Jeep Cherokee 2026 tem motor THP híbrido e com muita chance para o Brasil

Depois de um necessário hiato de dois anos, o Jeep Cherokee estreia sua quarta geração. Mais global do que nunca, o SUV médio-grande agora é produzido no México e traz aos EUA o consagradíssimo motor 1.6 THP que já foi usado no Brasil por Peugeot e Citroën. Contudo, no Cherokee 2026, o motor THP foi eletrificado.

Seja bem-vindo, motor THP

Assim como seus primos Peugeot 308 e 3008, o Jeep Cherokee 2026 combina o motor 1.6 THP quatro cilindros turbo de 179 cv e 30.6 kgfm de torque a um sistema de dois motores elétricos, um em cada eixo. Com isso, ele tem disponível 213 cv e 31.8 kgfm de torque. Perceba que o torque máximo é bem próximo ao do motor THP.

Isso porque a Jeep trabalhou com eficiência, fazendo com que os três motores não entreguem 100% da força ao mesmo tempo, garantindo economia de combustível mesmo com o pé pesado. Resultado é média de 17,8 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada. Números bem impressionantes para o porte do carro.

Vale lembrar que antes o Jeep Cherokee era vendido com motor 2.4 Tigershark de 187 cv e 24 kgfm, o mesmo que a Fiat Toro usou por um tempo aqui no Brasil. Propulsor esse que bebia tudo e andava pouco. Havia também uma versão 3.2 V6 de 275 cv e 33 kgfm, mais potente que o novo Cherokee THP, mas bem mais beberrona.

Além do motor THP híbrido, a Jeep também oferecerá o Cherokee com motor Hurricane 2.0 quatro cilindros turbo, o mesmo usado em Commander e Compass no Brasil. Ao menos por aqui, esse conjunto tem 272 cv e 40.8 kgfm de torque. O fato de usar dois motores conhecidos dos brasileiros facilitará, e muito, a vinda do modelo ao nosso país.

No caso do Cherokee THP, o modelo usa uma transmissão direta que é praticamente como se fosse um CVT, mas mais eficiente. Já o modelo 2.0 turbo contará com caixa automática de nove marchas. A tração nas quatro rodas será mandatória ao modelo híbrido e opcional no com motor Hurricane.

Futuro da Jeep

Repare bem nos elementos de design do novo Cherokee, pois ele será influência direta para o próximo Renegade, terceira geração do Compass brasileiro e para o próximo Commander. A carroceria tem linhas bem limpas e discretas, com contornos bem quadrados e dianteira verticalizada – influência dos Fiat.

A grade frontal de sete fendas parece rasgar parte do para-choque, como faz o Renegade brasileiro. Já os faróis quadrados tem um prolongamento pela lateral ainda não visto nos Jeep. A traseira repete o desenho dos faróis, mas em proporção extra, além de luzes quadradas inspiradas no Renegade. As lanternas são ligadas por um plástico preto.

Como o Jeep Cherokee é um modelo acima do Commander, ele traz muito luxo por dentro. O painel é lotado de superfícies macias, as portas são abertas por botões e o novo volante quadrado será padrão na marca. Parece, até mesmo, mais sofisticado que o Grand Cherokee, que fica acima dele.

Quatro versões, mas só depois

Lá nos EUA, o Jeep Cherokee será vendido em quatro versões, sendo que as variantes Limited e Overland começam a ser vendidas agora com motor THP. Já as variantes Sem Nome e Laredo chegam só em 2026 com motor Hurricane (mas há chance de que as demais versões também recebam o Hurricane, enquanto as de entrada poderão ter o THP).

Os preços começam em US$ 36.995 (R$ 202.584) pelo Cherokee Sem Nome e sobem a US$ 39.995 no Laredo (R$ 219.012) – isso para as versões que só chegam em 2026. Para os modelos já à venda, a Jeep pede US$ 42.495 (R$ 232.702) pelo Limited e US$ 45.995 (R$ 232.505) no Overland.

Vale lembrar que o Jeep Cherokee agora é feito no México. Ou seja, não paga tanto imposto de importação para vir ao Brasil. Ao contrário do modelo anterior que vinha dos EUA. Com isso, ele pode vir importado para fechar o buraco entre o Commander Blackhawk (R$ 324.990) e o Grand Cherokee 4xe (R$ 549.990) para brigar com Toyota RAV4 e Honda CR-V.

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