A Audi estreou oficialmente no Brasil a nova geração do A5, que passa a ocupar o lugar do A4 na linha da marca. O sedã estreia por R$ 379.990 em versão única e com visual e motor totalmente renovado e chega com nova plataforma. O cupê tem previsão de chegar aos seus donos em setembro, e vem para rivalizar com o Mercedes-Benz classe C, de R$ 384.900, e o BMW 320i, que parte de R$ 346.950.
O A5 é o primeiro carro a combustão da nova identidade visual da Audi e o segundo da nova geração da marca no Brasil, atrás apenas do Q6 e-tron, que abriu essa nova fase com foco em design mais limpo, plataformas atualizadas e interfaces digitais mais modernas.
Além de ser uma continuação do antigo A5, o novo modelo substitui também o A4, que foi descontinuado globalmente na configuração a combustão. A mudança no nome é consequência de uma estratégia que a Audi ensaiou em 2023, separando os carros a combustão (com números ímpares) dos elétricos (com números pares).

A ideia acabou sendo abandonada em 2025, após críticas de consumidores e concessionários. No fim, os elétricos da Audi vão ficar com o e-tron, enquanto os modelos a combustão continuam com o sufixo TFSI, e os híbridos assumem o nome TFSI e-hybrid. O A4, que seria reservado para um sedã elétrico menor, acabou ficando sem lugar claro na linha.
Design mais esportivo e menos conservador
O novo A5 rompe com o visual discreto do antigo A4 e mantém a proposta esportiva do A5, como um fastback. A carroceria tem linhas mais fluidas, com menos vincos marcados e superfícies mais limpas. Os faróis agora são mais afilados, com nova assinatura de LED, e a tradicional grade Singleframe ficou mais baixa e larga, do padrão colmeia.

De lado, o teto em arco e a traseira em queda suave dão a silhueta cupê. Uma das curiosidades é que, na teoria, o A5 não é considerado um sedã, já que ele tem o formato de cinco portas com tampa do porta-malas que inclui o vidro — o mesmo do antigo Sportback. Ou seja, está mais para um notchback. Apesar disso, a Audi chama ele de sedã, e é o que vale.
Na traseira, as lanternas foram afinadas e agora são ligadas por uma barra iluminada. Outro detalhe que dá um ar mais moderno, são as maçanetas embutidas na carroceria, que também ajuda no coeficiente aerodinâmico. O modelo vendido no Brasil vem com rodas com visual mais esportivo, chamado de Audi Sport de 20 polegadas e pneus 245/35.
Plataforma totalmente nova
O A5 2025 estreia a plataforma PPC (Premium Platform Combustion), que será usada em todos os próximos modelos a combustão da Audi. Essa base é mais rígida e preparada para diferentes tipos de motorização, como híbridos plug-in — mesmo que o modelo atual ainda não tenha eletrificação, no Brasil. No EUA e Europa, o Audi A5 chega com motorização híbrida-leve de 48 volts, que adiciona até 24 cv.

A suspensão segue independente nas quatro rodas, com braços duplos na dianteira e multilink atrás. O sistema foi refinado com novas molas e buchas. No entanto, lá fora há opcionais como amortecedores adaptativos.
Vale lembrar que no Brasil não existe nenhum opcional para o novo A5. Esse carro também marca a transição da Audi rumo ao fim dos modelos a combustão. Ele substitui tanto o A4 sedã quanto a perua Avant.
Mais potência, por favor
Sob o capô, o novo A5 traz o conhecido motor 2.0 TFSI, mas com atualizações interessantes. Agora ele opera em ciclo Miller e, pela primeira vez, traz turbina de geometria variável, tecnologia rara em motores a gasolina. Essa combinação melhora a eficiência e a entrega de torque em baixa rotação.

