Diversas montadoras utilizam nomes parecidos e pequenas variações para diferenciar versões elétricas e a combustão dentro da mesma família. É o caso da Volvo, com as linhas XC e EX, e da BMW, com os modelos da linha i. A Mercedes-Benz também seguiu esse caminho com a divisão EQ, que até então trazia carros com aparência completamente diferente dos equivalentes a gasolina ou diesel.
Porém, a marca percebeu que o público mudou. O novo plano da Mercedes-Benz é abandonar essa separação visual e unificar o design entre os modelos elétricos e a combustão, deixando somente as diferenças técnicas entre as plataformas.
Mudança de filosofia
De acordo com a revista australiana WhichCar?, essa decisão veio após um aprendizado com os primeiros elétricos da marca como o EQS, EQC e EQE que tinham visual muito distinto de modelos tradicionais como o Classe E e o GLC. Na época, a Mercedes acreditava que os compradores de carros elétricos queriam ser os diferentões.

Segundo o diretor de tecnologia Markus Schäfer, isso fazia sentido no início da era elétrica, quando o público queria mostrar que estava dirigindo algo diferente.
“Os primeiros compradores queriam ser diferentes. Agora, entramos na fase da adoção em massa, e o cliente quer um carro com o mesmo formato, independentemente do tipo de motorização”, explicou o executivo ao site australiano.
Fim da era jellybean

O design arredondado e futurista da linha EQ, muitas vezes apelidado de jellybean (ou “formato de feijão” em inglês), foi defendido por Gorden Wagener, chefe de design global da Mercedes, como algo progressivo e funcional. Porém, o próprio executivo admitiu que o EQS foi lançado “dez anos antes do tempo certo” e que o marketing não ajudou a comunicar a proposta.
Com o avanço dos elétricos e o público mais acostumado à tecnologia, a Mercedes quer agora um visual mais familiar, ou seja, carros que se misturem ao restante da linha, sem aquele ar de protótipo futurista.
Mesmo visual, plataformas diferentes

Por exemplo, o novo GLC elétrico, revelado recentemente, já segue essa filosofia. Ele chega para substituir o EQC e adota praticamente o mesmo design do GLC a combustão, mas com mecânica 100% elétrica. O mesmo vale para o novo CLA, que terá aparência idêntica, seja com motor a combustão ou elétrico.
Apesar da aparência unificada, a Mercedes seguirá utilizando plataformas distintas para cada tipo de motorização. “Em futuro, o ‘top hat’ (parte superior da carroceria) será o mesmo. A inteligência MB.UX será a mesma. Mas a base será diferente”, afirmou Schäfer.

Segundo ele, desenvolver uma única plataforma para motores a combustão e elétricos traria mais desvantagens que benefícios, como perda de espaço para baterias e redução de autonomia. “Fazer uma base única leva a compromissos, e nós não queremos oferecer carros comprometidos”, completou.
O próximo da fila
O novo Classe C elétrico será o próximo modelo a seguir essa lógica. Ele usará a plataforma MB.EA, com sistema de 800 volts e bateria de 94 kWh, e será lançado em 2026 como o principal rival do novo BMW i3.
E você, prefere os elétricos com visual futurista e diferentão? Deixe seu comentário!




Madura e inteligente decisão que a mercedes tomou!
Comprei um Glc 250 coupe ,4 Drive, em 1916.estou plenamente satisfeito com em termos de configuração e de desempenho.
Concordo com a opção da Mercedes em manter a configuração.