A Michelin América do Sul anunciou o encerramento das atividades de sua fábrica em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. A unidade é responsável pela produção de câmaras de ar para pneus de bicicletas e motocicletas, além de pneus industriais e produtos semiacabados. Atualmente, a planta emprega cerca de 350 colaboradores, dos 8 mil funcionários da Michelin na América do Sul.
A empresa informou que já iniciou negociações com o sindicato local para tratar dos contratos de trabalho. Segundo a Michelin, a decisão foi motivada por uma supercapacidade produtiva gerada pela entrada massiva de produtos importados da Ásia, frequentemente oferecidos abaixo do custo de produção local. Isso afetou especialmente o segmento de câmaras de ar, tornando a operação em Guarulhos insustentável.
“Essa decisão é resultado de uma supercapacidade de produção gerada a partir da entrada expressiva de produtos importados da Ásia, que na maioria dos casos chegam abaixo do custo de produção local, impactando fortemente o segmento de câmaras de ar para bicicletas e motocicletas”, informou a empresa em reportagem publicada no portal R7.

A decisão da Michelin
A multinacional francesa afirma que avaliou diversas alternativas antes de optar pelo encerramento da unidade, mas nenhuma delas se mostrou viável do ponto de vista econômico e operacional. “Infelizmente, nenhuma das opções se mostrou factível ou sustentável para a continuidade das operações, e a decisão de encerrar as atividades foi tomada como último recurso”, afirmou a companhia.
O CEO da Michelin América do Sul, Hervé Le Gavrian, destacou o profissionalismo da equipe de Guarulhos e garantiu apoio aos colaboradores durante o processo de transição.

“Quando tomamos decisões difíceis como esta, reafirmamos nosso valor de respeito às pessoas. Gostaria de destacar o incontestável engajamento da equipe de Guarulhos em todas as suas funções. Esta decisão, de forma alguma, está relacionada ao desempenho desse time. A empresa está extremamente comprometida em realizar uma escuta ativa e oferecer apoio personalizado às equipes internas durante todo o processo. Também garantimos o cumprimento de nossos compromissos com todos os nossos clientes neste momento de transição”.
Apesar do fechamento, a Michelin seguirá com suas operações no Brasil, mantendo unidades industriais em Manaus (AM), Resende e Campo Grande (RJ), além de outras estruturas nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.

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Absurdo. Era hora do sindicato funcionários e a empresa se unirem e exigir do governo que abaixem os impostos até a operação da empresa ser lucrativa. Ou taxem mais esses produtos asiáticos.
Mas como fechar e mais fácil, quem fica sempre na pior é o trabalhador.
Trump taxou os produtos importados para proteger as fábricas nos EUA e aqui no Brasil ninguém falou nada. Os trabalhadores asiáticos tem uma produtividade muito maior. Mas no Brasil se o governo for taxar os importados é um Deus nos acuda e uma tempestade de ataques nas redes sociais contra o governo. Vejam o que aconteceu quando o governo quis taxar as comprinhas da Shein que não pagavam nada de imposto.