No Brasil, o A5 chega com a versão mais potente de 272 cv e 40,8 kgfm de torque, sempre com tração integral quattro que prioriza 100% a dianteira e até 50% a traseira, quando necessário. Vale lembrar que na Europa, o modelo oferece versão de 204 cv e 32,6 kgfm de torque. O câmbio é dupla embreagem de sete marchas. Com isso, o sedã vai de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos, com máxima limitada a 210 km/h.
Por comparação, BMW 320i oferece o motor 2.0 turbo de 184 cv e 30,6 kgfm de torque que faz de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos. Já o Classe C 200 gera 204 cv e também 30,6 kgfm de torque. A opção C 300 oferece 258 cv e 40,8 kgfm de torque. O 0 a 100 km/h é feito em 7,3 e 6 segundos, respectivamente.
Variante esportiva que não vêm (pelo menos por enquanto)
Lá fora, o A5 tem outras versões. A principal delas é o S5, com motor 3.0 V6 turbo de 367 cv e 55,6 kgfm. Esse modelo abandona o câmbio automático convencional e adota o mesmo S tronic de dupla embreagem. A tração é quattro, com diferencial esportivo e vetorização de torque. A Audi não confirmou sobre a vinda do S5 ao Brasil.
Cresceu e ficou mais espaçoso
O A5 2025 está maior em todas as dimensões. São 4,83 metros de comprimento, 2,09 m de largura (com espelhos) e 1,41 m de altura. O entre-eixos foi para 2,89 m — 7 cm a mais que o antigo A4 e A5. Na prática, isso se traduz em mais espaço para os passageiros no banco traseiro. Porém o porta-malas encolheu de 465 litros do A5 anterior para 417 litros de capacidade.

No meu caso, com o banco regulado para mim de 1,88 m de altura, e o banco do motorista regulado para mim, sobrou o dedo e meio de espaço entre meu joelho e o banco da frente. Não é o mais espaçoso, mas melhorou. Já minha cabeça não bateu no teto, mesmo com ele curvado.
Interior está lindo, mas faltou algumas coisas
Por dentro, o novo A5 traz o cockpit mais moderno da Audi até agora. O painel é formado por duas grandes telas OLED, com o quadro de instrumentos de 11,9” e a central multimídia curva de 14,5”, voltada para o motorista com Apple Carplay e Android Auto sem fio. Lá fora, ainda há uma terceira tela opcional de 10,9” para o passageiro.

O sistema MMI foi renovado e agora tem interface mais rápida, personalizável e com gráficos de altíssima definição. O head-up display também não é oferecido no modelo vendido no Brasil, nem como as câmeras 360° e a chave totalmente presencial — no caso, é preciso apertar o botão na maçaneta.
A iluminação ambiente tem 30 opções de cor, e o teto solar traz a tecnologia eletrocrômica, que escurece os painéis de vidro em seis níveis de opacidade. Os bancos são em couro, com ajustes elétricos dianteiro e aquecimento (memória só para o motorista). O ar-condicionado é de três zonas e ainda oferece carregador de celular por indução.

Entre os equipamentos de série, o A5 traz tampa do porta-malas elétrico, retrovisores com rebatimento elétricos e aquecimento, 10 alto-falantes de 180W (não é assinado), modos de condução Audi Drive Select e assistente de estacionamento.
Segurança e assistentes
Em relação ao pacote de segurança, o novo A5 vem seis airbags, controle automático adaptativo com função stop & go, alerta de saída de faixa com centralização, frenagem de emergência com detecção de pedestres, assistente de ponto cego com frenagem autônoma em estacionamento e detector de fadiga.

Um sistema de segurança que não chega no A5 nem como opcional é o pacote de faróis LED Matrix que ilumina de forma inteligente a via e se adapta às condições do ambiente e evitando o ofuscamento de outros motoristas. Esse opcional, por exemplo, custa R$ 8.500 a mais no Q3 Sportback, e no A3, vem equipado de série na versão Performance Black.
Muitas cores
A Audi no Brasil oferece oito opções de cores. Entre elas estão o Branco Geleira, Branco Arkona, Preto Mito, Azul Horizonte, Azul Firmamento, Vermelho Granadina, Azul Ascari e Cinza Daytona. A montadora alemã não cobra preço sobre as pinturas metálicas ou perolizada.
Linha A5 unificada
A Audi decidiu unificar tudo sob o nome A5. Sem o A4, e o A5 assume o papel de sedã médio da marca. A perua Avant também entra na linha A5, assim como o esportivo S5.
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Veículo foi depenado para caber no var inferior a bmw. Coisa horrorosa.
Menos equipado que o 320i em quê?
Porque vocês chamam a atenção nas headlines e em nenhum momento comentam sobre o que faltou no carro!! Muito chato isso!
Faróis de led matrix foi criticado, mas a BMW ou a C300 tem?? Nos poupem destas lambanças jornalísticas!