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Desfazendo uma confusão

Nissan Frontier vai mudar de país e se afasta de vez da Navara com nova geração

A picape será lançada primeiro na Ásia e Oceania, com base da Triton e motor 2.4 turbodiesel de até 204 cv

4 min de leitura

A Nissan faz uma confusão com a Frontier pelo mundo, onde também é chamada de Navara, e justamente essa é a que se prepara para ganhar uma nova geração. A fabricante japonesa confirmou que a nova Navara D24 será apresentada oficialmente no dia 19 de novembro e chega primeiro à Austrália e Nova Zelândia, usando a base mecânica da Mitsubishi Triton.

Essa nova geração marca o fim da atual Navara D23, que está nas ruas há mais de dez anos e hoje é produzida principalmente na Tailândia e África do Sul, atendendo a mais de 40 países. 

A novidade é que a nova picape vai compartilhar plataforma, estrutura e até motor com a Triton, mas com design próprio e alguns elementos exclusivos da Nissan, como faróis de LED com assinatura em dois níveis, grade redesenhada e um capô mais esculpido. 

Mitsubishi por baixo, Nissan por fora

Mitsubishi Triton 2026 laranja de frente
Mitsubishi Triton [Divulgação]

A base será o chassi de longarinas da nova Triton lançada em 2023 no exterior, com ajustes feitos pela Nissan para dar uma identidade mais robusta e manter o DNA da marca. O motor deve ser o 2.4 turbodiesel de 205 cv e 47,9 kgfm, o mesmo da picape da Mitsubishi, acoplado a um câmbio automático de seis marchas e tração 4×4. 

A marca também confirmou planos para uma versão híbrida plug-in e uma variante Pro-4X Warrior, desenvolvida em parceria com a Premcar, voltada para uso off-road mais pesado.

Nissan Frontier 2023 [divulgação]
Nissan Navara [divulgação]

O lançamento da nova Navara D24 está previsto para o primeiro semestre de 2026, inicialmente nos mercados da Oceania e do Sudeste Asiático. Desde 1986, mais de 420 mil unidades da Navara foram vendidas na região, e o modelo sempre foi uma das principais concorrentes de Hilux, Ranger e Amarok.

E onde entra a Frontier nessa história?

É aí que a confusão começa. A Nissan Frontier vendida no Brasil era até então produzida em Santa Isabel, na Argentina, mas essa fase está no fim. A marca confirmou que a produção será transferida para o México em 2026, onde a picape ganhará um novo visual, inspirado no design do novo Kicks.

Nissan Frontier
Projeção da nova Nissan Frontier [Carscoops/ Reprodução]

Com isso, a Frontier, que até agora era praticamente a mesma picape que a Navara, vai seguir um caminho diferente. A nova geração da Navara parte para uma plataforma desenvolvida junto com a Mitsubishi, enquanto a Frontier mexicana continuará usando a mesma base e motor, mas com carroceria redesenhada.

Vale lembrar que desde 2017, quando a Frontier foi lançada na atual geração no Brasil, ela e a Navara eram praticamente o mesmo modelo, diferenciadas apenas por detalhes regionais. Agora, essa relação vai se romper.

Nissan Frontier [divulgação]
Nissan Frontier vendida no EUA [Divulgação]

Já a Frontier dos Estados Unidos e Canadá é uma picape completamente distinta, feita sob outro projeto, com motor V6 a gasolina, mais robusta e voltada para desempenho e também capacidade de reboque.

Ou seja, o mundo vai ter três Frontiers diferentes rodando ao mesmo tempo:

  • A americana, fabricada em Mississippi, exclusiva da América do Norte, com motor V6.
  • A latino-americana, que abastece Brasil, Chile, Colômbia e mais de 20 países, agora vinda do México, após o encerramento da produção argentina, trazendo novo design baseado no Kicks.
  • E a Navara D24, a nova geração desenvolvida em parceria com a Mitsubishi, destinada à Ásia, Oceania e outros mercados.

E você, acha certa a estratégia da Nissan de separar a Frontier pelo mundo? Deixe seu comentário!


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8 comentários em “Nissan Frontier vai mudar de país e se afasta de vez da Navara com nova geração”

  1. Eduardo Teixeira Küll

    Poderiam fazer um acordo com a Souza Ramos e fazer esta nova Frontier aqui…..

  2. Souza

    Não é confusão alguma, ela apenas desenvolve opções diferentes para cada mercado. Vou te exemplificar, nos EUA a Frontier ainda usa a plataforma antiga, só que com motores mais potentes e a gasolina, bem ao gosto dos estadunidenses.
    Na Ásia é oferecida a versão com feixe de molas, enquanto aqui é multilink. Lá existe uma lei antiga e ultrapassada que concede benefícios a veículos de trabalho, e essa é uma exigência. Lá fora teto solar não é de linha como aqui, que caiu ao gosto dos brasileiros até por conta do nosso clima. Para a China, existe uma parceria com empresa local com um modelo deles.
    No México o modelo atual é líder de vendas, aqui uma parceria com a Mitsubishi faz sentido pela sinergia de ambos. Então não existe confusão nenhuma. Confusão é atribuída a algo desorganizado, e neste caso são estratégias que tem funcionado muito bem em cada mercado para os consumidores que a Nissan almeja.

    • LUCIO

      CONCORDO SOUZA.

  3. Antônio Miranda

    Minha Frontier desvalorizou 100.000 em menos de 3 anos.😭

  4. Nelson viana rodrigues

    Foco triste

  5. LUCIO

    CONCORDO COM O SOUZA. CADA MERCADO TEM SUAS CARACTERISTICAS. A FRONTIER BRASILEIRA É UM PRODUTO BOM. USA MOTOR DA RENAULT MASTER, QUE É O FURGAO LIDER DE VENDAS. A SUSPENSÃO MULTILINK É EXCELENTE, E SE NAO FOSSE, NAO SERIA USADA NA SW4 NEM PAJERO, NEM TRAILBLASER, NEM FORD F150. CAMINHONETE NAO É USADA PELA MAIORIA, PARA LEVAR UMA TONELADA. E MESMO ASSIM, PARA QUEM USA UMA TONELADA, SABE QUE, PNEUS ARO 18, NAO SAO IDEAIS PARA PESO, E SIM PRA VELOCIDADE.

  6. wilson

    parca avaliação.

  7. Razorback de Farias

    Só sei uma coisa: nosso biodiesel, uma verdadeira gororoba que até sebo de vaca tem, é um verdadeiro pesadelo para os donos de pickups, uma pena que as flex foram abandonadas.

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Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

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