A Toyota registrou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o 4Runner, e isso pode ser um sinal de que o SUV pode desembarcar no Brasil para se defender caso a Ford lançe o Everest em nosso mercado. Mas será que a marca vai abrir mão do SW4?
A montadora japonesa não confirmou nada, mas o movimento pode ser estratégico no segmento de SUVs grandes e pegada mais aventureira. Se for lançado por aqui, o Toyota 4Runner será posicionado acima do SW4 — tanto em tamanho quanto em proposta. Ou seja, espere por preços acima de meio milhão.
Ele é um SUV parrudo, construído sobre chassi, na plataforma TNGA-F, a mesma da picape Tacoma, Tundra e do Land Cruiser Prado, com foco em off-road e capacidade de reboque. A nova geração foi lançada em abril de 2024 e traz visual renovado e nova motorização.
Maior que o SW4 e do mesmo porte do Everest


O novo 4Runner mede 4,95 metros de comprimento, 1,87 m de altura e 1,98 m de largura, com entre-eixos de 2,85 m. Ou seja, é maior que o Toyota SW4 vendido no Brasil (4,79 m de comprimento e 2,74 m de entre-eixos) e praticamente do mesmo tamanho do Ford Everest, que tem 4,91 m de comprimento e 2,90 m de entre-eixos.
A diferença é que o 4Runner tem mais altura livre do solo e um porte visual mais robusto, com direito até a versão Trailhunter com snorkel de fábrica. Já o SW4 é um carro que faz off-road bem, mas tem uma pegada mais luxuosa e familiar, além dos sete lugares.
Motores turbo e híbrido

Debaixo do capô, o que move o 4Runner também ganhou novidades, já que a nova geração aposentou o antigo motor V6 aspirado e adotou a linha i-Force de quatro cilindros turbo, já usada na Tacoma e na Tundra.
As versões de entrada usam o motor 2.4 turbo de 282 cv e 42,8 kgfm de torque, sempre com câmbio automático de oito marchas. As configurações mais caras ganham o sistema híbrido i-Force Max, que adiciona um motor elétrico ao conjunto, aumentando a potência para 330 cv e belos 64,8 kgfm.

Ambas as versões têm tração traseira ou 4×4, com modos específicos para off-road, bloqueio de diferencial e até desengate eletrônico da barra estabilizadora nas versões Trailhunter e TRD Pro.
Interior tecnológico e com até 7 lugares
A cabine do novo 4Runner também mudou bastante. Dependendo da versão, o SUV oferece central multimídia de até 14 polegadas, com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, painel de instrumentos digital de 12,3” e carregador por indução. Há opções com 5 ou 7 lugares, mas as versões híbridas não têm terceira fileira por causa do espaço ocupado pelas baterias.

O acabamento varia bastante conforme a versão. As opções mais luxuosas, como a Platinum, oferecem bancos elétricos com ventilação e aquecimento, teto solar panorâmico e sistema de som premium JBL. Já as versões mais aventureiras, como TRD Off-Road e Trailhunter, usam materiais mais resistentes e fáceis de limpar, já que o foco é fora de estrada.
Toda a linha do 4Runner traz o pacote Toyota Safety Sense 3.0, com piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa com centralização, leitor de placas de trânsito e farol alto automático. Além disso, há monitor de ponto cego, alerta de tráfego traseiro, assistente de reboque e câmeras com visão 360°.

Em versões mais caras, há ainda recursos como retrovisor interno com tela de câmera e suspensão adaptativa.
Preço nos EUA e possível preço no Brasil
Nos Estados Unidos, o novo Toyota 4Runner parte de US$ 41.270 na versão SR5 (cerca de R$ 235 mil) e vai até US$ 67.400 na TRD Pro (aproximadamente R$ 384 mil). Claro, esse número subiria bastante com impostos de importação caso o modelo realmente viesse para o Brasil.

Se chegar por aqui, o 4Runner teria um posicionamento acima do SW4, hoje seria vendido acima dos R$ 500 mil, tomando em conta que a versão mais cara da SW4 custa R$ 469.890.
Você acha que o Toyota 4Runner daria certo no Brasil como um rival para o SW4 e o possível Ford Everest? Ou o preço vai ser alto demais? Deixe sua opinião nos comentários!




“Sempre foi fascinado por carros desde pequeno” é ótimo.
Com certeza daria certo…..