As eleições presidenciais dos Estados Unidos vão ocorrer em breve e os candidatos Donald Trump e Kamala Harris já contam suas propostas. Porém, Trump falou abertamente recentemente que as montadoras que importarem seus carros do México para os Estados Unidos devem sofrer com a tarifa de importação de até 200%.
O ex-presidente norte-americano esteve em um comício na última segunda-feira quando falou sobre o tema. Durante o bate-papo com o público local, Donald afirmou que os carros que são enviados para os Estados Unidos e vindos do seu país vizinho terão a tarifa que poderá variar de 100% até 200% dependendo da situação. Assim, eles deixarão de serem competitivos.
Em sua visão, a melhor saída para muitas montadoras era de continuarem com suas instalações ativadas nos estados, como o do Michigan. O problema de taxar os carros produzidos no México, é que este segundo país possui um acordo de livre comércio com os Estados Unidos e Canadá, assinado pelo próprio Trump, e os mexicanos são os maiores parceiros comerciais dos estados norte-americanos.
![Ram 1200 [divulgação]](https://uploads.automaistv.com.br/2024/07/Ram-1200-6-1-jpg.webp)
Ford, Jeep, Ram e mais montadoras devem se preparar
Diversas montadoras norte-americanas como Stellantis com a Ram e Jeep, além de GM e até a Ford produzem seus carros no México e os exportam para os Estados Unidos. Se essa tarifa de Trump for imposta, o Mustang Mach-E teria um acréscimo notório em seu preço final e poderia não ficar mais tão competitivo quanto hoje.
Por sua vez, a empresa de equipamentos industriais, John Deere, também será uma das mais prejudicadas pela nova tarifa de Trump. Ele afirmou que se os produtos dela forem fabricados em território mexicano e enviados aos norte-americanos, a taxa de importação será de 200%.

A empresa produz de carregadeiras compactas, mini carregadeiras, produtos agrícolas e pretende deixar, em partes, sua produção em Iowa, nos Estados Unidos, migrando para Ramos, no México até 2026. A mudança tem como principal objetivo implantar preços mais atrativos em seus produtos. Mesmo assim, a planta norte-americana seguiria fabricando outros componentes.
Em um site próprio da John Deere existem maiores detalhes acerca do compromisso da empresa com o mercado dos Estados Unidos e principalmente com as instalações consolidadas por lá. No texto, a marca não revela se vai parar definitivamente sua produção norte-americana e também não comenta suas próximas decisões.
Será que os carros serão realmente punidos com essa alta tarifa? O que você acha dessa história? Conte nos comentários



Primeiro o Trump precisaria ser eleito, coisa que até agora parece pouco provável. Depois, ele precisaria modificar um acordo que existe entre Canadá, México e EUA que garante livre comércio entre esses países, e isso é algo bem difícil de mexer, não é algo que uma "canetada" do presidente resolva. Mais: as propostas do Trump parecem ser criadas na hora em que ele discursa, sem nenhum tipo de estudo ou análise de viabilidade. Uma fábrica de carros é um negócio de bilhões, e tanto fechar uma quanto abrir outra resultam em processos longos, demorados e muito, muito caros mesmo. Existem as instalações, os contratos de trabalho, os contratos com fornecedores, tudo isso é extremamente caro de romper unilateralmente. As empresas, que já estão com os caixas pressionados pela transição energética, com certeza não vão "topar" entrar numa barca furada dessas.
Perfeito comentário, concordo plenamente contigo e digo mais. Acordos com esse de livre comércio é uma via de mão dupla, ou seja, os parceiros também consomem produtos fruto desses acordos. Romper teria efeitos no emprego de cidadãos americanos de indústrias exportadora.
Além do fato de ser uma decisão que passa pelo congresso dos EUA.
Basicamente uma retórica eleitoral!