Com o objetivo de vender 50 mil carros no ano que vem, a Omoda & Jaecoo prepara um investimento gigante no Brasil. Com expansão de rede e três novos SUVs já com lançamento programado, a marca chinesa anunciou que terá motores flex no Brasil em 2026. Contudo, a CAOA pode não ter acesso a essa tecnologia.
Com investimento anunciado de R$ 15 milhões no desenvolvimento de motores flex para o Brasil, a Omoda & Jaecoo pretende expandir sua atuação no mercado nacional. A marca ainda não anunciou quais serão os motores a receber essa tecnologia bicombustível, mas existem possibilidades.
A mais provável é que o 1.5 quatro cilindros turbo que hoje é usado em aplicações PHEV (Jaecoo 7 e Omoda 7) e HEV (Omoda 5) seja o escolhido. Em conversa com jornalistas, Leandro Teixeira, head de produto e planejamento de preço disse que os motores escolhidos tem quatro cilindros. Mas há possibilidade de um três cilindros.

Além disso, Roger Corassa, novo Vice-Presidente Executivo no Brasil da O&J, afirmou que as possibilidades para esse motor estão todas abertas. Ou seja, ele pode ser semi-híbrido (MHEV), híbrido tradicional (HEV) ou híbrido plug-in (PHEV). Mas também não foi descartado a ideia de usar o motor sem eletrificação alguma.
Fábrica no Brasil
A Omoda & Jaecoo tem trabalhado fortemente na implementação de uma fábrica no Brasil. A marca ainda não anunciou quando isso vai acontecer, mas está na lista de prioridades do novo vice-presidente. Inclusive, segundo ele, é um de seus objetivos para 2026 — ainda que a fábrica, em si, não deva ficar pronta no ano que vem.

Há estudos para vários tipos de possibilidades. Uma delas, inclusive, é reabrir a fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, que foi erguida pela Chery e hoje pertence (em partes) à CAOA. Mas justamente o entrave com o grupo que representa a Chery, obras necessárias no local e o sindicato são os entraves mais fortes.
A O&J não descarta a possibilidade de fabricar carros no Brasil usando um parceiro local. Ou seja, pode aproveitar a fábrica de alguém ou usar fornecedores, como a Chevrolet fará com a antiga fábrica da Troller para montar seus carros elétricos em solo nacional.

O regime de produção poderá ser em SKD ou CKD, ou até completo. Para a marca, tudo está em estudo e esse formato ainda está em andamento. Quando aos modelos, a Chery pretende nacionalizar os Omoda 4, 5 e 7, além dos Jaecoo 5 e 7. Modelos elétricos como Omoda E5 e o grandão Jaecoo 8, por serem de nicho, estão descartados.
Mais concessionárias
Outro ponto importante sobre a expansão da Omoda & Jaecoo no Brasil é sobre a rede de concessionárias. A marca chinesa pretende ter 100 pontos de vendas no ano que vem, sendo que em 2025 ela fechará com 80 concessionárias. A ideia é expandir em direção ao interior, pegando cidades menores e longe da capital.

Com isso, a O&J quer abocanhar um espaço entre as 10 marcas mais vendidas do Brasil. Se o ritmo de 50 mil unidades por ano se concretizar (e é algo bem plausível frente ao volume que ela já fez esse ano), será o suficiente para se tornar a terceira marca chinesa mais vendida do país.
A BYD e a CAOA Chery ainda estão longe do patamar pretendido pela Omoda & Jaecoo, mas será o suficiente para deixar a GWM para trás, além de todas as outras chinesas que chegaram neste ano.

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