O Contran aprovou no último dia 1° a resolução que altera a formação de condutores no Brasil. O projeto busca democratizar o acesso para obter a CNH e também deixar mais em conta todo este processo. Agora, não existe mais a obrigatoriedade das aulas nas autoescolas, mas isso já está afetando o setor. Até as aulas práticas tiveram mudanças drásticas com o projeto.
A partir de agora, os alunos não precisarão mais ter carga mínima obrigatória e nem dependem completamente de autoescolas para receberem sua habilitação. Os estudos podem ser acessados por meio de uma plataforma digital criada pelo governo e as aulas serão gratuitas, segundo a CNN Brasil. Para quem preferir, tem ainda a possibilidade de estudar presencialmente.
O importante é que o conteúdo transmitido siga o planejamento projetado pelo Senatran. O novo projeto para obter a CNH mexeu também com as aulas práticas. Até agora, era necessário ter 20 horas mínimas de aula prática, em que o aluno dirige o automóvel pelas ruas. Com o projeto válido, os alunos precisam somente de duas horas de carga acumulada antes da prova final.
Mais mudanças
Além disso, o candidato pode treinar quanto tempo achar necessário. As aulas podem ser feitas por meio de um CFC ou com um instrutor autônomo. Ele precisa ser credenciado pelo Detran e será fiscalizado pelos órgãos estaduais. Tanto a identificação quanto o controle serão feitos por meio do novo aplicativo CNH do Brasil.
Porém, para ser instrutor, é necessário seguir algumas regras. A pessoa precisa ter pelo menos 21 anos, ter carteira de habilitação da categoria que quer lecionar há pelo menos dois anos e ter concluído o ensino médio. Ele precisa também ter formação em curso específico e não ter cometido uma infração gravíssima nos últimos 12 meses. Para se inscrever, ele deve fazer cadastro aqui.
A formação é feita de forma gratuita e eles não podem atuar sem autorização formal do Detran. O carro usado para as aulas deve estar regular e atender as regras do Código de Trânsito. As motos usadas para as aulas devem ter até oito anos de fabricação. Já os veículos de passeio podem ter 12 anos de fabricação e os automóveis de carga com até 20 anos de uso podem ser usados nas aulas.
Outros pontos
Embora haja mudanças para obter a CNH, outros tópicos seguem sem alteração, como as provas. A prova teórica segue obrigatória. Ela é de múltipla escolha, dura pelo menos uma hora e tem número mínimo de acertos. Já a avalição prática segue o modelo atual. Então, o aluno fará a prova acompanhado pelo instrutor, só que ele poderá usar o veículo próprio para o teste.
Se o candidato for reprovado na primeira tentativa, o primeiro reteste não tem custo adicional. Assim, o governo brasileiro espera que a compra da carteira de habilitação acabe. Outra alteração que este projeto implanta é o fim do prazo para concluir todas as etapas do processo de habilitação.
Antes, o aluno tinha de finalizar toda a trajetória em até 12 meses. Contudo, se o tempo expirasse, ele deveria fazer tudo do início. Com o novo projeto em validade, o candidato faz as etapas conforme seu tempo, dinheiro e não precisa se preocupar tanto com o prazo anual.
Categorias como C, D e E também passam a ter essas novas regras. O exame toxicológico segue obrigatório. Este projeto tem como intuito diminuir o número de motoristas que dirigem sem habilitação. De acordo com o Senatran, Secretaria Nacional de Trânsito, o Brasil tem hoje aproximadamente 20 milhões de condutores nesta situação. Outros 30 milhões possuem idade para conduzir um veículo, todavia não buscam fazer a CNH por causa dos altos custos.
Autoescola já sente
Se por um lado as novas regras para obter a carteira de habilitação facilitaram a vida dos brasileiros, ela complicou por outro. Ygor Valença, presidente da Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores, Feneauto, contou que cerca de 50 mil pessoas da área foram afetadas pela novidade.
O executivo pontuou que aproximadamente 30 mil diretores gerais e outros 20 mil instrutores foram afetados com essa mudança. Demissão e afastamento em aviso prévio já atormentam a classe, segundo a CNN.
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Concordo que o valor cobrado pelas auto-escolas eram absurdos e, na maioria das vezes, fora da realidade do brasileiro em geral. Mas vejamos o outro lado. A manutenção dos veículos, equipamentos e profissionais nas empresas tem custo elevado no país.
Um carro básico no brasil hoje não custa menos que R$70.000,00.
Instalações, equipamentos para aulas, profissionais credenciados e especializados, salários, tributos…
Manter tudo isso tem um custo enorme.
O brasileiro que não tem condições de tirar habilitação não tem a mínima condição de manter um carro.
E o que o governo faz? Mata o empreendimento em nome de “justiça social”…
Mais um tipo de empreendimento assassinado pelo governo com a desculpa de “ajudar o pobre”.
Pobre no brasil não tem condição nem de comer direito e precisa de ajuda do governo, como vai manter um carro???
Pura balela!