O CEO da Ford, Jim Farley, gosta de falar abertamente sobre outras montadoras. Por exemplo, o executivo já comentou sobre a preocupação dos avanços das montadoras chinesas, já disse que as montadoras norte-americanas não estão preparada contra os ocidentais e agora falou sobre o futuro da marca lendária Harley-Davidson.
Segundo o CEO, tradição sozinha não garante sobrevivência em um mercado que muda rápido. Em entrevista recente ao jornal argentino La Nación, Farley disse que a fabricante de motos não pode ficar parada no tempo.
“A Harley Davidson, assim como a Ford, é um ícone global, mas também precisa mudar. Não pode permanecer a mesma. Não pode viver no passado. Tem que viver no futuro”, disse o executivo.
Tradição pesa, mas não sustenta sozinha
![Harley-Davidson CVO Road Glide [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2024/01/harley_cvo_road_glide-1200x720.jpg)
Porém esse discurso de Farley não veio do nada. Desde 2021, ele faz parte do conselho administrativo da Harley-Davidson, ou seja, acompanha de perto as decisões estratégicas da marca. Além disso o CEO da Ford é dono de duas Harleys clássicas, uma EL Knucklehead de 1939 e uma WLA Navy de 1942, restaurada por ele mesmo.
A ligação entre as empresas também não é novidade. Ao longo dos anos, Ford e Harley já dividiram projetos, como edições especiais de picapes com identidade visual da marca de motos.

Mas a questão do problema da Harley acontece por quedas nas vendas globais, o que faz a marca passar por uma grande reestruturação. Só no primeiro trimestre de 2025, as vendas no mundo caíram 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no Brasil, entre 2020 e 2025, as vendas chegaram a cair 50%.
O principal problema que ocorre com a Harley é em relação a sua base de fãs que está envelhecendo rápido. Com isso, consumidores mais jovens acabam migrando para outras marcas, muitas vezes asiáticas ou com propostas mais acessíveis, além de serem tecnológicas, algo que a Harley ainda pena.

Vale lembrar também que recentemente a Harley passou por uma mudança no comando, com Artie Starrs assumindo o cargo no lugar de Jochen Zeitz. Desde então, a empresa iniciou uma reorganização interna, com troca de executivos, reformulação do conselho e cortes de custos..
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