Antigo VW Jetta muda de marca e vive com nova geração na China

O mercado de carros na China é absurdamente gigantesco. A ponto de existirem duas Volkswagen, duas Audi, duas Honda…e por aí vai. Mas o caso de amor dos chineses com o VW Jetta é algo de outro mundo. Tanto que existe uma marca de carros chamada Jetta e duas gerações do sedan médio sendo vendidas ao mesmo tempo.

Já falamos aqui no Auto+ sobre a marca Jetta. Mas resumidamente ela foi criada em 2019 para vender três modelos: VA3 (antigo VW Jetta chinês, que é um modelo equivalente ao Voyage), VS5 (SUV médio baseado no Taos) e VS7 (SUV de sete lugares parente do Tiguan). Só que em 2025 a linha foi ampliada com a chegada do VA7 e do VS8.

Se o SUV VS8 parece, e é, um modelo totalmente inédito, há uma estranha sensação de familiaridade. Isso porque o novo Jetta VS7, na realidade, é o atual Volkswagen Jetta vendido no Brasil, mas com algumas diferenças visuais para se adequar à nova marca e até algumas especificações chinesas.

Jetta da Jetta

O VS7 lançado em 2025 só surgiu porque a Volkswagen apresentou o Sagitar de quarta geração lá na China também neste ano. Para quem não reconhece, Sagitar é o nome que o Volkswagen Jetta conhecido pelos brasileiros usa do outro lado do oceano. Isso para não confundir com a marca criada em 2019. SIm, é confuso.

Com isso, o VA7 surgiu como uma maneira de aproveitar todo ferramental do modelo antigo e mantê-lo em produção. Esteticamente ele se diferencia do Volkswagen que temos por aqui por conta da grade frontal maior com barra cromada na parte superior e friso cromado em T no para-choque. Na traseira, ele tem o mesmo friso em T, além de lanternas diferentes.

Tal qual o já descontinuado Sagitar de terceira geração, o Jetta VA7 tem entre-eixos alongado em 5,5 cm em relação ao sedan médio vendido internacionalmente. A oferta de motores é composta por motores TSI: 1.2 de 115 cv, 1.4 de 150 cv e 1.5 de 160 cv, todos com câmbio DSG. Mas o 1.2 turbo pode ser manual de cinco marchas, contudo.

Jetta do futuro

Enquanto o Brasil e os EUA receberam uma reestilização relativamente pesada do Volkswagen Jetta, o Sagitar chinês chegou à quarta geração. O modelo manteve a mesma plataforma MQB A0 Evo do atual modelo, mas ganhou um visual bem mais esportivo e moderno. Por isso, inclusive, agora só é vendido com motor 1.5 TSI e câmbio DSG.

A dianteira é marcada por uma barra plástica preta que conecta os faróis. Eles são full-LED com lente escurecida e uma fita luminosa na parte inferior que também acende na grade. O para-choque tem entradas de ar triangulares que se conectam ao centro. Vincos fortes no capô e lateral marcam o visual do sedan.

O Sagitar 2026 traz também as polêmicas maçanetas aerodinâmicas e ficou mais esportivo por conta do teto mais baixo e do vidro traseiro mais inclinado. A traseira tem um quê de BYD Qin por conta do desenho das lanternas interligadas. A placa agora fica no para-choque, dando a sensação de um cupê de quatro portas.

A cabine melhorou consideravelmente em relação ao Jetta. Há uma larga faixa de couro no painel e nas portas. A maçaneta ficou camuflada no apoio de braço, enquanto o painel de instrumentos se transformou em uma tela pequena sem cobertura – bem típica de carros chineses. O volante de Nivus, no entanto, segue lá.

Você acredita que o Jetta chinês faria sucesso no Brasil? Conte nos comentários.

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