Home » Novidades » Nissan vai fechar fábrica histórica que produz Frontier e Versa após quase 60 anos de operação

Novidades

Crise

Nissan vai fechar fábrica histórica que produz Frontier e Versa após quase 60 anos de operação

Planta de Cuernavaca produziu mais de 6 milhões de veículos e será desativada em março de 2026; decisão faz parte de reestruturação global da marca japonesa

2 min de leitura

A Nissan confirmou que vai encerrar as atividades de sua fábrica em Cuernavaca, no México, uma das mais antigas da empresa fora do Japão. A planta, conhecida como CIVAC, vai deixar de operar em março de 2026 após quase seis décadas de produção ininterrupta e mais de 6 milhões de veículos fabricados.

A decisão faz parte do plano global de reestruturação da marca japonesa, chamado Re:Nissan, que prevê o fechamento de sete fábricas ao redor do mundo e a redução da capacidade de produção de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos por ano. A ideia é concentrar esforços em unidades que são mais eficientes e trabalhar com capacidade plena.

Com o encerramento da unidade de Cuernavaca, a produção do Versa, Frontier (NP300 em alguns mercados) e V-Drive serão transferidas gradualmente para a planta de Aguascalientes, também no México, que já está em operação com tecnologias mais modernas e maior automação. Apenas o Versa e o Frontier são vendidos no Brasil. 

Nissan Frontier Attack [Auto+ / João Brigato
Nissan Frontier Attack [Auto+ / João Brigato

Aberta em 1966, a fábrica da Nissan em Cuernavaca foi a primeira da marca fora do Japão. O primeiro modelo montado por lá foi o Datsun Bluebird, em uma única linha de montagem. 

Em 1975, a unidade ganhou uma segunda linha e passou a produzir picapes, começando pelo modelo 720. Três anos depois, um setor de produção de motores foi adicionado.

carros
Nissan V-Drive [divulgação]

Em 1988, a montadora já era líder de vendas no México, e a fábrica comemorava seu milionésimo veículo produzido. Em 1993, a unidade passou a exportar o Nissan Tsubame para o Japão, e em 2019 atingiu a marca histórica de mais de 6 milhões de unidades produzidas.

Seu peso histórico é inegável, mas a fabricante afirma que a medida é necessária para tornar a operação global mais competitiva e sustentável. “Hoje tomamos uma decisão difícil, mas necessária, que nos permitirá ser mais eficientes e competitivos”, afirmou Ivan Espinosa, vice-presidente da Nissan. “Estamos profundamente gratos pelas contribuições valiosas dos nossos colaboradores em Cuernavaca.”

Acredita que esse plano de reestruturação da Nissan vai dar certo? Deixa sua opinião nos comentários!


YouTube video

Deixe um comentário

Luiz Forelli

Estudante de jornalismo, sempre foi fascinado por carros desde pequeno. Passava horas dirigindo no colo da família dentro da garagem ou empurrando carrinhos pela casa, como se já soubesse que seu caminho estaria entre motores e rodas. Hoje, realiza o sonho de infância escrevendo sobre o universo automotivo com a mesma empolgação de quem brincava com um volante imaginário. No lugar do sangue, corre gasolina, e isso nunca foi segredo.

Você também poderá gostar