Mitos e verdades sobre o câmbio automático

Ditados e histórias permeiam toda a sociedade e estão ligados aos mais diversos assuntos tratados pelo público. O setor automotivo não conseguiu se blindar e também sofre com algumas ideias bem controversas. Hoje, o Auto+ vai trazer alguns mitos e explicar a verdade sobre o funcionamento do câmbio automático. Esta transmissão traz mais conforto do que o sistema manual e está presente em diversos carros.

Vale lembrar que a transmissão automática tem diversas variantes como o câmbio CVT e os automatizados, aqueles que podem ter embreagem seca ou banhada a óleo. Então, prepare-se para conhecer mais detalhes sobre este tipo de transmissão.

Engatar a marcha neutra toda hora?

Um dos maiores mitos que circula entre os motoristas de carros automáticos tem relação com o engate da marcha neutra, o modo N do câmbio, em paradas rápidas como semáforos. Não é necessário colocar o veículo nesta posição toda vez que ele não estiver andando. Deixar o modelo com a marcha engatada no modo Drive não compromete seu funcionamento e ajuda até em uma situação de emergência, por exemplo, para acertar o modelo na faixa e deixar uma ambulância passar.

Além disso, ficar mexendo várias vezes na alavanca e colocar e tirar a marcha neutra pode danificar o funcionamento do sistema de transmissão. Colocar o modelo no modo N é ideal apenas quando você ficar parado por bastante tempo.

Economiza combustível?

Outro dos diversos mitos em relação ao câmbio automático tem relação com a economia de combustível ao andar na “banguela”. Para que o carro fique neste modo, o condutor precisa colocar a alavanca no modo neutro. Todavia, esta prática é mais perigosa do que benéfica. Ter essa atitude em veículos que não possuem carburador não os deixa mais econômicos.

Ainda nesse sentido, essa decisão pode ser bastante prejudicial para o sistema de freios do carro. Ou seja, é melhor ter um pé mais leve e não acelerar tanto do que ter que trocar as pastilhas de freio com maior frequência do que o normal.

Gasta mais que o manual?

Antigamente, o câmbio automático tinha um funcionamento mais limitado e isso era condizente com a época. Por muitos anos, essa transmissão seguia com poucas marchas e suas trocas aconteciam de forma demorada. Com isso, criou-se uma ideia de que o carro automático gastava mais combustível que o manual. Os anos se passaram e esta tecnologia foi se aperfeiçoando. Agora, as transmissões podem contar com o mesmo número de marchas.

E as trocas automáticas agora entendem melhor a curva de torque dos motores. Tudo isso fez com que os modelos automáticos pudessem alcançar médias de consumo bem melhores. Hoje, um modelo automático consegue ter média de 10 km/l na cidade, algo impensável há muitos anos. Claro que depende da forma de conduzir, a potência do motor e o trânsito ao redor.

Dura menos que o câmbio manual?

Por ter bastante tecnologia embarcada, um dos mitos ao redor do câmbio automático tinha relação com sua durabilidade. Muitas pessoas acreditavam que eles tinham vida útil mais curta se comparada com as transmissões manuais. Isso não é verdade. A vida útil dos componentes dos veículos necessita de cuidados específicos para durem por muitos anos e suportem altas quilometragens.

Ou seja, não é porque a transmissão evoluiu ao longo dos anos e melhorou que você deve se descuidar dela. Ela precisa de atenção ao não funcionar corretamente. Então, fique atento aos sinais e cuide do fluído do câmbio. Essa substância é essencial para resfriar, proteger e lubrificar os componentes.

Você já tinha ouvido falar desses mitos? Tem outras dúvidas sobre o câmbio automático? Conte nos comentários