Polo Russo: sedã da VW com cara de Voyajão só durou 3 anos

Ainda que as marcas internacionais já tenham feito sua debandada do mercado russo, alguns modelos vendidos por lá despertam curiosidade. Como é o caso do Volkswagen Polo russo. Um modelo que tinha nome do mesmo hatch compacto oferecido no Brasil e na Europa, mas que nunca foi um Polo de verdade.

Lançado em 2020, o Volkswagen Polo Russo, na verdade é um Skoda Rapid com visual diferenciado e proposta bem estranha. O modelo usava a plataforma PQ25, uma evolução da PQ24 que deu vida a Gol, Fox, Voyage e está até hoje viva na Saveiro. Inclusive, ele compartilhou com a velha guarda brasileira alguns dos motores.

Um conhecido e um reduzido

Debaixo do capô, um russo poderia escolher entre o motor 1.6 MPI do Gol, mas com 90 cv ou 110 cv. A outra opção era o 1.4 TSI quatro cilindros turbo, mas capado para entregar só 125 cv e 20,4 kgfm de torque. Vale lembrar que o motor 1.0 TSI brasileiro tem versão de 128 cv e 20,4 kgfm. O que será que a VW fez com o 1.4 TSI para ficar tão fraco na Rússia?

A opção de transmissão variava de acordo com o motor. O 1.6 MPI tinha câmbio manual de cinco marchas no modelo de 90 cv ou automático de seis velocidades no de 110 cv. Já o Polo 1.4 TSI trazia transmissão DSG de dupla embreagem com sete marchas – tipo de câmbio que a linha brasileira da Volkswagen fabricada localmente nunca trouxe.

Voyajão ou Jettinha

Visualmente, o Volkswagen Polo russo era um carro estranho. A frente era inspirada no Jetta, trazendo faróis praticamente idênticos. Só que, como a frente era menor e mais alta, causava a impressão de ser um carro velho. Já o para-choque, tinha desenho parecido com o do Nivus.

Na lateral, é fácil confundir o modelo com um Voyage. Já na traseira, ele trazia lanternas que invadiam a tampa do porta-malas. Diferentemente do Virtus, mas seguindo o Voyage, a placa fica no para-choque, não na tampa do porta-malas. O mais interessante, contudo, era que a tampa do porta-malas era aberta junto do vidro, como se fosse um hatch.

Por dentro, o interior trazia peças do Polo de geração anterior, como as portas, com elementos de outros modelos da Volkswagen. O volante era do Nivus, enquanto a manopla de câmbio é igual que a Amarok usa. O estilo lembra até o Polo internacional, com direito a painel digital e central multimídia flutuante.

Adeus Rússia

Com o fechamento das operações da Volkswagen da Rússia em 2023, esse estranho Polo foi abandonado. Por lá, a VW também produzia um Taos alternativo. Apesar de parecer com o modelo vendido no Brasil, ele era mais arredondado por ser baseado no Skoda Karoq. Prova disso era que a lateral tinha linhas e vidros diferentes do SUV brasileiro. 

Você achou o Polo russo mais legal que o Virtus? Conte nos comentários.