Os carros híbridos plug-in (PHEV) são vistos por muitas pessoas como a ponte perfeita entre o carro a combustão e o elétrico por unirem o melhor dos dois mundos em ter um motor elétrico capaz de rodar entre 40 e 100 km só na bateria e um motor a combustão, tendo uma autonomia total que pode passar dos 1.000 km. Na teoria é lindo, mas a prática está mostrando outra realidade.
De acordo com um estudo do Transport & Environment (T&E), organização europeia de pesquisa ambiental, os carros híbridos plug-in estão emitindo quase cinco vezes mais CO2 do que o divulgado oficialmente.
O levantamento analisou 800 mil carros híbridos plug-in em uso real na Europa e revelou que, em média, esses veículos liberam 135 gramas de CO2 por quilômetro, contra os 35 g/km declarados nos testes oficiais do WLTP, o órgão europeu que define o padrão de medição.
![BMW 330e [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/02/bmw_330e_m_sport_411_edited-1200x719.jpg)
Na prática, isso significa que os PHEVs poluem praticamente o mesmo que carros a combustão ou híbridos convencionais, que registram 166 g/km. Ou seja, o carro verde que promete reduzir emissões está, na realidade, muito mais próximo dos modelos tradicionais do que parece.
Por que isso acontece
O estudo aponta um motivo muito simples que diversos proprietários cometem, inclusive no Brasil. A maioria dos consumidores desses veículos não recarrega a bateria. Muita gente compra um híbrido plug-in achando que ele vai funcionar igual a um híbrido comum, como um Corolla Hybrid, por exemplo, mas há uma diferença crucial.

O híbrido plug-in depende da recarga externa para ter a eficiência prometida. Quando o motorista não conecta o carro à tomada, ele acaba rodando quase sempre no modo a combustão, carregando um veículo mais pesado (por causa das baterias) e gastando muito mais combustível do que deveria.
Além disso, diversos híbridos plug-in têm baterias que se esgotam completamente, deixando o motor a combustão responsável por mover sozinho um carro que foi projetado para funcionar em conjunto com o sistema elétrico. O resultado é um desempenho pior, consumo alto e emissões extremamente altas.

Outro ponto que o estudo cita é o uso do carro em condições reais, como acelerações fortes, temperaturas frias e subidas de serra fazem o sistema híbrido acionar o motor a combustão com mais frequência, o que aumenta ainda mais o consumo e as emissões.
Diferença cresce a cada ano
A diferença entre o que os testes oficiais prometem e o que acontece nas ruas está aumentando. Em 2021, o WLTP apontava 38 g/km de CO2, enquanto o estudo mostrava 133 g/km. Já em 2023, o número oficial caiu para 28 g/km, mas as medições reais subiram para 138 g/km, ou seja, uma diferença de quase 400%.
![Volvo XC60 [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2020/12/volvo_xc60_t8_r-design_57_edited-1200x719.jpg)
E esse erro de cálculo não é só ambiental, é também econômico. Segundo o T&E, não usar a bateria de um PHEV pode custar até 500 euros por ano (cerca de R$ 3.100) em consumo extra de combustível, já que o motorista está rodando apenas com o motor a combustão, sem aproveitar a parte elétrica.
As marcas mais afetadas
O estudo também revelou quais fabricantes têm as maiores diferenças entre os números declarados e os reais. Renault, Stellantis e Volkswagen aparecem com médias de 300% de discrepância, enquanto a Mercedes-Benz tem diferença de até 500%. Isso significa que alguns modelos da marca poluem cinco vezes mais do que o divulgado nos testes oficiais.
![GWM Haval H6 PHEV19 [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2024/06/8fz7ic6f-GWM-Haval-H6-PHEV19-11-1320x793.avif)
E tem mais. Segundo o T&E, as montadoras deixaram de pagar cerca de 6 bilhões de euros (R$ 37,5 bilhões) em multas ambientais graças às medições do WLTP, o que mostra como os números oficiais acabam beneficiando as fabricantes.
Com todo esse estudo, o que podemos então entender é que o híbrido plug-in é, sim, uma ótima ideia no papel, mas não adianta ter um carro que precisa de tomada e nunca ser ligado na tomada.
E você, o que acha sobre os carros híbridos plug-in? Deixe seu comentário!




Jênios, qualquer um que possua 1 neurônio já sabia que isso iria acontecer. Não existe infraestrutura para carro elétrico, fato!!
Outro que nem leu a reportagem.
Carro elétrico é para rodar nas cidades e, em pequenos trechos
Motores térmicos vao existir sempre.
Sempre achei ridículo o tal do híbrido plugin. Um carro pra ser ligado na tomada. Fala sério. O híbrido convencional é muito mais prático.
Ele não “precisa” ser ligado na tomada. Esse é justamente o ponto da reportagem. Jesus.
Isso é matéria paga é ridículo um carro deste poluir assim.
Sou uber gasto 100 reais de gasolina por dia enquanto amigos que tem o prius da Toyota gastam 100 reais cada 10 dias e eles não carregam nada o carro e espetacular como pode eu gastando 2000 mil por mês enquanto eles gastam de 300 a 400 por mês e poluem o mesmo.
Viro guerra mesmo contra carros a combustão e tem gente que acredita nisso.