A Nissan vive um dos momentos mais difíceis desde sua fundação, graças as dívidas que já ultrapassam US$ 5 bilhões e prejuízo acumulado de mais de US$ 11 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. A fabricante japonesa então colocou de pé um plano ousado de reestruturação global batizado de Re:Nissan, liderado pelo novo CEO Ivan Espinosa, veterano da companhia que assumiu o comando em abril.
As vendas globais da Nissan caíram 10,1% no último trimestre, a participação de mercado recuou nos Estados Unidos e no Japão, e os custos de produção aumentaram diante da concorrência cada vez mais agressiva das montadoras chinesas.
O prejuízo estimado em R$ 60,5 bilhões no primeiro semestre de 2025 expôs um problema estrutural que a marca leva há alguns anos, em gastar mais do que produz. Além disso, a estratégia de eletrificação lenta já não é suficiente para garantir competitividade.
O plano Re:Nissan

Para mudar esse cenário, Espinosa lançou um pacote de medidas duras. O plano tem objetivo de demitir mais de 20 mil funcionários até 2027, fechamento de sete fábricas — o que reduz a operação global de 17 para 10 unidades — e um corte de custos que pode chegar a 750 bilhões de ienes (cerca de R$ 26,7 bilhões).
A ideia é simplificar plataformas, reduzir o número de componentes e acelerar o desenvolvimento de novos modelos, sem desperdiçar recursos em projetos pouco rentáveis.

O programa também prevê trocas de executivos, maior autonomia regional e uma nova estrutura decisória para que cada mercado possa agir com mais rapidez. Dois projetos de sedãs elétricos planejados para os Estados Unidos, um da Nissan e outro da Infiniti, foram cancelados.
Até estúdios de design serão fechados, inclusive um no Brasil, em São Paulo e outro em San Diego. Ou seja, essas decisões fazem parte de uma tentativa de concentrar investimentos apenas onde há retorno garantido.
Cortes de gastos ao extremo

O plano Re:Nissan também tem um lado extremo no controle de custos. A Nissan montou uma equipe para estudar ideias de cortes de custos dos seus carros — já foram 4.000 ideias e 1.600 considerados viáveis, um deles é o corte de custos no encosto de cabeça. Essa equipe está sob supervisão do diretor financeiro Tatsuzo Tomita.
Tudo isso tem o objetivo de cortar US$ 1,7 bilhão em despesas até abril de 2027. É uma política bem desconfortável dentro da empresa, mas Espinosa defende como essencial para manter a Nissan viva.
Vendas em queda

Já no lado comercial, a Nissan lançou o programa Nissan One, que recompensa concessionárias que atingem ou superam metas de vendas. O sistema já mostra sinais positivos, com aumento de 1,5% nas vendas nos Estados Unidos e alta de 2,2% no total da marca em 2025. Modelos como Kicks (+47%), Versa (+41%) e Pathfinder (+22,7%) registraram crescimento bem interessantes.
Mesmo assim, a pressão é gigantesca e a marca japonesa precisa equilibrar cortes profundos com o lançamento de produtos que deixam o público interessado.

Entre as apostas recentes estão o novo Sentra e o retorno do Xterra, um SUV off-road que já foi vendido no Brasil até 2008 e globalmente até 2015. Agora está previsto para voltar em 2028. Há ainda rumores sobre o renascimento do GT-R em nova geração, embora sem confirmação se vai continuar com motor a combustão.
E você, acha que o plano ousado da Nissan vai dar certo ou muito drástico? Deixe seu comentário!




É o que vem fazendo a Stellantis e outras marcas de automóveis. A Nissan tem forte parceria com a Renault e com a Mitsubishi, e as marcas vão compartilhar partes entre sim, como fazem hoje os modelos da RAM, Fiat, Peugeot, Jeep, etc. Essa é uma tendência mundial, lembrando que também não é novidade dentro da Nissan, que já oferece a sua nova plataforma da Frontier para a nova Triton e usa plataforma da Renault no novo Kicks.
Boa notícia saber que a Nissan vem crescendo novamente. Suas ações nos últimos 6 meses já acumulam alta de 16,37%
A Nissan tem nosso coração. É sempre motivador ver grandes empresas encolherem para renovar sua marca. Sem perder sua elegância como estilo e pensar em uma nova fase. Estamos vendo muitos cortes de custos em empresas automobilísticas que já cresceram exponencialmente na passado, sem pensar que boas fases acabariam e isso motiva novas ideias e adaptações. Tudo é fase não se pode dormir na fama e nem na lama. Espero que esse grupo traga algo mais relevante para se aliar o luxo e renovação de ideias sobre estilo, só o corte de custo sem ideias e propósitos para o futuro podem criam bolhas que precisam ser estouradas em breve e isso já estamos vendo na área tecnológica. É fácil ficar irrelevante se o foco for assessórios sem utilidade prática. O consumidor quer carros para se sentir importantes e hoje essas empresa não podem oferecer isso pelo preço que o consumidor pode pagar. Ideias mais relevantes para consumidores mais confiantes. Os chineses fizeram um plano e todos os outros estão olhando.
Espero que não destruam a Frontier, uma excelente picape.
Acho que são medidas necessárias para resolver a crise da Nissan, modelos mais conservadores e reestruturação do setor de pessoal e equipamentos da Nissan.
Estou decepcionada com a Nissan,bateram no meu kicks e a Nissan não tem o eixo traseiro para substituição e nem tem previsão de entrega,ou seja,fazem propaganda para comprarmos um Nissan e depois não tem peças para reposição,estou muito decepcionada com a marca Nissan.
Bem, não sou especialista em automotivos, porém como proprietário de um veículo da Marca Nissan, vou comentar, por exemplo da restruturação da GM, com o estudo no que se refere ao seu Design, seu não me engano é Chinesa , diga-se de passagem, muito bonitos, por sinal, vem levantando, o interesse de muitos pela Marca, mas focando na Nissan, vejo por exemplo que essa “faixa” de concorrência é realmente muito grande, um exemplo, porquê pararam com a Fabricação do carro de “pequeno” porte como March, para o dia a dia urbano? referente ao modelo Kicks, vejo com uma capacidade muito pequena de apenas 41 L de combustível, sem regulagem de altura do banco do passageiro…ao meu ver é isso aí Pessoal. Abçs a Tds.