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Audi acredita que governo não deve te obrigar a ter um carro elétrico

Um executivo da Audi revelou que o público não deve ser obrigado pelo governo a comprar carros elétricos. Ele ainda deu mais detalhes

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A demanda por carros elétricos voltou a ter uma leve elevação nos últimos tempos. Ainda assim, existe toda uma polêmica em relação aos governos internacionais. Agora, um executivo da Audi deu uma entrevista e afirmou que os motoristas não vão aceitar que os governos mandem eles trocarem automóveis a combustão por veículos movidos a bateria. Além disso, ele acredita que o futuro será um pouco diferente do que as marcas projetaram.

Jörg Schlagbauer é o presidente do conselho geral dos trabalhadores da marca e conversou com a equipe do portal Automobilwoche. Ele contou que não acha que a clientela vai deixar que políticos e montadoras devam decidir quais carros deverão ser comprados no futuro. O executivo pontuou que o futuro deve ser elétrico, mas que essa mudança não virá tão cedo.

No bate papo, Jörg afirmou que a montadora não deveria ter se precipitado em planejar metas tão ambiciosas sobre os modelos movidos a bateria. Ele disse que de tanto focar na eletromobilidade, a empresa perdeu de certa forma uma flexibilidade de sua produção. Mesmo que o futuro seja quase eletrificado, o executivo revelou que o mundo não deve estar pronto até 2035 para uma mudança radical. Isso tem haver com a imposição da União Europeia em relação aos carros a combustão.

Motor 2.0 turbo do Audi A3 Sedan 2025
Audi A3 Sedan [Auto+ / Rafael Pocci Dea]

Dois fatores principais impedem o sucesso total dos elétricos

O que acontece é que a União Europeia quer proibir a venda de novos veículos movidos a combustão a partir de 2035. Por isso, diversas montadoras começaram a criar metas ambiciosas em relação aos automóveis eletrificados. No entanto, segundo a mídia Politico, a Comissão Europeia vai revisar essa legislação ainda este ano.

Schlagbauer acredita que no futuro, diversas pessoas vão conduzir um carro elétrico, tanto da Audi quanto de outra marca. Porém, cita que o mundo ainda enfrenta alguns problemas para que essa transição ocorra de forma segura. A infraestrutura de carregamento é uma deficiência tanto na Europa quanto em outros lugares e isso atormenta alguns motoristas. Outro fator é o preço dos veículos movidos a bateria.

Por mais que hoje o público tenha diversas opções, eles ainda são levemente mais caros de serem produzidos do que um modelo a combustão. Um dos itens que encarece de forma notória o preço final do carro elétrico é a bateria. Por outro lado, as montadoras gastam muito dinheiro ao tentarem arrumar os motores a combustão para atenderem as rígidas normas de emissões de poluentes. Isso também encarece o veículo.

Teve gente que voltou atrás

Se você acha que a Audi foi a única montadora que voltou atrás em relação aos planos ambiciosos sobre carros elétricos, está enganado. De acordo com a Motor1, a Mercedes-Benz afirmou que fez uma correção de curso e não espera matar tão cedo os propulsores a combustão. A BMW também refez os cálculos.

Durante a assembleia geral anual da marca, Oliver Zipse, CEO da montadora, contou que apostar fortemente nos carros elétricos levaria as marcas até um beco sem saída. Ainda nesse sentido, ele pontuou que os objetivos políticos precisam seguir a realidade do mercado. Oliver pontuou que a meta da União Europeia era impossível de ser realista. E se ela for posta em prática, pode trazer graves consequências para a indústria automotiva europeia.

BMW X1 sDrive20i M Sport azul, visto de lado e com fundo azul e branco
BMW X1 sDrive20i M Sport [Divulgação]

Você acha que o futuro será composto apenas por carros elétricos? O que achou da declaração do executivo da Audi? Conte nos comentários


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Felipe Yamauchi

Formado em jornalismo, é muito curioso e gosta de entender como tudo funciona. Como jornalista, já trabalhou no ramo de entretenimento, saúde, embarcações e agora fala de carros de uma segunda-feira até a outra sem nenhum problema. É um entusiasta da onda de SUVs.

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