Carro elétrico polui mais? Mito ou verdade? O presidente da Toyota, Akio Toyoda afirmou que 27 milhões de carros híbridos equivalem ao impacto de carbono de nove milhões de carros elétricos. Ou seja, os veículos movidos 100% a baterias poluem até três vezes mais em comparação aos híbridos.
Ele ainda reforça que carros elétricos poluem mais quando a eletricidade utilizada para o recarregar vier de alguma fonte de combustível fóssil, tais como tais como a gasolina, óleo diesel, gás de cozinha ou gás natural. Em suma, um carro elétrico não emite poluentes de forma direta, mas a fonte de energia que gera eletricidade pode poluir e muito.
Boa parte da energia elétrica na Europa, por exemplo, é proveniente de combustíveis fósseis. Apenas em 2023, as fontes renováveis ultrapassaram as fontes sujas na Europa. No Japão, a dependência de combustíveis fósseis é ainda maior, chegando a 70%. Países como Índia e China, onde grandes fabricantes de veículos elétricos estão inseridas também têm fontes sujas como as principais.
Diferente do Brasil, que há muito tempo se destaca por ter uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo. Ou seja, a depender da fonte e da quantidade de energia para alimentar as baterias, um carro elétrico polui mais do que se imagina. O mesmo carro elétrico no Japão polui mais do que no Brasil, por exemplo.
Mas o que é o mercado brasileiro se comparado as vendas da Índia e China? E ainda mais se somarmos as vendas de países da Europa e Japão? Por isso, o senhor Toyoda defende fervorosamente e abertamente a tecnologia híbrida enquanto outras montadoras, especialmente as chinesas, correm em direção aos elétricos.
Toyota diz que carro elétrico polui mais, mas também não escapa de críticas
A Toyota constantemente tem sido alvo de críticas por ter desacelerado seu programa de eletrificação e focado mais em modelos híbridos. Mesmo em meio a pressão, o CEO da japonesa já fez questão de reforçar várias vezes que está confiante em suas convicções e que não irá ceder como na entrevista concedida recentemente a Automotive News:
“Quando o termo neutralidade de carbono se popularizou, dissemos, como empresa, que o inimigo é o carbono. Precisamos nos concentrar no que podemos fazer imediatamente para reduzir o dióxido de carbono. Essa é a base da nossa decisão. Ela não mudou e não mudará”, enfatizou Toyoda.
Ele ainda aproveitou para defender sua decisão: “Vendemos cerca de 27 milhões de híbridos. Esses híbridos tiveram o mesmo impacto que 9 milhões de veículos elétricos a bateria (BEVs) nas ruas. Mas se tivéssemos fabricado 9 milhões de BEVs no Japão, isso teria, na verdade, aumentado as emissões de carbono, e não reduzido. Isso porque o Japão depende de usinas termelétricas para obter eletricidade”, concluiu o executivo.
Você concorda com a visão da Toyota ou acha que apesar do carro elétrico poluir mais ele ainda é a melhor opção para o futuro? Conte para nós nos comentários.
