Muitas pessoas e empresas acreditaram que o futuro seria 100% elétrico. Por isso, muitas montadoras criaram planos ambiciosos sobre suas metas de eletrificação. Por outro lado, houveram marcas que preferiram ir com mais calma. A BMW foi uma delas e ela defendeu recentemente que os motores a combustão atuais vão viver mais anos e é capaz que eles financiem negócios futuros da montadora.
Quem revelou a novidade foi Klaus Von Moltke em entrevista com a equipe do Automobilwoche. Ele disse que os propulsores que precisam de combustíveis fósseis são a base da marca. O executivo contou que a montadora fabricou cerca de 1,2 milhão de motores desse tipo no ano passado e que eles devem ser fabricados por mais alguns anos. No entanto, a cada vez que as regras de emissões de poluentes ficarem mais rígidas, os propulsores passarão por atualizações.
A fabricante dona do sedan i7 sempre viu com cautela a transição para carros elétricos. Oliver Zipse, CEO da BMW, afirmou uma vez que essa mudança de veículos a combustão para elétricos não deveria ser forçada e que os clientes deveriam ter a liberdade de escolha entre os propulsores. Ele citava como alguns pontos a serem pensados os altos preços dos automóveis movidos a bateria e a falta de infraestrutura de recarga que é percebida em boa parte do mundo.

Como será o futuro?
Além de cuidar da produção de motores a combustão, a marca testa novos combustíveis e que sejam compatíveis com os propulsores tradicionais. Um exemplo é o HV0100, um óleo vegetal hidrotratado e que não possui mistura. A fabricante já testa a substância em carros com motor a diesel. Aliás, os engenheiros envolvidos neste projeto afirmaram que as emissões de CO2 com o combustível vegetal são bem menores do que em comparação com o diesel comum.
Inclusive, o Motor1.Com internacional contou que os motores que podem usar esse óleo vegetal possuem desempenho aprimorado na partida a frio. Mesmo que os motores a combustão não sejam descontinuados em breve, a BMW segue desenvolvendo propulsores elétricos. A maioria deles equipará os futuros carros da marca da linguagem Neue Klasse. O novo SUV iX3 é um exemplo.

A produção dele será iniciada ainda este ano na Hungria. Os executivos da fabricante esperam que as vendas entre carros elétricos e a combustão sejam divididas igualmente até o fim desta década. No primeiro trimestre de 2025, a empresa anotou quase 19% das vendas gerais sendo composta pelos modelos movidos a bateria.
Por fim, Klaus ainda falou sobre a proibição de vendas dos carros novos com motor a combustão a partir de 2035 e que a União Europeia quer implementar. Ele revelou que a montadora vai considerar todos os cenários possíveis e se preparar para cada um deles.
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