Após a saída abrupta do ex-CEO Carlos Tavares do comando da Stellantis, Antonio Filosa assumiu o cargo. Diante de mudanças regulatórias que redesenharam o mercado, Filosa desenvolveu uma estratégia emergencial para revitalizar as marcas da gigante automotiva.
As vendas da Stellantis recuaram 15% no ano passado, sinalizando a urgência por uma virada. Na gestão de Tavares, a diretriz priorizava volume e cortes de custos em busca de margens mais altas. Uma abordagem que, segundo um relatório, foi intensificada às pressas e não entregou os resultados esperados.
Ao analisar os métodos adotados por Tavares, Filosa concluiu que a estratégia não funcionava e afirmou que pretende superar as projeções dos analistas em receita e vendas já neste ano. Em entrevista à Reuters, republicada pelo Carscoops.com, uma fonte revelou que Filosa está disposto a sacrificar margens para atingir esse objetivo, ainda que o volume atual já seja suficiente para iniciar uma mudança de rota.

Os primeiros sinais indicam avanço. No terceiro trimestre deste ano, as vendas na América do Norte registraram o primeiro crescimento após oito trimestres consecutivos de queda. Para o médio e longo prazo, Filosa trabalha com uma meta de lucro operacional entre 6% e 8%, enquanto analistas não esperam margens superiores a 5% antes de 2027.
A nova estratégia de Filosa para a Stellantis
O centro da nova estratégia é justamente reverter pontos considerados problemáticos na gestão de Carlos Tavares. Entre eles, o retorno do V8 Hemi, a simplificação da linha de produtos e a redução das metas consideradas excessivamente ambiciosas para veículos elétricos.
Além disso, o relatório também aponta que o executivo vem analisando o extenso portfólio das 14 marcas da Stellantis, incluindo nomes de baixo desempenho, como DS e Lancia. Determinado a provar que a Stellantis ainda pode produzir veículos desejados pelo público, Antonio Filosa busca reconstruir a credibilidade entre consumidores e concessionários. Uma inversão necessária após anos de declínio.



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