Geely Galaxy A7 é sedã com mais de 2 mil km de autonomia e não tem nada a ver com a Samsung

A Geely apresentou o Galaxy A7, um sedã híbrido plug-in do tamanho do Toyota Camry que impressiona pela autonomia de mais de 2 mil km, segundo o ciclo chinês CLTC. O modelo faz parte da linha Galaxy, submarca da Geely, não da Samsung. Ela é focada em veículos eletrificados, e chega ao mercado chinês com preços entre 100.000 e 130.000 yuans (cerca de R$ 77 mil a R$ 101 mil) – valor acessíveis diante proposta. 

O Galaxy A7 ostenta o mesmo nome dos antigos celulares da Samsung, mas isso fica só pela coincidência — o modelo também não tem nada a ver com o Audi A7,  por mais que lembre o rival alemão no visual. O sedã chega para disputar espaço em um segmento que vem sendo engolido pelos SUVs, mas mostra que ainda existe espaço para carros com carroceria tradicional.

Mesmo sendo um modelo acessível, o Galaxy A7 aposta em visual de carro premium. A dianteira traz faróis afilados e uma barra de LED contínua que ocupa toda a largura do carro. Atrás, o estilo se repete com lanternas interligadas por outro filete de luz. O carro pode sair com rodas que variam entre 17 e 19 polegadas, dependendo da versão.

Tamanho de Camry, preço de carro popular

O Galaxy A7 tem porte bem semelhante ao Toyota Camry e Honda Accord. Ele mede 4,91 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,49 m de altura e 2,84 m de entre-eixos. Ou seja, espaço interno é o que não falta. Pelo seu porte e preço, é um híbrido bem completo, mesmo considerando as diferenças entre os mercados.

Geely Galaxy A7 tem motor híbrido e consumo de moto

O Galaxy A7 é um híbrido plug-in que combina um motor 1.5 aspirado com um motor elétrico. A marca não divulgou a potência combinada, mas afirmou que o carro pode rodar mais de 2.100 km com tanque cheio e bateria carregada — claro, isso segundo o ciclo chinês CLTC, que é bem otimista. Nesse cenário, no Brasil, daria para sair de Porto Alegre e ir até Brasília, cerca de 2 mil km. 

A promessa é de consumo médio de apenas 2 litros a cada 100 km, o que daria cerca de 50 km/l. Isso coloca o A7 entre os sedãs mais econômicos do mundo. A versão com a maior bateria tem 18,9 kWh, o que permite uma autonomia elétrica de 120 km (CLTC). Outras opções oferecem entre 55 km e 100 km de alcance no modo EV. 

Interior típico de carro chinês 

Por dentro, o Galaxy A7 aposta em um visual limpo, com poucos botões — exemplo disso é a grande central multimídia flutuante, combinada com um quadro de instrumentos 100% digital. O volante tem dois raios e concentra os principais controles do carro.

Quem é a Geely?

O Galaxy A7 é feito pela Geely, uma das montadoras chinesas mais poderosas do mundo. O grupo é dono de marcas como Volvo, Polestar, Lotus, Lynk & Co, Zeekr e Farizon, além de deter 50% da Smart, 49,9% da Proton, 17% da Aston Martin e quase 10% da Mercedes-Benz. O carro pode ser chinês, mas tem muito do know-how europeu e global por trás do projeto.

No Brasil, a Geely está retornando ao mercado em parceria com a Renault. O acordo faz com que a Renault seja responsável pela produção e distribuição dos veículos da Geely no país, além de poder utilizar sua infraestrutura, como a fábrica no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). 

O primeiro modelo a ser lançado nessa nova fase é o SUV elétrico EX5, também conhecido como Galaxy E5. Com lançamento previsto para julho de 2025, o EX5 é um SUV médio 100% elétrico, equipado com motor de 218 cv e torque de 32,6 kgfm. Ele possui duas opções de bateria: 49,52 kWh e 60,22 kWh. Seu preço, no entanto, não foi divulgado. 

Teria um Galaxy A7 na sua garagem? Ou ainda prefere um SUV tradicional? Deixe sua opinião nos comentários!