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Ford mata Focus ST, mas pode usar o nome em um carro totalmente diferente

Hot hatch era ícone e se despede após 23 anos de história, devido a nova estratégia global da montadora americana

4 min de leitura

O Ford Focus ST foi um dos hatchbacks esportivos mais emblemáticos das últimas décadas e foi o único capaz de desafiar o Volkswagen Golf GTI. Porém o modelo está em sua despedida e teve sua última unidade fabricada em setembro de 2025 na Alemanha. A produção será encerrada definitivamente em novembro, acompanhando o fim da linha do Focus convencional no mercado europeu. 

Vale lembrar que a Ford já parou de aceitar encomendas para o modelo, restando apenas algumas unidades em estoque. Todo esse movimento da marca acontece devido à nova estratégia, que tem priorizado SUVs, picapes e veículos elétricos em vez dos carros de passeio tradicionais, e que fizeram tanto sucesso no Brasil.

O legado do Focus ST na Europa

O Focus ST surgiu em 2002 e, ao longo de 23 anos, consolidou a Ford como uma das principais marcas no segmento dos hot hatches. O modelo atual utilizava motor 2.3 EcoBoost de 280 cv, câmbio manual e uma dinâmica de condução que conquistou milhares de pessoas.

Ford Focus ST 2022 [divulgação]
Ford Focus ST 2022 [divulgação]

A linha esportiva ST tem raízes nos anos 1980, com modelos como Fiesta Supersport e XR2, mas foi o Focus que deu apimentada global à imagem da Ford entre os esportivos acessíveis. Para muitos, o ST foi o único rival direto do Volkswagen Golf GTI que realmente conseguia oferecer a mesma combinação de desempenho e diversão em um pacote relativamente acessível.

Por que o Focus ST sai de cena

O fim do Focus ST acontece porque a Ford decidiu encerrar toda a linha Focus na Europa. O segmento dos hatchbacks médios está em declínio, e a marca não vê mais retorno financeiro suficiente diante das rígidas normas de emissões e da preferência do público por SUVs.

Ford Focus ST (divulgação)

Nos bastidores, fala-se que se o Focus voltar será em outra forma, em um crossover médio baseado na mesma arquitetura da Maverick e do Bronco Sport, com opções híbridas e elétricas. Nesse cenário, é legal imaginar uma versão ST elétrica, mas dificilmente trará o mesmo apelo dos hot hatches.

No Brasil, o Focus fez barulho

No Brasil, o Focus foi lançado em 2000, importado da Argentina, como substituto do Escort e do Verona. A primeira geração chegou nas carrocerias hatch e sedã, equipada com motores 1.8 Zetec de 115 cv e 2.0 de 130 cv. Em 2003, ganhou a série especial XR 2.0 e, no ano seguinte, passou por reestilização, estreando o motor Zetec RoCam 1.6.

Ford Focus Fastback [divulgação] carros
Ford Focus Fastback [divulgação]

A segunda geração chegou em 2008, mas teve vida curta. Em 2013, veio a terceira geração alinhada à estratégia global One Ford. O destaque foi o motor 2.0 flex com injeção direta, pioneiro no Brasil entre os sedãs médios. Inicialmente bem aceito, o modelo enfrentou queda nas vendas com o avanço dos SUVs.

Ao longo de sua trajetória, o Focus teve rivais como Volkswagen Golf, Chevrolet Cruze e Toyota Corolla. O hatch chegou a ser o segundo mais vendido do segmento, mas o mercado de médios encolheu rapidamente. O sedã nunca alcançou grandes números. 

Ford Focus Fastback [divulgação]~carros
Ford Focus Fastback [divulgação]

Mas o ponto que mais manchou a reputação do modelo aqui como da Ford em geral foi o câmbio Powershift, que com os problemas trepidava, perdia potência, superaquecia e até travava. Dor de cabeça até hoje no mercado de usados, já que é super desvalorizado. 

A decisão de encerrar o Focus no Brasil em 2019 foi reflexo direto da queda de vendas e da estratégia global de olhar só para SUVs, picapes e eletrificação.

E você, acha que o Focus deveria voltar como crossover elétrico ou que a Ford deveria continuar viva a tradição dos hatchbacks esportivos? Deixe seu comentário!


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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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