A SYM avança mais uma casa no tabuleiro da mobilidade elétrica ao colocar em fase avançada de desenvolvimento o PE3, um scooter de autonomia estendida (EREV) que combina propulsão elétrica com um motor a combustão atuando exclusivamente como gerador.
É exatamente o mesmo princípio adotado pelo recém-lançado Leapmotor C10. Após meses de testes e exibições públicas desde sua apresentação conceitual no ano passado, o projeto dá sinais claros de maturidade e deixa para trás o rótulo de experimento.
O PE3 adota uma arquitetura híbrida pouco comum no segmento: a tração da roda traseira é feita apenas por um motor elétrico, enquanto o pequeno motor a gasolina entra em ação somente quando o nível da bateria cai, com a função de gerar energia.

A proposta é preservar a experiência típica de um veículo elétrico — silêncio, suavidade e entrega imediata de torque —, mas eliminar a ansiedade de autonomia que ainda afasta parte dos consumidores.
Meio de transporte urbano
Do ponto de vista técnico, o scooter utiliza um motor elétrico de 4 kW (equivalente a cerca de 5,4 cv), com torque aproximado de 18 Nm (1,84 kgfm), alimentado por uma bateria de 1,5 kWh. Em modo totalmente elétrico, a autonomia pode chegar a até 58 km, número adequado para o uso diário.



Já com o sistema de geração a combustão em funcionamento, a autonomia combinada pode alcançar até 325 km, sendo que o saldo é garantido pelo apoio do motor a gasolina.
A eficiência é outro ponto que chama atenção. No modo de autonomia estendida, o consumo estimado pode chegar a expressivos 89 km/l de gasolina. A recarga da bateria pode ser feita em tomadas domésticas convencionais, de 110 V ou 220 V, sem a necessidade de infraestrutura específica, o que amplia a praticidade no uso cotidiano.

Ainda sem preço oficial ou data de lançamento confirmada, o SYM PE3 é estimado entre 2.100 e 2.500 euros no mercado europeu. Se confirmado, o modelo pode ocupar um interessante espaço intermediário entre os scooters elétricos puros e os tradicionais modelos a combustão, oferecendo uma solução de transição para mercados que avançam na eletrificação, mas ainda enfrentam limitações de infraestrutura.
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