Quando o assunto é Start-Stop, a polêmica está no ar. Há motoristas que gostam, enquanto outros acham desnecessário. Esse sistema é responsável por desligar o motor durante breves paradas, como nos semáforos, e o religa automaticamente ao tirar o pé do pedal de freio (nos modelos automáticos) ou acionar a embreagem (nos manuais). O objetivo é ajudar na redução do consumo de combustível e na emissão de poluentes.
É aí que a polêmica se esconde. O movimento de ligar e desligar o motor causa desconforto em uma parcela dos motoristas, enquanto outros não percebem diferença significativa no consumo de combustível no dia a dia. O primeiro carro com Start-Stop foi o Fiat Regata ES, lançado em 1983. No Brasil, o pioneiro foi o Fiat Uno Evolution, lançado em 2014 como linha 2015, na primeira atualização da segunda geração do compacto.

O sistema Start-Stop
Há mais de dez anos, o Start-Stop era um equipamento restrito a segmentos superiores e mais caros. O sistema do Fiat Uno Evolution, desenvolvido pela Bosch, proporcionava uma economia de combustível de até 20%, dependendo das condições de uso.
Sob o capô, o Uno Evolution trazia o motor 1.4 8V Fire de quatro cilindros, naturalmente aspirado, com 88 cv e 12,5 kgfm (etanol). Já o câmbio é manual de cinco marchas e a tração no eixo dianteiro. Um conjunto, que permitia ir de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e cravar 172 km/h de velocidade máxima.


Entre os itens de série e opcionais, inclui direção assistida hidraulicamente, duplo airbag para os ocupantes dianteiros, rodas de liga leve, luzes de neblina, volante multifuncional, sistema de som com conexão Bluetooth e retrovisores ajustáveis eletricamente.
Para ter o Start-Stop alguns aperfeiçoamentos foram realizados, como um motor de partida específico com vida útil de 340.000 ciclos, pneus superverdes com baixa resistência ao rolamento e medidas 175/65 R14, uma bateria de 60 Ah e um alternador de 120 Ah.

Ao volante do Fiat Uno Evolution
O Fiat Uno Evolution mantinha as características conhecidas do compacto, com boa força desde baixas rotações, permitindo um desempenho condizente com sua proposta. Com 990 kg, a relação peso-potência é de 11,25 kg/cv.
A atuação do sistema Start-Stop era suave, tanto ao desligar quanto ao religar o motor 1.4, e o sistema podia ser desativado, assim como ocorre nos Jeep Renegade, diferentemente do Pulse e do Fastback T200 Hybrid, que não possui nenhuma tecla para desligar o recurso.

Antes de o motor desligar alguns parâmetros são verificados. Entre eles, portas e capô fechados, bem como a velocidade ter sido superior a 7 km/h por pelo menos dois segundos. Para religar o motor, era necessário pressionar o pedal da embreagem, com a partida ocorrendo em apenas 0,4 segundo.
O câmbio de cinco marchas, com a quinta marcha alongada, oferecia engates justos, superando o padrão do Uno antes do facelift. As suspensões McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira tinham calibração macia, uma característica típica dos carros da marca, o que fazia a carroceria rolar ligeiramente nas curvas.

Foi um avanço na época e, atualmente, o compacto custa no mercado de usados na faixa de R$ 40.000.
Caso seja proprietário de um Fiat Uno compartilhe a sua experiência nos comentários!



