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Mas tio que acelera

Nova Kawasaki Z900RS é a “moto de tio” mais legal do mercado

A nova Kawasaki Z900RS mantém o motor 4 cilindros, agora com 115 cv, e ganha novos aprimoramentos tecnológicos e estéticos

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À primeira vista, ela parece a mesma — farol redondo, linhas clássicas e aquele ar de nostalgia que remete direto à lendária Z1 dos anos 1970. Pode também trocar a palavra “nostalgia” por “moto de tiozinho”, que tá tudo bem. Ela é mesmo. E com orgulho.

Basta olhar mais de perto para entender que a nova Kawasaki Z900RS 2026 (por enquanto só para o mercado europeu) é muito mais que uma simples homenagem à Z1: é uma reinvenção sutil e precisa, que mantém o espírito original enquanto adota tecnologias dignas da era digital.

Sob o design retrô pulsa um conjunto de soluções modernas. A naked agora traz acelerador eletrônico (Ride-by-Wire), controle de cruzeiro e válvulas de aceleração eletrônicas, recursos que elevam o nível de refinamento sem diluir o caráter visceral da moto.

O destaque, porém, é a estreia da plataforma inercial (IMU), sistema que monitora constantemente o ângulo de inclinação para, em parceria com o KCMF (Kawasaki Cornering Management Function), ajustar tração e aceleração conforme o comportamento da moto em curva. São três níveis de controle de tração, um para cada estilo de pilotagem — do passeio relaxado ao ataque esportivo.

Motor ganhou 4 cv

Outra estreia marcante é o Quick Shifter bidirecional, agora de série, permitindo subir e reduzir marchas sem usar a embreagem — um recurso até então reservado às esportivas mais puras da marca. No coração, o conhecido quatro cilindros em linha de 948 cm³ foi recalibrado: entrega agora 115 cv a 9.300 rpm (eram 111 cv) e 9,8 kgfm de torque a 7.700 rpm, com funcionamento mais suave em baixas rotações e vigor intacto nas altas.

O novo escapamento em formato de megafone, com coletores redesenhados, completa a sinfonia com um ronco mais encorpado e marcante.

Na parte ciclística, a Kawasaki não fez concessões. A Z900RS mantém o garfo invertido ajustável de 41 mm na dianteira e o monoamortecedor traseiro, equilibrando conforto e precisão. O conjunto de freios conta com pinças radiais e discos de 300 mm, e o assento pode ser configurado em 835 mm ou 810 mm, dependendo da versão – o que ajuda aos pilotos menos privilegiados na altura.

No topo da gama, a Z900RS SE entrega o máximo em refinamento: ela acrescenta freios Brembo, suspensão Öhlins, porta USB-C e uma pintura exclusiva Metallic Spark Black. A nova geração da Z900RS fará sua estreia mundial no EICMA 2025, em Milão, e promete reacender a chama de uma linhagem que nunca saiu da pista — apenas trocou o cronômetro pela memória afetiva. Para o Brasil, ainda não há data para a sua chegada.

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Edu Pincigher

Eduardo Pincigher é jornalista formado pela PUC-SP e atua no setor automotivo desde 1989, sendo o autor da Coluna do Tio Edu com textos divertidos sobre o presente e passado do setor automotivo. Com passagens em diversas publicações e montadoras, hoje trabalha como assessor de imprensa e consultor de diversas empresas

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