Você se lembra do Chery QQ? O hatch subcompacto que chegou ao Brasil em 2011 ficou famoso por ser o carro mais barato do país, custando pouco mais de R$ 20 mil. Menor que um Renault Kwid, ele ganhou nova geração na China chamado de QQ3. E esqueça o que você conhecia, pois o modelo chega totalmente renovado, maior, elétrico e cheio de tecnologia.
Apresentado no Salão de Chengdu 2025, o novo QQ3 foi construído sobre a plataforma elétrica T12 e deixou de ser um subcompacto. Ele mede 4,20 metros de comprimento, praticamente um Jeep Renegade, e tem entre-eixos superior a 2,70 metros, maior até que o de um Toyota Corolla.
Para efeito de comparação, quando vendido no Brasil em 2019, o QQ tinha apenas 3,56 metros de comprimento e 2,34 de entre-eixos. Ou seja, agora estamos falando de um hatch médio, rival de modelos como BYD Dolphin, GWM Ora 03 e até o Geely Xingyuan.
Visual de Mini e interior de Zeekr

No design externo, o novo QQ3 aposta em linhas arredondadas e faróis ovais que lembram bastante o Mini Countryman da geração anterior. A traseira repete a mesma identidade, com lanternas horizontais em LED.
Por dentro, a inspiração vem de outro chinês — o Zeekr X, vendido no Brasil também. O volante de dois raios, a distribuição de telas e o console central faz lembrar muito o SUV chinês do grupo que pertence a Geely. A central multimídia do QQ3 tem 15,6 polegadas.

Há ainda painel de instrumentos digital, sistema multimídia baseado em chip Qualcomm Snapdragon 8155, suporte para Apple CarPlay, HiCar e CarLink, além de comandos de voz com inteligência artificial.
O motor elétrico é traseiro, com potência de 121 cv. A suspensão traseira é multilink, algo raro em compactos elétricos. A Chery ainda não divulgou a autonomia oficial, mas espera-se algo próximo de 450 km no ciclo otimista chinês.
A história no Brasil

No mercado brasileiro, o QQ ficou marcado como o carro mais barato do país. Ele foi lançado em abril de 2011 e emplacou 9.923 unidades até o fim daquele ano, segundo a Fenabrave. Em 2012 caiu para 7.444 unidades e em 2013 despencou para 3.109.
A reestilização de 2015 pouco ajudou e em 2016 foram apenas 437 vendas. Em 2017 e 2018, houve uma leve recuperação para mais de 3 mil carros, mas nunca foi o suficiente para manter o modelo. A Chery acabou desistindo do QQ no Brasil em 2019, após uma trajetória marcada por bastante críticas à qualidade de construção, câmbio impreciso e suspensão frágil.
Você acha que o Chery QQ3 é rival de mesma prateleira do BYD Dolphin e GWM Ora 03? Faria sucesso no Brasil? Deixe seu comentário!




Tive um Chery QQ, carro bom completinho, entregou o que prometeu, sobre o câmbio não tive do que reclamar, erraram na reestilização, mudaram o desenho pra pior, ele só precisava melhorar a frente, e o único problema pontual é a bandeja ou balança, muito frágil, se tivessem colocado uma bandeja mais robusto e melhorado só a frente(a cara dele) tinha ficado perfeito.