marca coreana chegou em 1994 com o sedan Espero, que utilizava mecânica da GM, aproveitou o Salão do Automóvel, ganhou vitrine, mas não resistiu à crise financeira asiática de 1997. 

A matriz entrou em colapso, acabou absorvida pela GM em 2001 e passou a comercializar produtos coreanos sob a marca Chevrolet em muitos mercados. Os carros até eram modernos para a época, mas a marca não teve tempo de se firmar.

SsangYong

SsangYong Rodius [divulgação]
SsangYong Rodius [divulgação]

A sul-coreana SsangYong viveu idas e vindas. Esteve no Salão em 2007, voltou em 2010 com o Korando, apresentou o Actyon Sports, Rexton e outras novidades em 2012, e reapareceu em 2018 com planos ambiciosos. Só que a operação nunca engrenou. 

A cada retorno, o público confiava menos. A última tentativa durou até 2019, quando a importadora desistiu de vez. Problemas de homologação, dólar alto, falta de rede e preços pouco competitivos enterraram mais uma chance da marca por aqui.

Seat 

Seat Cordoba [divulgação]
Seat Cordoba [divulgação]

A espanhola Seat, que faz parte do grupo Volkswagen desde 1986, também marcou presença nos anos 90 e início dos 2000 no Brasil. Veio para o Salão em 1996, 1998, 2000 e 2002 com modelos Ibiza e Córdoba, tentando ser uma Volkswagen mais jovem e esportiva. Só que isso virou concorrência interna. 

Com impostos altos, preço elevado e vendas fracas, a Volkswagen decidiu encerrar tudo em 2002. A marca ainda fez aparições discretas em 2010 e 2012, mas sem intenção de retorno e hoje seu protagonismo é bem menor, já que a submarca Cupra está assumindo o papel principal.

E você, qual dessas marcas você lembra de ter visto no Salão e achava que ia durar mais no Brasil? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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