A Leapmotor ainda nem tem concessionária aberta no Brasil, mas seus primeiros carros já estão chegando por aqui. A marca chinesa, que agora faz parte da Stellantis, está prestes a iniciar suas operações no país com dois SUVs elétricos — o médio C10 e o menor B10.
As primeiras unidades já começaram a desembarcar no Porto de Santos (SP) usando o sistema logístico conhecido como Sobre Águas, que permite liberar toda a documentação do carro antes mesmo de o navio atracar. Isso ajuda a agilizar o processo de homologação e distribuição, já que a ideia é acelerar o início das vendas nos próximos meses.
A Leapmotor é uma das apostas da Stellantis no segmento de elétricos. O grupo, dono de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, não quer ficar para trás na corrida dos elétricos chineses, hoje dominada por GWM e BYD.

Por isso, criou uma joint venture chamada Leapmotor International, onde controla 51% da operação global da marca fora da China. Aqui na América do Sul, a operação está nas mãos de Fernando Varela, que também comanda a Stellantis na região andina, América Central e Caribe.
A chegada ao Brasil será feita por meio de uma nova rede de concessionárias que já começou a ser estruturada. A Leapmotor não vai dividir showroom com as outras marcas da Stellantis. O plano é atuar de forma independente, mas com todo o suporte logístico, técnico e comercial do grupo.
SUVs elétricos com preço de carro médio

O Leapmotor B10 é o menor dos dois modelos e tem porte semelhante ao do Jeep Compass. É um SUV elétrico com cara mais conservadora, mas recheado de equipamentos. Mede 4,51 metros de comprimento e tem versões com motor de 177 cv ou 214 cv, sempre com tração dianteira. A autonomia varia entre 510 e 600 km no ciclo otimista chinês CLTC, com baterias de 56,2 ou 67,1 kWh.
As versões mais caras ainda possuem com sensor LiDAR no teto, que oferece até 26 funções semiautônomas de direção. Na China, os preços variam entre o equivalente a R$ 88 mil e R$ 112 mil — o que indica que, mesmo com impostos e margem de lucro, ele pode brigar com BYD Yuan Plus e até ameaçar o Volvo EX30.

Já o Leapmotor C10 é maior, com dimensões próximas às de um BYD Song Plus ou GWM Haval H6. E aqui, ele pode ser oferecido como 100% elétrico ou como REEV (veículo elétrico com extensor de autonomia). No primeiro caso, o motor tem 231 cv e até 530 km de autonomia.
No segundo, ele funciona como um carro 100% elétrico que carrega suas baterias com um motor 1.5 a gasolina — que não traciona as rodas em nenhum momento, só gera energia. Nessa configuração, são até 950 km de alcance total, somando os dois sistemas. Ainda não está claro qual das versões virá ao Brasil, mas a elétrica pura é dada como certa.
Futuro pode incluir produção local

Apesar de ainda ser cedo, a Stellantis já admite que há estudos para a produção da Leapmotor em território brasileiro. A ideia é fazer a marca em uma espécie de braço elétrico mais acessível dentro do grupo, que hoje só tem Fiat 500e e Peugeot e-2008 como opções 100% elétricas. Mas ainda não há definição de prazo ou local para essa possível fábrica.
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Eu acredito que tem grandes chances da Leapmotor acabar “substituindo” de forma indireta a Peugeot por aqui! Aliás, a PUG só “resiste” no mercado brasileiro, porque é forte na argentina. Citroen está bem posicionada como marca low-cost e obteve sucesso com o Basalt. Fiat, Jeep e Ram já são consolidadas no país. Creio que a Leapmotor terá preços semelhantes a linha JEEP por aqui, para ser competitiva no mercado.
Obs: Essa chinesa é “a salvação” de marcas europeias como a Lancia! A Stellantis está ficando sem alguns modelos no mercado europeu, o próximo Giulia, será mais Fastback do que sedan de fato.
Analisando o portfolio da Leapmotor encontramos os sedans B01 (4,77m) e C01 (5,05m) que poderiam ser vendidos na Europa pela Lancia, entretanto com diferenciações no design, acabamento mais refinado e mais algumas adequações para o gosto local.
É válido ressaltar que tanto B01 quanto C01 possuem tração traseira, mas o C01 tem também opçao de tração integral. Na prática a versão Lancia poderia diferenciar-se do modelo chines, assim como a Rampage se diferencia da Toro, bem diferente da troca de emblemas que ocorreu com Thema/300c que foi um fracasso comercial.
E agora a Anfavea vai pedir alíquota maior pra importados da China?