Honda promete lançar os híbridos mais eficientes do mundo até 2030

A Honda anunciou que vai investir fortemente no desenvolvimento de uma nova geração de veículos híbridos, prometendo lançar o sistema mais eficiente do mundo até o fim da década. A revelação foi feita pelo CEO global da marca, Toshihiro Mibe, que comentou sobre a demanda por carros elétricos ter diminuído e que, por isso, os híbridos voltarão a ganhar protagonismo no plano global da montadora.

De acordo com Mibe, o novo sistema híbrido da Honda será mais compacto, leve e eficiente. A tecnologia deve ter uma faixa de rotação do motor cerca de 40% mais ampla que a atual e oferecerá uma melhora de 10% na eficiência. As informações, no entanto, são bem limitadas. A montadora japonesa também confirmou que quer lançar 13 novos modelos com essa tecnologia até 2030.

Ele será compatível com os motores a combustão 1.5 e 2.0, este último que já equipa modelos em nosso mercado como o Civic, Accord e CR-V — todos com versões híbridas atualmente à venda. Já o propulsor 1.5, por exemplo, ficará com o WR-V, que vai ganhar motorização híbrida no futuro, mas sem informações se essa tecnologia pode ser implementada no SUV, que terá produção nacional. 

As montadoras japonesas, com seu forte conservadorismo, abordam o carro elétrico com cautela — o primeiro carro elétrico da Honda foi lançado na Europa em 2023, o e:Ny1, clone elétrico do HR-V. Por outro lado, outras montadoras oferecem veículos elétricos a todo vapor. 

Mercados como os Estados Unidos, Europa e até Japão vem desacelerando os investimentos em eletrificação e retomando o foco em soluções de transição, como os híbridos.

Apesar da guinada nos híbridos, a Honda garante que não está abandonando os elétricos. A marca segue com o desenvolvimento da linha “Honda 0 Series”, que terá um SUV e um sedã elétrico puro. Os dois modelos estão programados para estrear globalmente em 2026, e fazem parte da meta da marca de atingir 100% de vendas com veículos elétricos e movidos a célula de combustível até 2040.

Em paralelo, a Honda também anunciou uma redução no investimento global em eletrificação: de 10 trilhões de ienes (cerca de R$ 388 trilhões) previstos até 2031, o valor será ajustado para 7 trilhões (aproximadamente R$ 272 trilhões).

A empresa argumenta que a mudança não representa um abandono da eletrificação, mas sim um redirecionamento estratégico diante da demanda real dos consumidores e das limitações atuais de infraestrutura para carros 100% elétricos.

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