Foi Carlos Tavares sair do controle da Stellantis que muitas marcas começaram a se mexer com força. A Ram é uma dessas, visto que a fabricante de caminhonetes avisou que lançará uma nova picape média (que podem virar duas), trouxe o V8 de volta e anunciou que 25 lançamentos serão feitos até o fim de 2026. E um deles pode matar a Chrysler.
Há anos tentando lutar para sobreviver somente com uma minivan, a Chrysler pode perder seu único modelo para a Ram. Isso porque, o CEO da Ram, Tim Kuniskis, revelou à CNBC que a marca terá uma van de passageiros e uma caminhonete média até 2027. Só que essa van de passageiros pode ser lida de várias maneiras.
Lá nos EUA, a Ram ProMaster, que nada mais é do que a Fiat Ducato com outra grade, é vendida somente na versão furgão. O lançamento prometido pela marca pode ser uma versão de passageiros, reforçando o lado comercial da marca. Contudo, há rumores na imprensa norte-americana de que o caminho será também ligado a minivans.

Hoje em dia, a Chrysler vende somente a minivan Pacificam, tendo se tornado uma marca de modelo único. A ideia da nova geração de Antonio Filosa na Stellantis é dar espaço para que a Chrysler volte a atuar com mais modelos e que preencha segmentos que Dodge, Fiat, Peugeot, Alfa Romeo, Lancia, Citroën, Jeep e Ram não conseguem atuar.
Minivan seria um desses segmentos, mas para tirar o estigma da marca, a categoria pode ser transferida para a Ram. Inclusive, com o lançamento de uma versão totalmente elétrica para competir com a Volkswagen Kombi elétrica (ID.Buzz), que tem feito muito sucesso nos EUA. Como a Ram é global, diferentemente da Chrysler, há potencial além da América do Norte.
Ram Titano

Além disso, a Ram prepara uma nova caminhonete média, mas esse projeto pode ser desmembrado. Aqui no Brasil já foi iniciado o desenvolvimento de uma caminhonete média baseada na Fiat Titano, mas com muito mais luxo no interior e equipamentos, honrando a pegada mais premium que a marca tem no nosso mercado.
Já nos EUA, os rumores apontam que a volta da Dakota será feito com uma versão menor da plataforma da 1500. Ou seja, nenhuma relação direta com a Titano, como será o caso da caminhonete média brasileira. Como o Brasil se tornou o segundo mercado mais importante da Ram no mundo, nós temos prioridade em desenvolver produtos próprios.
Você acredita no sucesso da Ram com seus novos modelos? Conte nos comentários.


