Toyota Corolla: pontos positivos e negativos do sedã médio mais vendido do Brasil

O Toyota Corolla é um dos carros mais emblemáticos do Brasil. Quando se fala em sedã médio, não tem jeito, ele é o mais vendido do segmento. Segundo a Fenabrave, foram 37.671 unidades emplacadas em 2024. O número, embora relevante, é o menor desde 2007, já que o Corolla sempre superou a barreira das 40 mil unidades anuais. Mas por que isso aconteceu? Quais são os pontos negativos e positivos do sedã?

Na verdade isso não chega a ser um problema para a Toyota, já que parte desse público simplesmente migrou para o Corolla Cross, que em 2024 bateu recorde histórico com 47.802 unidades vendidas e em 2025, até agosto, já foram 24.474 emplacamentos do Corolla sedã, contra 44.694 do SUV, que deve encerrar o ano acima das 50 mil unidades. 

Ou seja, não é queda de mercado, mas sim uma redistribuição natural entre o sedã e o SUV. E somando tudo isso, o Auto+ decidiu produzir uma lista com os pontos positivos e negativos do Corolla sedã. Vale lembrar que já testamos o modelo na sua configuração híbrida e a combustão. Vamos começar então com os pontos positivos.

Confiabilidade e dirigibilidade

Não dá para falar de Corolla sem citar a confiabilidade. O sedã é conhecido pela durabilidade, fácil manutenção e mecânica robusta. É um carro que entrega tranquilidade ao dono com todos os cuidados feitos.

Outro destaque está no conforto e na dirigibilidade. O volante tem resposta direta, progressiva e agradável. A suspensão independente nas quatro rodas — McPherson na frente e multilink atrás — foi pensada para absorver bem nossas ruas cheias de buracos. O resultado é um rodar macio e bem confortável.

Consumo de moto e único HEV flex

No consumo, o Corolla vai super bem. As versões híbridas 1.8 flex são as únicas do Brasil que combinam motor híbrido pleno (HEV) com motor flex. Atualmente, no mercado brasileiro, não é comercializado nenhum carro com motor flex e eletrificação plena, e não estamos falando de semi-híbrido (MHEV), como o Fiat Pulse.

Além de ser flexível, o Corolla é muito econômico, entregando até 17,5 km/l na cidade e 15,2 km/l na estrada, segundo o Inmetro, que tem medições rigorosas. Com etanol, o híbrido fica até 12% mais eficiente na estrada e ainda reduz emissões. 

Já o motor 2.0 aspirado também não faz feio: são 11,9 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada com gasolina, auxiliado pelo câmbio CVT que simula até dez marchas.

Ótimo coeficiente aerodinâmico

Outros detalhes técnicos que são bem importantes para o bom consumo e uma dirigibilidade mais confortável que jogam a favor do sedã,  é o ótimo coeficiente aerodinâmico de apenas 0,28 cx.

Segurança proativa

Na segurança, o sedã é bem avaliado, com quatro estrelas no Latin NCAP. Vem equipado com seis airbags, freios ABS, controles de tração e estabilidade, piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência e assistente de faixa, mesmo desde as versões de entrada. O conjunto ainda tem câmera de ré e freios a disco nas quatro rodas.

Acabamento difícil de encontrar

Outro ponto positivo e incontestável do Corolla é seu acabamento. Desde as versões de entrada, o Corolla oferece tabelier em soft touch, painel acolchoado, portas revestidas com materiais macios e apoio de braço confortável, além de boa construção do modelo.

Revenda garantida e baixa desvalorização

Na hora de revender, o Corolla não demora muito para sair de um dono e pular para outro. Estudo da Mobiauto mostra que a desvalorização média do modelo a combustão é de 4,7% no primeiro ano, enquanto a versão híbrida chega a 5,4%. Números muito menores que a média do mercado.

Bom espaço e porta-malas 

O entre-eixos de 2,70 metros garante bom espaço interno, e o porta-malas de 470 litros é maior que o do Corolla Cross (440 litros). O modelo ainda conta com revisões tabeladas, trazendo previsibilidade nos custos de manutenção.

Agora vamos para os pontos negativos do Toyota Corolla

Falta de potência

Como todo carro, o Corolla também passa por seus pontos negativos. E apesar dos méritos de consumo, o sedã fabricado em Sorocaba (SP) tem sua grande parte de limitação debaixo do capô do conjunto híbrido. O motor 1.8 aspirado, que surgiu ainda em 2009 com o Prius, é antigo e entrega apenas 122 cv somando motor a combustão e elétrico. 

O câmbio CVT não ajuda, deixando o 0 a 100 km/h na casa dos 12 a 13 segundos. Embora muitas pessoas digam que não precisa de muita potência, é sempre bom lembrar que um carro com resposta à prontidão significa segurança também, principalmente na estrada, com a família e bagagens — fazer uma ultrapassagem segura é essencial. 

Já o 2.0 aspirado, com até 175 cv no etanol, melhora o fôlego (0 a 100 km/h em 9,2 s), mas o ruído alto do CVT incomoda em acelerações fortes.

Raspa facilmente

Outro problema é a baixa altura do solo. Com 148 mm, o Corolla raspa facilmente em rampas, valetas e entradas de garagem. Os ângulos de ataque e saída não são divulgados pela Toyota, mas o comportamento no dia a dia já mostra que essa é uma fragilidade real, relatada por muitos donos.

Preço fora da casinha

O preço também pesa contra. Hoje, praticamente todas as versões do Corolla já se aproximam da faixa dos R$ 200 mil, exceto a XEi. Isso coloca o modelo em um patamar alto, onde há alternativas igualmente fortes, e muito mais bem equipados, potentes e até econômicos, como já relatado pelo Auto+.

Falta tecnologia pelo preço

E, mesmo custando caro, o Corolla não entrega tanta tecnologia embarcada. O sistema multimídia segue limitado em conectividade e interface, mesmo após atualizações na linha 2025. Recursos como câmera 360 graus, freio de estacionamento eletrônico e outros itens mais modernos ainda não aparecem, e o freio de mão continua manual.

Isolamento acústico poderia melhorar

No quesito conforto interno, o isolamento acústico poderia ser melhor. Em estrada, tanto o ruído do motor quanto o som de rodagem e vento entram mais do que deveriam na cabine. 

Cuidado com a cabeça e com a bagagem

Já no espaço traseiro, a caída do teto compromete a área para a cabeça, o que deixa bem desconfortáveis para passageiros mais altos. Por fim, o porta-malas tem articulação do tipo pescoço de ganso, que pode esmagar malas dependendo da arrumação.

Atualmente, o Corolla tem cinco versões: XEi 2.0 (R$ 171.590), GLi Hybrid (R$ 189.000), Altis (R$ 199.490), GR-S (R$ 199.790) e Altis Premium Hybrid (R$ 199.990).

Conhecia esses pontos positivos e negativos do Toyota Corolla? Deixe seu comentário!