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Iniciativa diferente

Fim de era futurista? Mercedes toma nova decisão sobre visual dos seus carros

Montadora alemã quer que os carros elétricos tenham o mesmo visual dos modelos a combustão, deixando para trás a fase jellybean dos primeiros EQs

4 min de leitura

Diversas montadoras utilizam nomes parecidos e pequenas variações para diferenciar versões elétricas e a combustão dentro da mesma família. É o caso da Volvo, com as linhas XC e EX, e da BMW, com os modelos da linha i. A Mercedes-Benz também seguiu esse caminho com a divisão EQ, que até então trazia carros com aparência completamente diferente dos equivalentes a gasolina ou diesel.

Porém, a marca percebeu que o público mudou. O novo plano da Mercedes-Benz é abandonar essa separação visual e unificar o design entre os modelos elétricos e a combustão, deixando somente as diferenças técnicas entre as plataformas.

Mudança de filosofia

De acordo com a revista australiana WhichCar?, essa decisão veio após um aprendizado com os primeiros elétricos da marca como o EQS, EQC e EQE que tinham visual muito distinto de modelos tradicionais como o Classe E e o GLC. Na época, a Mercedes acreditava que os compradores de carros elétricos queriam ser os diferentões.

Mercedes-Benz CLA Elétrico vermelho em movimento
Mercedes-Benz CLA EQ [Divulgação]

Segundo o diretor de tecnologia Markus Schäfer, isso fazia sentido no início da era elétrica, quando o público queria mostrar que estava dirigindo algo diferente. 

“Os primeiros compradores queriam ser diferentes. Agora, entramos na fase da adoção em massa, e o cliente quer um carro com o mesmo formato, independentemente do tipo de motorização”, explicou o executivo ao site australiano.

Fim da era jellybean

Mercedes-Benz CLA Elétrico vermelho em movimento
Mercedes-Benz CLA EQ [Divulgação]

O design arredondado e futurista da linha EQ, muitas vezes apelidado de jellybean (ou “formato de feijão” em inglês), foi defendido por Gorden Wagener, chefe de design global da Mercedes, como algo progressivo e funcional. Porém, o próprio executivo admitiu que o EQS foi lançado “dez anos antes do tempo certo” e que o marketing não ajudou a comunicar a proposta.

Com o avanço dos elétricos e o público mais acostumado à tecnologia, a Mercedes quer agora um visual mais familiar, ou seja, carros que se misturem ao restante da linha, sem aquele ar de protótipo futurista.

Mesmo visual, plataformas diferentes

Novo Mercedes-Benz GLC elétrico cinza escuro em movimento de traseira na estrada
Novo Mercedes-Benz GLC [Divulgação]

Por exemplo, o novo GLC elétrico, revelado recentemente, já segue essa filosofia. Ele chega para substituir o EQC e adota praticamente o mesmo design do GLC a combustão, mas com mecânica 100% elétrica. O mesmo vale para o novo CLA, que terá aparência idêntica, seja com motor a combustão ou elétrico.

Apesar da aparência unificada, a Mercedes seguirá utilizando plataformas distintas para cada tipo de motorização. “Em futuro, o ‘top hat’ (parte superior da carroceria) será o mesmo. A inteligência MB.UX será a mesma. Mas a base será diferente”, afirmou Schäfer.

Novo Mercedes-Benz GLC elétrico de frente
Novo Mercedes-Benz GLC [Divulgação]

Segundo ele, desenvolver uma única plataforma para motores a combustão e elétricos traria mais desvantagens que benefícios, como perda de espaço para baterias e redução de autonomia. “Fazer uma base única leva a compromissos, e nós não queremos oferecer carros comprometidos”, completou.

O próximo da fila

O novo Classe C elétrico será o próximo modelo a seguir essa lógica. Ele usará a plataforma MB.EA, com sistema de 800 volts e bateria de 94 kWh, e será lançado em 2026 como o principal rival do novo BMW i3.

E você, prefere os elétricos com visual futurista e diferentão? Deixe seu comentário!


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2 comentários em “Fim de era futurista? Mercedes toma nova decisão sobre visual dos seus carros”

  1. Ivan Batocki

    Madura e inteligente decisão que a mercedes tomou!

  2. Francisco P.Mendes

    Comprei um Glc 250 coupe ,4 Drive, em 1916.estou plenamente satisfeito com em termos de configuração e de desempenho.
    Concordo com a opção da Mercedes em manter a configuração.

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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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