O Salão do Automóvel de São Paulo acontece entre 22 e 30 de novembro com estreias ou volta de algumas novas montadoras no Brasil, como é o caso da Changan, MG e até a Denza. Mas você sabia que vários fabricantes no passado mostraram ideias ousadas no Salão do Automóvel de outras edições e simplesmente sumiram logo depois?
O Auto+ separou cinco fabricantes que apostam forte no Brasil com promessas, especialmente no Salão do Automóvel, mas não resistiram ao mercado brasileiro, às regras de importação, ao dólar alto, à falta de rede e até a crises globais.
Lifan
![Lifan X70 [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2020/09/lifan_x70_71_edited-1200x720.jpg)
A marca chinesa Lifan já participou de várias edições do Salão do Automóvel, com grande destaque para 2018, quando apresentou X70, X7 MyWay, M7 e até prometeu um rival para o Chevrolet Spin. Antes disso, já havia mostrado X60, X80 e outros lançamentos. A ideia era consolidar presença no Brasil com SUVs acessíveis.
Só que a realidade bateu na porta com a fábrica no Uruguai paralisando, o regime de cotas limitava importações, o dólar subiu, a concorrência chinesa explodiu com Chery e JAC, e a matriz entrou em recuperação na China. A Lifan foi desaparecendo e encerrou operações no Brasil oficialmente em 2019, deixando pouquíssimos carros nas ruas e planos que nunca saíram do papel.
Lada

Quem viveu os anos 90 deve lembrar da Lada. Os russos vieram forte com a reabertura das importações e mostraram seus modelos no Salão do Automóvel. Por aqui, venderam o Niva, Samara e Laika, e tinham até um público fiel. Mas a saída foi tão abrupta quanto a chegada.
A montadora abandonou o Brasil em 1995 devido a um aumento drástico das alíquotas de importação e à incompatibilidade dos motores dos carros com a gasolina brasileira da época. Outra questão foi a concorrência crescente e o design considerado ultrapassado pelos consumidores.
Daewoo

A Daewoo também foi mais uma fabricante que aproveitou a reabertura do mercado para mostrar seus modelos aos brasileiros. A marca coreana chegou em 1994 com o sedan Espero, que utilizava mecânica da GM, aproveitou o Salão do Automóvel, ganhou vitrine, mas não resistiu à crise financeira asiática de 1997.
A matriz entrou em colapso, acabou absorvida pela GM em 2001 e passou a comercializar produtos coreanos sob a marca Chevrolet em muitos mercados. Os carros até eram modernos para a época, mas a marca não teve tempo de se firmar.
SsangYong
![SsangYong Rodius [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2022/12/ssangyong_rodius_32_edited-1200x719.jpg)
A sul-coreana SsangYong viveu idas e vindas. Esteve no Salão em 2007, voltou em 2010 com o Korando, apresentou o Actyon Sports, Rexton e outras novidades em 2012, e reapareceu em 2018 com planos ambiciosos. Só que a operação nunca engrenou.
A cada retorno, o público confiava menos. A última tentativa durou até 2019, quando a importadora desistiu de vez. Problemas de homologação, dólar alto, falta de rede e preços pouco competitivos enterraram mais uma chance da marca por aqui.
Seat
![Seat Cordoba [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2024/07/seat_cordoba-1320x792.webp)
A espanhola Seat, que faz parte do grupo Volkswagen desde 1986, também marcou presença nos anos 90 e início dos 2000 no Brasil. Veio para o Salão em 1996, 1998, 2000 e 2002 com modelos Ibiza e Córdoba, tentando ser uma Volkswagen mais jovem e esportiva. Só que isso virou concorrência interna.
Com impostos altos, preço elevado e vendas fracas, a Volkswagen decidiu encerrar tudo em 2002. A marca ainda fez aparições discretas em 2010 e 2012, mas sem intenção de retorno e hoje seu protagonismo é bem menor, já que a submarca Cupra está assumindo o papel principal.
E você, qual dessas marcas você lembra de ter visto no Salão e achava que ia durar mais no Brasil? Deixe seu comentário!



