A Mercedes-Benz não está no seu melhor momento, parte disso vem da forte concorrência global, seja no Brasil quanto em outros mercados estratégicos. Os preços cada vez mais altos e a demora na renovação de boa parte da linha atual fizeram com que consumidores migrassem para rivais como BMW e até mesmo marcas chinesas.
A BMW, por exemplo, já trabalha com boa parte de sua gama renovada, a Audi vem realizando essa transição, com foco na linha e-tron principalmente, enquanto a Mercedes segue comercializando diversos desatualizados em relação aos rivais, o que tem um peso ainda maior em um segmento tão exigente como o de carros premium.
Porém a reação está em andamento — em um documento oficial enviado a investidores, a Mercedes-Benz anunciou o que chamou de “maior programa de lançamentos de produtos da sua história”. Até o fim de 2027, serão nada menos que 32 novos veículos, além de modelos a combustão e elétricos. A contagem considera diferentes versões do mesmo carro como lançamentos distintos.
Lançamento que não acaba mais

Ao todo, serão 18 estreias em 2026 e outras 14 em 2027. Neste ano de 2025, quatro modelos já foram apresentados. Entre eles, o novo CLA elétrico e o CLA Shooting Brake, que aparecem separadamente no cronograma por terem motorizações diferentes.
A ofensiva está organizada em três categorias: Entry (entrada), Core (intermediária) e Top End (topo de linha). Em 2026, os modelos de entrada receberá um modelo a combustão e dois elétricos, muito possivelmente as novas gerações de GLA e GLB.

Já a categoria Core, que tem o Classe C e GLC, contará com dois lançamentos a combustão e dois elétricos. Entre os elétricos, o GLC EV será o primeiro a estrear, em setembro, com nova linguagem visual e o retorno da grade cromada — agora com 942 pontos de LED animados em um efeito pixelado que deve se expandir para outros modelos da linha EQ.
Na faixa Top End, voltada aos modelos mais caros da marca, serão cinco lançamentos elétricos e cinco a combustão em 2026. A Mercedes confirmou que o Classe S passará por uma grande atualização, com investimento acima da média para um facelift tradicional.

O EQS também será renovado. Já a divisão esportiva AMG trabalha nos primeiros modelos 100% elétricos exclusivos, como o conceito GT XX, e confirmou o desenvolvimento de um novo motor V8 a combustão, que deve estrear em 2027 e permanecer em linha por pelo menos mais uma década.
Já em 2027, serão mais oito modelos a combustão e seis elétricos que devem chegar. A entrada da gama terá um novo modelo a combustão, enquanto a faixa Core receberá dois a combustão e um elétrico. A categoria Top End será a mais movimentada, com cinco elétricos e cinco a combustão previstos.
![Mercedes-Benz C63 AMG S [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2022/09/Mercedes-Benz-C63-AMG-S-1_edited-1200x720.jpg)
O futuro do C63 AMG, porém, ainda é uma incógnita. A AMG já deixou claro que não pretende retomar o V8 no modelo atual, e rumores indicam que o C63 e o C43 podem ser descontinuados, abrindo espaço para um C53 com motor de seis cilindros.
Assim como outras montadoras europeias, a Mercedes também reforça que não vai abandonar o desenvolvimento de motores a combustão tão cedo.

Segundo o CEO Ola Källenius, a estimativa interna era de que a eletrificação estivesse mais adiantada neste ponto da década. Ainda assim, a marca diz ter o compromisso de oferecer, até o fim da década, versões elétricas para todos os modelos relevantes da linha.
Esses novos lançamentos terá uma padronização do design entre elétricos e a combustão. A Mercedes quer abandonar os traços exageradamente suaves e aerodinâmicos da atual linha EQ, buscando uma identidade visual mais marcante e coesa, como mostrou com a nova grade pixelada do GLC EV.
E você, acredita que a Mercedes-Benz está no caminho certo para sua transição de carros da nova geração? Deixe sua opinião nos comentários!



