Com o avanço das tecnologias, os carros e os motoristas saíram ganhando. Um dos benefícios do avanço tecnológico foi a criação dos itens ADAS dos veículos. Esses sistemas englobam recursos de condução semiautônoma, aquela que ajuda os condutores a dirigir com um pouco mais de segurança. Mas, uma pesquisa mostrou que existem motoristas insatisfeitos com esses itens tecnológicos.
Quem revelou esse detalhe foi a empresa DG Cities. Boa parte dos motoristas entrevistados para a análise contaram que receberam informações insuficientes sobre esses itens na hora da compra. Ou seja, por não receberem os detalhes de funcionamento e até funcionalidade do recurso, os condutores desenvolveram uma espécie de receio sobre o equipamento.
Lara Suraci, uma das pesquisadoras da empresa, contou que um quarto dos motoristas não estava satisfeito com os itens ADAS dos seus modelos. Além disso, ainda houveram relatos de pessoas insatisfeitas sobre a precisão do recurso. A cientista e sua equipe ainda pontuaram que as montadoras implantam diferentes maneiras do mesmo item e isso pode confundir os condutores. É justamente este ponto que ajuda a causar dúvida ou até medo sobre a funcionalidade do recurso.
Tem quem não goste da ideia
Atento aos pilotos que estão receosos com estes equipamentos, a empresa de serviços automotivos Motor Ombudsman, criou um plano. Sua equipe quer que quem compra carros possa entender algo em relação aos sistemas de condução semiautônomas e por isso sugeriu que os funcionários das concessionárias internacionais recebessem um treinamento especial. Este treinamento tem como intuito explicar a função e ativação dos itens semiautônomos dos veículos na hora da entrega ao cliente.
De acordo com Bill Fennel, diretor administrativo da empresa, como os itens ADAS vão se popularizando cada dia mais, é necessário que os varejistas expliquem suas funções e limitações no ato de compra de qualquer veículo. Mas, tem gente que não gostou dessa história. O portal estrangeiro Autocar visitou algumas concessionárias e questionou a equipe de funcionários.
Em um dos casos, o proprietário da loja chegou a falar que não cabia a sua equipe explicar ao cliente como funciona e atua os ADAS nos veículos. Em seu ponto de vista, o comerciante contou que caso o comprador seja “treinado” por um vendedor sobre o funcionamento do recurso e sofra um acidente, poderia responsabilizar a revendedora.
No entanto, Bill pontua que os funcionários devem apenas orientar o condutor como funciona de forma objetiva o item ou até mesmo indicar onde que ele pode achar mais informações. Assim, o motorista pode criar mais consciência do que se trata o equipamento.
Experiências variadas
O portal ainda fez uma pesquisa nas ruas. Eles pediram para que um repórter da equipe se disfarçasse de comprador e visitasse concessionárias para saber como os vendedores explicavam os itens ADAS dos carros. Em uma revendedora da Ford, o “cliente” foi orientado que o único modelo do portfólio atual da marca que tem recursos semelhantes às capacidades autônomas era o Mustang Mach-E.
O SUV elétrico só tem funcionalidade autônoma se estiver equipado com o kit opcional BlueCruise da montadora. Já em uma loja da Volkswagen, o repórter recebeu como resposta que os equipamentos de condução semiautônoma não substituem o motorista, mas ajudam ele a conduzir com mais segurança. Entretanto, em uma revendedora da Vauxhall, a experiência foi diferente.
Nela, o vendedor não conseguiu explicar a diferença entre assistente de permanência em faixa e centralizador de faixa de rolagem. Já em uma revendedora de carros usados, o vendedor não conhecia nem o termo ADAS. Por sorte, ele consultou a lista de itens de série de um determinado modelo e soube explicar suas funcionalidades.
Você gosta ou odeia os itens de condução semiautônoma ADAS dos carros atuais? Conte nos comentários
