Depois de ter praticamente abandonado o segmento com a troca dos V8 por motores elétricos, a Dodge volta a apostar na combustão com o lançamento do novo Charger Sixpack, previsto para começar a ser entregue nos próximos meses. Mas será que um muscle-car de seis cilindros consegue encarar de frente um clássico com motor V8 como o Ford Mustang?
A novidade Dodge uma guinada na estratégia da Stellantis sob comando de Antônio Filosa, que substituiu Carlos Tavares no fim de 2024 com uma visão mais pragmática de manter a eletrificação. A chegada do motor seis cilindros visa manter a eletrificação como opção e para atender o consumidor que ainda quer ronco e gasolina.
O novo Charger terá versões R/T e Scat Pack, ambas equipadas com o motor Hurricane 3.0 de seis cilindros biturbo. O R/T entrega 426 cv e 64,8 kgfm, enquanto o Scat Pack vai a 557 cv e 72,8 kgfm, com tração integral e opção de desconexão do eixo dianteiro para poder deixar o carro mais traseiro, por exemplo, e ter uma tocada mais purista. Mesmo assim, a Dodge deixou o V8 de fora neste primeiro momento.

Do outro lado está o Ford Mustang GT Performance vendido no Brasil, que tem um trunfo curioso. Graças à legislação de emissões diferente da norte-americana, o V8 5.0 nacional é o mais potente do mundo, entregando 488 cv e 57,5 kgfm de torque — contra 487 cv na versão americana. O câmbio é automático de dez marchas, o 0 a 100 km/h é feito em 4,3 segundos e a velocidade máxima é de 250 km/h.
No comparativo, o Charger Scat Pack na configuração mais potente faz de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, graças à potência mais bruta. Porém a Ford tem a versão Dark Horse, preste a chegar ao Brasil, com o mesmo motor V8 5.0, mas que gera 507 cv e 57,8 kgfm de torque. Além de uma versão GT500 já está no caminho.

O Mustang brasileiro se destaca pela entrega naturalmente aspirada, pelo giro mais alto e pela tradição de do famoso V8 em linha de produção, algo que a própria Dodge hesitou em fazer nos últimos anos. Além disso, o Ford continua fiel à tração traseira e oferece câmbio manual no Brasil e em outros mercados, enquanto o Charger é exclusivamente automático. Mas em termos de potência, a Dodge ganha.
Lá fora, o Charger Sixpack parte de US$ 49.995 (cerca de R$ 271 mil) na versão R/T, enquanto o Scat Pack custa US$ 54.995 (R$ 298 mil). O Mustang GT americano começa em US$ 46.885 (R$ 254 mil), mas aqui no Brasil o GT Performance parte de R$ 529.990. Não há confirmação nem previsão do Charger chegar ao nosso mercado, restrito a importação independente.
Se pudesse escolher, você iria de Mustang V8 ou de Charger Sixpack turbo? Deixe seu comentário!



