A Maserati a cada dia que passa precisa pensar de como vai pagar as contas, já que sua situação financeira está bem prejudicada. Isso porque a marca de luxo do grupo Stellantis vem enfrentando baixas nas vendas, projetos congelados e a pressão por eletrificação.
Em 2023, a Maserati vendeu 26.600 carros no mundo; em 2024, a montadora teve seu pior ano — 11.300 carros comercializados globalmente, uma queda de 57% em relação a 2024. Já em 2025, o cenário também é desesperador: no primeiro trimestre, a montadora italiana sofreu um decréscimo de 48% em comparação com o ano anterior.
E para tentar contornar essa situação, a Stellantis está apostando em sinergias com outra marca italiana do grupo, como a Alfa Romeo, para tentar diminuir os custos e acelerar lançamentos. Essa colaboração abre caminho para que os próximos Giulia e Stelvio da Alfa sirvam de base para novos Maserati Quattroporte e Levante, com versões híbridas e elétricas.

As duas fabricantes devem usar a nova plataforma STLA Large da Stellantis, a mesma arquitetura do Dodge Charger elétrico e da nova geração do Jeep Cherokee. É uma estrutura pensada para abrigar motores a combustão, híbridos plug-in (PHEV) e 100% elétricos.
O novo Giulia está previsto para 2026 e será o primeiro modelo da Alfa sobre essa base que pode adiantar tecnologias que o futuro Quattroporte herdará. Vale lembrar que o sedã de luxo da Maserati deveria ter sido lançado em 2024 como um modelo 100% elétrico, mas o projeto foi adiado para 2028.

Segundo a própria marca, o motivo foi o desejo de “não correr riscos em termos de desempenho”. Com isso, o desenvolvimento continua, mas em ritmo lento.
Com isso, a aproximação entre Alfa Romeo e Maserati faz o Quattroporte híbrido plug-in voltar a ser uma alternativa viável. Ele até poderia compartilhar estrutura, eletrônica e até propulsor com o próximo Giulia, o que baratearia o projeto e encurtaria o tempo de desenvolvimento.

A mesma lógica pode ser aplicada ao novo Levante, que herdaria a base do futuro Stelvio, se posicionando como um rival para o Porsche Cayenne com opções elétricas e a combustão.
De acordo com o site britânico Autocar, Santo Ficili, chefe da Maserati, no entanto, confirmou que as marcas vão continuar com posicionamentos distintos — a Alfa como premium esportiva, e a Maserati como luxo sofisticado — mas reforçou a intenção de dividir “plataformas, arquitetura eletrônica, software e provavelmente powertrain”.

O executivo evitou cravar o alinhamento dos portfólios, mas adiantou que Alfa e Maserati devem colaborar também no desenvolvimento de dois supercarros ultraexclusivos, com motor a combustão de alta potência e câmbio manual.
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