Um ataque cibernético interrompeu toda a produção da JLR (Jaguar Land Rover) por cinco semanas, incluindo as operações da unidade brasileira em Itatiaia, no Rio de Janeiro. O incidente, segundo a BBC, afetou um total de 5.000 empresas, causando uma situação catastrófica na rede de suprimentos.
O ataque hacker foi o mais danoso da história do Reino Unido, conforme relatado pelos especialistas do Centro de Monitoramento Cibernético (CMC), uma organização sem fins lucrativos focada em cibersegurança. O prejuízo causado à JLR é estimado em cerca de 1,9 bilhão de libras, aproximadamente R$ 13 bilhões, em conversão direta, segundo especialistas citados em matéria da Auto Esporte.
A JLR não comentou diretamente sobre o ataque. Em comunicado oficial, o fabricante assegurou que seguirá focado em retomar a produção gradativamente, embora a normalização completa das atividades só deva ocorrer no próximo ano.

Como foi o ataque sofrido pela JLR?
A empresa precisou desativar toda a sua área de TI no final de agosto, o que levou à paralisação global das operações. Não foram divulgados maiores detalhes sobre o ataque cibernético, mas um grupo de cibercriminosos reivindicou a ação, que resultou em prejuízos bilionários.
Esse grupo, responsável por outros ataques, utiliza o chamado ransomware. Trata-se de um tipo de ação que consiste no sequestro de dados, os quais só são liberados mediante pagamento, geralmente em criptomoedas. Apesar da reivindicação, a autoria ainda não foi confirmada por outras fontes.

A Bloomberg informou, conforme a matéria da Auto Esporte, que a startup Deep Specter Research havia alertado a JLR de que hackers estavam mirando as operações da companhia. Um relatório detalhando possíveis ataques cibernéticos foi enviado aos executivos do fabricante.
O retorno gradual das atividades da JLR ocorreu em 8 de outubro, quando os centros de motores e baterias de West Midlands, no Reino Unido, voltaram a operar. Além disso, a fábrica de Solihull também retoma suas atividades aos poucos. Essa planta é estratégica para a marca, fornecendo peças globalmente para toda a companhia.


E você, acredita que ataques cibernéticos como este vão se tornar mais frequentes na indústria automotiva? Compartilhe sua opinião nos comentários!



